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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
To examine the consumption and misuse of prescribed drugs to enhance psychological and physical performance among college students in Portugal, this national study was conducted with an online survey to 756 students (aged between 18-30 years old). By comparing students from University of Lisbon versus Non-University of Lisbon, this research was the first of its kind to audit the prevalence rates and moderators of non-medical use of prescribed stimulants (Ritalin, Dexedrine or Adderall) among Portuguese college students. As a public health issue, one of the biggest worries about this misuse is the consumers safety. It is well known that cognitive stimulants affect our brain and may have health risks and unwanted side effects.
Overall, the findings of the present study suggest that there was evidence of a statistically significant relation between consumption and the student’s field of study. Health students tend to consume more supplements and prescribed drugs when compared with Humanities in general or Exact Sciences. Nevertheless, there was no evidence of a statistically significant consumption difference between University of Lisbon or non-University of Lisbon.
Further research should be done on the the best ways to educate students about smart drugs. If the trend continues, universities may need to think about creating a drug monetization system to ensure students’ health and examination process.
A crescente popularidade e utilização de suplementos e substâncias estimuladoras como a Ritalina, Adderall, Modafinil, para aumento da performance intelectual no seio do Ensino Superior, despoletou o interesse de realizar um estudo empírico do comportamento relacionado com o consumo destas. Foi então com o objetivo de examinar o consumo e uso indevido de medicamentos prescritos para melhorar o desempenho psicológico e físico entre estudantes universitários em Portugal, que os autores realizaram um questionário online nacional onde foram entrevistados 756 alunos (com idades compreendidas entre os 18-30 anos). Ao realizar a comparação entre estudantes da Universidade de Lisboa versus estudantes não pertencentes à Universidade Lisboa, foi possível elaborar uma série de estudos com significância estatística compreendida num intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 5%. Nestes foram avaliadas quais as principais substâncias consumidas, motivações, canais de aquisição, frequência de consumo correlacionando com vários fatores como o background académico dos estudantes, income financeiro e demografia em termos de Universidade. Esta pesquisa foi a primeira do seu tipo, capaz de analisar as taxas de prevalência do uso não médico de estimulantes de prescrição assim como os fatores que moderam o mesmo. Como problema de saúde pública, a maior preocupação com este uso indevido é a segurança dos consumidores. Este tipo de substância tem influência ao nível cognitivo afetando o órgão humano mais complexo e importante - o nosso cérebro. E o risco do desenvolvimento de efeitos colaterais não intencionais é, portanto, tanto alto como consequente. No geral, as descobertas do presente estudo sugerem que existe uma percentagem significativa de estudantes a consumir suplementos e multivitamínicos, mas também uma percentagem que recorre a fármacos para melhorar a sua concentração, atenção e capacidade de obter melhores resultados académicos - ainda que mais residual. Concluiu-se também que existe evidência de diferenças no consumo de acordo com o background académico. Como exemplo, os estudantes de saúde tendem a consumir mais suplementos e medicamentos prescritos quando comparados com estudantes de Humanidades em geral ou de Ciências exatas. No entanto, não houve evidência de uma diferença estatisticamente significativa no consumo deste tipo de substâncias estimulantes quando comparado entre estudantes da Universidade de Lisboa e os restantes estudantes do país. Foi também verificado que a via online é um dos principais canais de aquisição. Por fim, é de salientar a confiança por parte dos estudantes relativamente ao farmacêutico e ao seu aconselhamento, quanto ao tipo e forma de consumo deste tipo de substâncias – sejam elas prescritas ou não. Após este trabalho de pesquisa concluímos que, ainda assim, o consumo deste tipo de substâncias junto dos estudantes portugueses encontra-se dentro da média global (através do cruzamento com outros estudos homólogos). No entanto, não deixa de ser mais um fator de saúde pública que deve ser tido em conta não só pelos profissionais de saúde, mas também pela comunidade estudantil. Mais trabalhos devem ser feitos no sentido de educar os estudantes sobre o uso e abuso de “drogas inteligentes”. Se a tendência persistir, é recomendado que as universidades estudem a possibilidade de criar um sistema de monitorização autónomo de forma a garantir a integridade da saúde dos seus alunos.
A crescente popularidade e utilização de suplementos e substâncias estimuladoras como a Ritalina, Adderall, Modafinil, para aumento da performance intelectual no seio do Ensino Superior, despoletou o interesse de realizar um estudo empírico do comportamento relacionado com o consumo destas. Foi então com o objetivo de examinar o consumo e uso indevido de medicamentos prescritos para melhorar o desempenho psicológico e físico entre estudantes universitários em Portugal, que os autores realizaram um questionário online nacional onde foram entrevistados 756 alunos (com idades compreendidas entre os 18-30 anos). Ao realizar a comparação entre estudantes da Universidade de Lisboa versus estudantes não pertencentes à Universidade Lisboa, foi possível elaborar uma série de estudos com significância estatística compreendida num intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 5%. Nestes foram avaliadas quais as principais substâncias consumidas, motivações, canais de aquisição, frequência de consumo correlacionando com vários fatores como o background académico dos estudantes, income financeiro e demografia em termos de Universidade. Esta pesquisa foi a primeira do seu tipo, capaz de analisar as taxas de prevalência do uso não médico de estimulantes de prescrição assim como os fatores que moderam o mesmo. Como problema de saúde pública, a maior preocupação com este uso indevido é a segurança dos consumidores. Este tipo de substância tem influência ao nível cognitivo afetando o órgão humano mais complexo e importante - o nosso cérebro. E o risco do desenvolvimento de efeitos colaterais não intencionais é, portanto, tanto alto como consequente. No geral, as descobertas do presente estudo sugerem que existe uma percentagem significativa de estudantes a consumir suplementos e multivitamínicos, mas também uma percentagem que recorre a fármacos para melhorar a sua concentração, atenção e capacidade de obter melhores resultados académicos - ainda que mais residual. Concluiu-se também que existe evidência de diferenças no consumo de acordo com o background académico. Como exemplo, os estudantes de saúde tendem a consumir mais suplementos e medicamentos prescritos quando comparados com estudantes de Humanidades em geral ou de Ciências exatas. No entanto, não houve evidência de uma diferença estatisticamente significativa no consumo deste tipo de substâncias estimulantes quando comparado entre estudantes da Universidade de Lisboa e os restantes estudantes do país. Foi também verificado que a via online é um dos principais canais de aquisição. Por fim, é de salientar a confiança por parte dos estudantes relativamente ao farmacêutico e ao seu aconselhamento, quanto ao tipo e forma de consumo deste tipo de substâncias – sejam elas prescritas ou não. Após este trabalho de pesquisa concluímos que, ainda assim, o consumo deste tipo de substâncias junto dos estudantes portugueses encontra-se dentro da média global (através do cruzamento com outros estudos homólogos). No entanto, não deixa de ser mais um fator de saúde pública que deve ser tido em conta não só pelos profissionais de saúde, mas também pela comunidade estudantil. Mais trabalhos devem ser feitos no sentido de educar os estudantes sobre o uso e abuso de “drogas inteligentes”. Se a tendência persistir, é recomendado que as universidades estudem a possibilidade de criar um sistema de monitorização autónomo de forma a garantir a integridade da saúde dos seus alunos.
Description
Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2017
Keywords
Prescription drug abuse Research in higher education Stimulant substances Mestrado Integrado - 2017