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Título: Os altares dos «primeiros povoadores da Lusitânia»: visões do Megalitismo ocidental.
Autor: Fabião, Carlos
Data: 2016
Editora: Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa
Citação: FABIÃO, Carlos (2016) - Os altares dos «primeiros povoadores da Lusitânia»: visões do Megalitismo ocidental. In Sousa, C.; Carvalho, A. e Viegas, C. (eds.) - Terra e Água Escolher sementes, invocar a Deusa. Estudos em homenagem a Victor S. Gonçalves. p. 45-67
Resumo: Apresenta-se uma reflexão historiográfica sobre as visões que o megalitismo foi conhecendo na produção literária portuguesa. Como durante séculos as leituras oscilaram entre a tradicional interpretação como altares gentílicos e uma «cristianização» dos mesmos, da autoria deo Académico Martinho de Mendonça e Pina (1733). Com a emergência do novo paradigma laico para a origem e evolução do homem, consolida-se a ideia do carácter funerário destes monumentos e a sua atribuição aos tempos pré-históricos, sem todavia se abandonar totalmente a filiação pagã/céltica. Na primeira metade do século xx, em época de evidente refluxo da investigação arqueológica em Portugal, encontramos uma curiosa reacção de um escritor, Aquilino Ribeiro (1953), contra o carácter funerário/cultual destes monumentos, um derradeiro afloramento da contestação à religiosidade pré-histórica, por parte do pensamento ateu de matriz francófona. No essencial, partindo das leituras sobre o fenómeno megalítico ao longo do tempo, pretende mostrar-se como toda a reflexão histórica-arqueológica se constrói a partir de distintos paradigmas e como estes condicionam os discursos sobre o passado.
The paper presents a historiographic reflexion on the perspectives on Megaliths in Portuguese literary production. From many centuries those monuments’ interpretation balances between the typical gentile interpretation and a Christianisation due to the academic Martinho de Mendonça e Pina (1733). With the emergence of the new laic paradigm on evolution, emerges the idea of a Prehistoric funeral function for those monuments even without a definitive abandonment of the pagan gentile affiliation. On the first half of twentieth century in times of clear decline on Portuguese archaeological investigation we find a curious reaction from a well-known writher Aquilino Ribeiro (1953) against the funerary/sacred megaliths interpretation, one last uprising against the Pre-historic religion from an atheist with strong cultural connections to that French perspective. From the different historiographic points of view we intend to demonstrate how different paradigms lead to different interpretations and how these interpretations mark different discourses on the Past.
Peer review: no
URI: http://hdl.handle.net/10451/30985
ISBN: 978-989-99146-2-9
978-989-99146-3-6
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