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Terra australis recenter inventa: o ressurgimento do mito da quarta parte do mundo na cartografia renascentista

dc.contributor.authorOliveira, Francisco Roque De
dc.date.accessioned2021-02-08T16:20:50Z
dc.date.available2021-02-08T16:20:50Z
dc.date.issued2020
dc.description.abstractProcurar reencontrar num mapa antigo as formas do mundo que conhecemos resulta ser um gesto quase espontâneo. Tomemos dois exemplos conexos, a Austrália e a Antárctida (ou Terra Austral), que se encontram entre os mais frequentemente referidos, facto a que não serão estranhas as sérias consequências geográficas e políticas que os mesmos suscitaram e parecem continuar a suscitar. Em tese, o caso da Antárctida constituiu um dos mais improváveis pretextos de extrapolação cartográfica deste género porquanto sabemos que foi preciso esperar pelas viagens de William Smith, Edward Bransfield, Nathaniel Palmer, Thaddeus von Bellingshausen e John Davis, no início do século XIX, para que se realizassem os primeiros avistamentos e desembarques nesse continente. Ainda assim, como não ser tentado a ver na grande massa de terra austral e nas três zonas climáticas que lhe são sobrepostas em qualquer das várias versões medievais do mapa -mundo que acompanha o Commentarius in somnium Scipionis (Comentário do sonho de Cipião) do filósofo latino Ambrosius Theodosius Macrobius (395 -436) não apenas a memória de uma terra conhecida, como de uma terra conhecida quando as condições climáticas eram bem mais clementes que as de hoje39 (Fig. 2)? Como não ser tentado a ver uma alusão ao mesmo continente antárctico na legenda que alude a uma quarta parte do mundo, situada para além do oceano, nos confins do sul – “Quarta pars trans Oceanum interior est in meridie” –, tal como surge inscrita nas cópias medievais do mapa -mundo que acompanha os manuscritos do Comentário do Beato de Liébana ao Apocalipse (c. 776) e que este tomou de empréstimo da descrição da Líbia das Etimologias de Isidoro de Sevilha (c. 560 -636)40 (Fig. 3)?pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationOliveira, F. R. (2020). Terra australis recenter inventa: o ressurgimento do mito da quarta parte do mundo na cartografia renascentista. In: C. Simões & F. C. Domingues (eds.). Portugueses na Austrália: as primeiras viagens (pp. 21-57). Imprensa da Universidade de Coimbra. https://doi.org/10.14195/978-989-26-0633-010.14195/978-989-26-0633-0pt_PT
dc.identifier.doi10.14195/978-989-26-0633-010.14195/978-989-26-0633-0pt_PT
dc.identifier.isbn978-989-26-0633-0
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10451/46226
dc.language.isoporpt_PT
dc.publisherImprensa da Universidade de Coimbrapt_PT
dc.relation.publisherversionhttp://monographs.uc.pt/iuc/catalog/book/38pt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/pt_PT
dc.subjectTerra australispt_PT
dc.subjectCartografia renascentistapt_PT
dc.titleTerra australis recenter inventa: o ressurgimento do mito da quarta parte do mundo na cartografia renascentistapt_PT
dc.typebook part
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.endPage57pt_PT
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oaire.citation.titlePortugueses na Austrália: as primeiras viagenspt_PT
person.familyNameOliveira
person.givenNameFrancisco Roque de
person.identifier.ciencia-id941E-34F2-76C0
person.identifier.orcid0000-0002-5854-8971
person.identifier.scopus-author-id7005684621
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typebookPartpt_PT
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