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Palliative care in the emergency department : a systematic review

datacite.subject.fosCiências Médicaspt_PT
dc.contributor.advisorPina, Paulo Sérgio dos Reis Saraiva
dc.contributor.advisorBraz, Armando Cardoso Lopes Almeida
dc.contributor.authorSamson, Mirinelde Francisca Aurora
dc.date.accessioned2024-06-21T13:49:16Z
dc.date.available2024-06-21T13:49:16Z
dc.date.issued2023-09
dc.descriptionTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2023pt_PT
dc.description.abstractCuidados paliativos é uma área médica especializada que se concentra no apoio a pacientes com patologias graves e suas famílias. À medida que a esperança média de vida aumenta, a necessidade de cuidados paliativos torna-se mais importante, especialmente para aqueles com patologias crónicas. No entanto, fornecer cuidados paliativos cuidados nos serviços de urgência pode ser desafiador devido a várias barreiras e complexidades. Sendo um tema em crescente importância e com grande impacto físico e psicológico nos doente e nos cuidados, é importante perceber a qualidade das estratégias que existem dentro dos cuidados paliativos no serviço de urgência. Nisto, o objetivo deste estudo foi rever sistematicamente a literatura em busca de evidências de qualidade para avaliar os resultados dos cuidados paliativos no serviço de urgência em indivíduos que receberam um diagnóstico de doença avançada (como Cancro, Doença Pulmonar Obstrutiva, Insuficiência cardíaca, etc.), incluindo os resultados relacionados à qualidade de vida, internamentos hospitalares, controlo sintomático e mortalidade. Para tal, foi realizada uma pesquisa na base de dados Cochrane, PUBMED, Web- Of-Science e Scopus por artigos publicados entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021, tendo sido incluídos estudos clínicos em humanos com idade superior aos 18 anos, género ou raça, diagnosticados com doenças ameaçadoras de vida ou doenças crónicas, que compararam a integração de cuidados paliativos com a terapêutica padrão. Os outcomes escolhidos foram: qualidade de vida (QV), internamentos hospitalares, controlo sintomático e mortalidade. Os estudos tinham um grupo de controlo (cuidados usuais) e avaliaram o impacto/eficiência das intervenções através de escalas certificadas de qualidade de vida e bem-estar, escalas de avaliação sintomática e sobrevivência. Os estudos incluídos usaram escalas de avaliação, como a “Function Assessment of Cancer Therapy-General Measure”, a “Patient Health Questionnaire-9”, o “Decisions of Withholding or Withdrawing Treatment” e o “Physician Orders for Life-Sustaining”. A busca inclui termos de acordo com a estrutura de: (“palliative care” OR “terminal care” OR “hospice care”) AND (“emergency department” or “emergency medicine”). Os filtros de pesquisa aplicados foram: Clinical Trials, Randomized Controlled Trials, Trials, Trial, Study, Humans e ano de publicação de 2011 a 2021, inclusive. O primeiro autor reviu todos os títulos e resumos encontrados durante o processo de pesquisa. Dois revisores 4 independentes escolheram os artigos considerados potencialmente elegíveis para análise de texto completo. Os autores seguiram as indicações da “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis” (PRISMA). O protocolo de pesquisa resultou em oito estudos elegíveis para revisão e análise qualitativa: dois estudos clínicos randomizados, quatro estudos retrospetivos e dois estudos prospetivos. Devido ao pequeno número de estudos incluídos e à grande heterogeneidade entre os mesmos, não foi realizada uma meta-análise. O risco geral de viés foi avaliado através da Rob-2-Tool (Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials) e ROBINS-I (Risk of Bias In Non-randomised Studies-of Interventions); e foi considerado moderado a alto. Um total de 3203 pacientes, com idade superior aos 18 anos de idade foram incluídos nos estudos revisados. Dentro das intervenções encontradas, destacam-se métodos farmacológicos e uma equipa multidisciplinar. De acordo com os resultados dos estudos incluídos, verificou-se que, em geral, ocorreram melhorias no controle sintomática e na qualidade de vida, mas os resultados não são muito robustos. Dos oito estudos, apenas um estudo clínico demonstrou melhorias significativas na qualidade de vida e restante estudo mostraram alívio sintomático significativo. Estas melhorias ocorreram apenas em domínios específicos da qualidade de vida e em sintomas específicos. A sobrevivência não aumentou significativamente em nenhum dos estudos incluídos. Uma das razoes que pode justificar os resultados é o facto da intervenção dos cuidados paliativos na maior parte dos pacientes se encontravam num estado de doença muito avançada o que condicionou em altas taxas de mortalidade, tornando-se difícil para qualquer intervenção produzir resultados estatisticamente significativos. No geral, a intervenção não permitiu aumentar significativamente a taxa de sobrevivência, nem impedir a mortalidade, mas considera-se que qualquer melhoria na qualidade de vida ou no controlo sintomático, como náuseas, vómitos e dispneia, são sempre relevantes em paciente com cancro avançado. Considerando os resultados dos estudos e a revisão da literatura, percebeu-se que: i) a intervenção precoce dos cuidados paliativos, e eventualmente uma equipe multidisciplinar, no serviço de emergência leva a uma melhoria significativa da qualidade de vida, Grudzen et al., 2016, e pode verificar impacto positivo económico. Além disso, Vranas et al., 2020 e outros estudos relataram uma redução no tempo de internamento 5 hospitalar e na utilização de cuidados intensivos mas, por outro lado, não encontraram diferenca significativa na admissão hospitalar ou na admissão em cuidados intensivos associada aos cuidados paliativos no serviço de urgência; ii) variabilidade de intervenções entre os estudos provavelmente contribui para a associação flutuante entre as intervenções de cuidados paliativos no departamento de emergência e a utilização subsequente dos serviços de saúde; iii) Certos outcomes como qualidade de vida podem ser influenciáveis por fatores externos como, por exemplo, disponibilidade de camas para cuidados paliativos, Chan et al., 2021.; iv) em relação ao controlo sintomático deve-se evitar futilidade terapêutica, Peralta et al., 2022, e com ajuda de ferramentas, como exemplificada no POLST, que podem trazer benefício, Vranas et al., 2020, no contexto de admissões nos cuidados intensivos e limitação no tempo de internamento hospitalar; v) importante desenvolver ferramentas, SPICT-DE, que possam ajudar na triagem destes pacientes e melhor adequação no tratamento e planeamento avançado dos cuidados paliativos; vi) vários estudos realçam a importância da educação dos profissionais de saúde e médicos internos em relação aos cuidados paliativos de modo a melhorar, principalmente a comunicação, bem como a documentação e coordenação dos cuidados de forma a otimizar a ponte entre médico-paciente-familiares e na prestação de cuidados paliativos no serviço de urgência. Algumas das limitações identificadas nos estudos incluídos foram: maioria dos estudos foram realizados nos Estados Unidos ou na Europa, principalmente em centros académicos, o que limita a generalização dos resultados, heterogeneidade dos estudos, o que impediu uma comparação adequada entre as intervenções e os resultados. Por outro lado, a disponibilidade limitada de especialistas em cuidados paliativos no serviço de urgência dificulta a implementação das intervenções, e recursos insuficiente, incluindo equipe e treino representam barreiras significativas para a integração efetiva dos cuidados paliativos. Estes achados mostram que são necessários estudos de maior qualidade, com amostras populacionais maiores, e vários centros hospitalares, explorar estratégias para superar as barreiras na implementação de cuidados paliativos no serviço de urgência, isto pode envolver a promoção da colaboração interdisciplinar e o desenvolvimento de programas de treino para internos e médicos especialistas do departamento de emergência. Além disso, é crucial investigar os resultados a longo prazo das intervenções 6 de cuidados paliativos, incluindo a utilização dos serviços de saúde, experiências do paciente e da família e custo-efetividade, por meio de estudos prospetivos rigorosos e avaliações económicas. Em suma, esta revisão sistemática da literatura demonstrou a importância dos cuidados paliativos no serviço de urgência para paciente com doenças avançadas ou limitadoras de vida considerando a carga de doenças neste contexto. Adicionalmente, demonstraram que os cuidados paliativos melhoram significativamente a qualidade de vida e visitas ao serviço de urgência quando comparados com a terapêutica padrão. Porém, o mesmo já não acontece com a sobrevivência. No entanto, continuam a ser necessários estudo sobre intervenções de cuidados paliativos no serviço de urgência com desenhos rigoroso. De relembrar que o objetivo principal das intervenções de cuidados paliativos é melhorar a sintonia entre os valores e preferências do paciente e os cuidados prestados, mesmo que os pacientes desejem terapias que aumentem a utilização dos serviços de saúde.pt_PT
dc.description.abstractIntroduction: Palliative care is specialized medical field that focuses on supporting patients with serious illnesses and their families. As life expectancies increase, the need for palliative care becomes more important, especially for those with chronic conditions. However, providing this care in the emergency departments can be challenging due to various barriers and complexities. Objectives: The aim of this study was to conduct a systematic review of the literature for quality evidence to evaluate outcomes of palliative care in the emergency medical department for individuals who have been given a diagnosis of advance illness, including the outcomes quality of life, hospital admission rates, overall symptom burden and mortality. Methods: Cochrane, PUBMED, Web-of-science, Scopus databases were searched for articles published between January 2011 and December 2021 about palliative care in the emergency department. Clinical studies with humans with life-limiting illnesses or advanced diseases were included, comparing the integration of palliative care in the emergency medical department with usual care. Results: Eight eligible studies were included. The overall risk of bias within studies was moderate to high. Most interventions involved palliative consultation in the emergency department. Most studies demonstrated improvements with the integration of palliative care interventions in the emergency department in terms of quality of life and reduction of admission rates. The evidence to support a significant improvement in overall symptom burden was not so robust among studies. Conclusion: Early palliative care interventions in the emergency department, overall, may improve quality of life, and does not appear to affect survival. Future studies with more rigorous study designs are needed, in order, to further develop the role of palliative care interventions in the emergency department.pt_PT
dc.identifier.tid203405269pt_PT
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10451/65086
dc.language.isoengpt_PT
dc.subjectMedicina de emergênciapt_PT
dc.subjectServiço de emergência hospitalarpt_PT
dc.subjectMortalidade hospitalarpt_PT
dc.subjectQualidade de vidapt_PT
dc.subjectAdmissão de pacientespt_PT
dc.subjectCuidados paliativospt_PT
dc.titlePalliative care in the emergency department : a systematic reviewpt_PT
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsrestrictedAccesspt_PT
rcaap.typemasterThesispt_PT
thesis.degree.nameMestrado Integrado em Medicinapt_PT

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