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Abstract(s)
Em Frankenstein (1818), de Mary Shelley, é inegável que os ensinamentos dos
mestres da alquimia foram fundamentais para a evolução de Victor Frankenstein enquanto
filósofo da natureza. Contudo, apesar de os ter abandonado a favor do estudo das mais recentes
teorias científicas da época, esses ensinamentos nunca escaparam do seu horizonte,
permanecendo Victor refém do fascínio que o levou a querer descobrir os mistérios da Natureza
e a alcançar o impossível: diluir a barreira entre a vida e a morte. Assim, no presente ensaio pretende-se analisar esta obra de Shelley à luz dos preceitos alquímicos. Estudos como os de
Irving H. Buchen, “Frankenstein and the Alchemy of Creation” (1977), e de Asunción López-
Varela Azcárate e Estefanía Saavedra, “The Metamorphosis of the Myth of Alquemy in the
Romantic Imagination of Mary and Percy B. Shelley” (2017), já abordaram o assunto, mas a
nossa perspetiva inova no sentido em que privilegia a vertente metafórica da alquimia,
enquanto arte da purificação do ‘Eu’ através de um processo de transmutação que visa a união
do espírito e da matéria, da luz e da sombra, num Todo. Procura-se determinar de que modo
ocorre essa transmutação em Victor e na sua criatura, e se a finalidade dos alquimistas, de
converter os metais, ou os vícios e as paixões terrenas, em ouro, ou virtudes, é atingida.
Consequentemente, começa-se por definir o que é a alquimia; de seguida, analisa-se o seu papel
na obra de Shelley; e, finalmente, averigua-se o tipo de transmutação que sucede em
Frankenstein.
Description
Keywords
Mary Shelley Frankenstein O monstro de Frankenstein Criador Criatura Alquimia Sombra Luz Transmutação
Pedagogical Context
Citation
Sá, Patrícia Passos de. 2022. “Labora et Invenies: Uma Perspetiva Alquímica sobre Frankenstein (1818), de Mary Shelley.” Em estrema: revista interdisciplinar de humanidades 2(1), pp 134-157. [https://doi.org/10.51427/com.est.2022.0006].
Publisher
Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CEComp).
