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Abstract(s)
Os poemas que constituem Dispersão têm vindo a ser estudados como um percurso realizado por um sujeito poético em busca de si e da sua obra; num plano mítico e simbólico, essa demanda foi interpretada por David Mourão-Ferreira como a tentativa de Ícaro atingir o impossível, de onde resulta uma queda no abismo. No entanto, o movimento de queda e a insistente demanda possibilitam perceber também a con guração de um sujeito dividido que se conforma com os traços do mito de Orfeu: o contínuo resgate de Eurídice e a sua constante diluição nas sombras não permitem que o sujeito se torne rei de si (ideia coerente com a etimologia de dispersão). Este estudo apresenta, por isso, uma leitura atenta dos poemas de Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro, sugerindo uma interpretação do poeta enquanto Orfeu em busca da Poesia perdida nas sombras de si, e que luta por se concretizar.
Description
Keywords
Recepção dos clássicos Poética Orfeu Carneiro, Mário de Sá, 1890-1916 - Crítica e interpretação
Pedagogical Context
Citation
Nobre, Ricardo (2015). «A Arte Poética de Orfeu na Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro». Diacrítica: Série Ciências da Literatura, 29/3: 65-78.
Publisher
Húmus, Universidade do Minho