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O facto de os mitos estarem sempre em construção é algo que se torna particularmente importante e evidente em momentos de crise, colectiva e/ou individual, e em situações de mudança, ou mesmo de ruptura, com a tradicional ordem das coisas, procurando-se desta forma um novo sentido para elas. Ora, Gil Vicente, num momento transitório entre o fim da época medieval e o início do Renascimento, escolhe escrever uma peça que intitula de Sebila Cassandra, fazendo da figura mítica personagem principal do seu Auto.
Com este artigo pretendemos procurar ecos da Cassandra clássica na Cassandra vicentina por forma a demonstrar como o contexto social e histórico da época do dramaturgo contribui, e de que forma, para a reconfiguração do mito. Procuraremos desta forma evidenciar como a literatura comparada continua a surgir como um espaço privilegiado de reflexão sobre o carácter histórico e social que envolve qualquer obra literária assim como as relações de interdisciplinaridade que promove.
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Cassandra (Mitologia grega) - Na literatura Vicente, Gil Recepção Clássicos
