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Youth work in post-war Europe: a comparative and empirical approach

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Post-war Europe was marked by economic growth and improving work outcomes, including later entry age into employment. The role of young people in the first industrialized countries changed as the economy transformed, while a new national and international regulatory agenda encompassing mass secondary education and minimum age requirements shaped these outcomes as varying governments promoted new policies. Lacking comparative perspectives on such transformation, this begs the question: how did this occur? What was the role of policy and governments? This thesis studies the change in the work of young Europeans over time, and its main socio-economic, policy and political determinants, with a specific emphasis on the Post-War period. By doing so, the thesis innovates by applying a European comparative approach to address three complementary research questions: (i) what was the incidence of young individuals’ work in Post-War Europe and how has it evolved over time and across regions? (ii) To what extent agricultural transition did impact the work of minors in this context? (iii) What was the role of regulations and political settings in delaying early transitions to work? Following the introduction, Chapter II examines the long-run evolution of young Europeans’ work, addressing the first research question. It particularly reviews the data sources on young people’s work in 14 European countries over time and presents novel European series for the Post-War period. By doing so, the chapter systematizes and discusses the main historical measurements and estimates of the work of young Europeans. It then contributes by applying and validating an alternative methodology from the literature, namely using retrospective approaches to recent data collection. The proposed estimates extend such a method to encompass 14 European nations, which allows obtaining cross-country time series annual data on young individuals’ labor force participation and their age of entry into employment since 1950. Since the end of World War II, the economic contributions among younger children sharply declined, suggesting increased human capital returns and the increasing role of education in European economies. However, the work patterns of older children show a less marked declining trend or stagnation in the last decades of the century, confirming the transition to new employment models for young Europeans: from supporting family subsistence to part-time work for personal consumption. Chapter III addresses the second research question and investigates to what extent agricultural transition contributed to the observed decline in child employment in Europe since 1950. It particularly studies the country-level child employment series presented in the second chapter with data characterizing the key mechanisms of European agricultural transition, such as the adoption of agricultural technology and the reallocation of agricultural labor towards other sectors. This information is examined together with other socio-economic structural factors that are usually listed as important for explaining the change in child labor and early employment through panel data methods. The results provide empirical support that, beyond rising income per capita and higher human capital requirements, the agricultural transition has been directly associated with declining child employment rates in European countries through two channels: across sectors, by means of structural change, with the reallocation of labor to other sectors; and within the agricultural sector, through the adoption of labor and land-saving technologies. The third research question is addressed in Chapter IV, which studies the impact of policy regulations and political settings on the aggregate entry age into employment of young workers. This section particularly derives and tests two research arguments. First, it estimates the impact of national and international regulations changes such as (i) national minimum age for admission to employment; (ii) school-leaving age and (iii) international labor standards on the starting working age of young workers. Second, it examines whether the effectiveness of these regulations is extended or weakened by forms of governance (e.g., majority vs. minoritarian cabinets) or government partisanship (e.g., the share of cabinet posts assigned to left-wing vs. center-right and right-wing parties). Such analyses are performed through panel data methods. The findings confirm regulations have mattered in the past to achieve later transitions to employment, beyond economic growth, with compulsory schooling laws increasing the age of entry into employment of young workers. Aligning schooling and minimum age regulations further delayed the aggregate transition to work of young workers. In addition, the study highlights the relevance of political settings for explaining the effectiveness of decent work regulations, extending theoretical assumptions of welfare state research on worker protections. International standards did not bind every government and characteristics of majority governance expanded the impact of ILO conventions in increasing the age of entry into employment for minors. Left-leaning governments favoured minimum age legislation outcomes, consistently with the expectation that left-wing parties were more likely to support labor interests against those of capital.
A Europa do pós-guerra foi caracterizada por um grande crescimento económico e melhorias nas condições de trabalho, incluindo o fim do trabalho infantil, a massificação da escolarização e transições mais tardias no mercado de trabalho. Nessas nações, as mudanças estruturais da economia, juntamente com novas agendas políticas nacionais e internacionais, transformaram o papel socioeconômico dos jovens. Dada a falta de perspectivas comparativa sobre essa transformação, devemos ainda perceber: como isso ocorreu a nível europeu? Qual foi o papel das políticas e dos diversos governos? Esta tese estuda a mudança de longo prazo no trabalho dos jovens europeus e seus principais determinantes socioeconômicos e políticos, com uma ênfase sobre a segunda parte do século vinte, uma época caracterizada por grandes mudanças sociais e políticas. Por isso, a tese aborda três preguntas de investigação complementares: (i) qual foi a incidência do trabalho de jovens na Europa do pós-guerra e como evoluiu ao longo do tempo e entre regiões? (ii) Em que medida aspetos como a transição agrícola, impactaram o trabalho de menores? (iii) Qual foi o papel das políticas e dos contextos políticos no adiamento das transições dos jovens para o mercado do trabalho? Após a introdução, o Capítulo II examina a evolução do trabalho dos jovens europeus, abordando a primeira questão de investigação. Em particular, esta seção da tese analisa os dados disponíveis na literatura sobre essa tematica em 14 países europeus e, ao mesmo tempo, apresenta uma nova série de dados para o período do pós-guerra. Nesse contexto, o capítulo sistematiza e discute as principais abordagens quantitativas existentes para a análise histórica do trabalho dos jovens europeus. Em seguida, o capítulo aplica e valida uma metodologia alternativa presente na literatura, nomeadamente o uso de uma abordagem retrospectiva sobre dados recentes. As estimativas propostas estendem essa metodologia ao nível europeu, cobrindo 14 nações e fornecendo dados anuais por país sobre a participação dos jovens na força trabalho, e a idade média de entrada no emprego desde 1950. A análise desses dados sugere que desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a contribuição econômica das crianças diminuiu substancialmente, em relação à procura de capital humano no mercado de trabalho e ao papel central da educação nas economias europeias. Por outro lado, o trabalho dos jovens mais velhos mostrou uma diminuição menos acentuada, ou até mesmo uma estagnação, nas últimas décadas do século, refletindo uma transição para a redução do emprego infantil e novos modelos de emprego juvenil: de apoiar a subsistência familiar para o trabalho a tempo parcial destinado ao consumo pessoal. O Capítulo III aborda a segunda questão de investigação e examina em que medida a transição agrícola contribuiu para o declínio observado no emprego infantil na Europa desde 1950. Em particular, a análise examina os dados sobre o trabalho infantil apresentados no segundo capítulo, juntamente com dados relacionados aos mecanismos-chave da transição agrícola europeia, como a adoção de tecnologia agrícola e a realocação do trabalho agrícola para outros setores. Essas informações são estudadas através de uma análise de dados panel em relação aos fatores estruturais reconhecidos pela literatura específica como fundamentais para explicar o declínio do trabalho infantil na história. Os resultados fornecem evidências empíricas de que, além do crescimento do PIB per capita e dos maiores requisitos de capital humano, a transição agrícola esteve diretamente associada ao declínio do trabalho infantil por meio de dois canais principais: entre setores, por meio da mudança estrutural da economia, com a realocação de trabalho para outros setores; e no setor agrícola, através da adoção de tecnologias que economizam trabalho e terras. A terceira questão de investigação é tratada no Capítulo IV, que estuda o impacto das políticas e dos contextos políticos sobre a idade de entrada no emprego dos jovens. Em detalhe, esta seção define e testa dois argumentos de investigação. Primeiro, o capítulo estima o impacto da legislação sobre (i) a idade mínima de admissão para trabalhar, (ii) a idade de saída escolar e (iii) os standards internacionais de trabalho na idade do início do primeiro emprego dos trabalhadores infantis. Segundo, o capítulo examina se o impacto dessas regulamentações é ampliado ou reduzido pela forma de governança (governos minoritários ou majoritários) ou pelo partidarismo do governo (a quantidade de postos governamentais detidos por partidos de esquerda vs. centro-direita ou direita). Essos estudos são realizados por meio da análise de dados panel. Os resultados confirmam o impacto das leis de escolaridade obrigatória no aumento da idade de entrada no emprego dos jovens. O alinhamento das regulamentações de escolaridade e idade mínima atrasou ainda mais a transição para o trabalho dos jovens. Isto sugere que as políticas foram importantes no passado para alcançar transições mais tardias para o emprego, além do crescimento económico. Adicionalmente, o estudo destaca a relevância dos contextos políticos para explicar a eficácia das regulamentações. As normas internacionais não vincularam todos os governos, e as características dos governos maioritários ampliaram o impacto das convenções da OIT no aumento da idade de entrada no emprego de menores. Uma maior presença de partidos de esquerda nos postos governamentais ampliou o efeito da legislação laboral sobre a idade mínima de admissão para trabalhar, de forma consistente com a expectativa de que partidos de esquerda eram mais propensos a apoiar os interesses do trabalho em detrimento dos do capital.

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Ferrittu, Gianluca (2024). "Youth work in post-war Europe: a comparative and empirical approach". Tese de Doutoramento. Universidade de Lisboa. Instituto Superior de Economia e Gestão.

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Instituto Superior de Economia e Gestão

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