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Abstract(s)
Ngodo e marrabenta são palavras que, Para um público não
familiarizado com a história e as práticas culturais moçambicanas da
região sul do país, soam bastante misteriosas. Não é possível explica-
-las em apenas um parágrafo. Seus significados cambiantes ao longo do
século XX, assim como a complexidade das relações sociais, políticas
e culturais que rodeiam o ngodo e a marrabenta, serão explorados ao
longo do texto. Porém, cabe apresentar, de antemão e minimamente,
o que ambas significam. A mbiÌa (no plural, timbila) é uma espécie de
xilofone, denominada corriqueiramente pelos Portugueses ao longo
do século XX como marimba, muito comum no grupo étnico chopi,
que ocupa, principalmente, a região de ZavaIa. Possui diferentes
tamanhos e afinações. A mbila foi usada em orquestras, compostas
também por tambores e bailarinos, financiadas pelos chefes chopi,
e funcionavam, desde pelo menos meados da primeira metade do
século XIX, como um importante demarcador de pertencimento
cultural empregado nas apresentações do ngodo (no plural, migodo).
O ngodo é "um conjunto de canções e instrumentos organizados em
uma composição".3 A apresentação de um ngodo, com seus diferentes
movimentos, compostos por dança, canções (chamadas de mzeno) e
instrumentos, era previamente elaborada Por um compositor, que a
coordenava e comandava.
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Pedagogical Context
Citation
Pereira, M. S. (2021). Ngodo e marrabenta: disputas, apropriações e ressignificações musicais no sul de Moçambique (1940-1975). In Reginaldo, Lucilene e Ferreira, Roquinaldo (Eds.). África, Margens e Oceanos: Perspectivas de História Social, pp. 423-461. Campinas: Editora Unicamp
Publisher
Editora Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
