| Name: | Description: | Size: | Format: | |
|---|---|---|---|---|
| 29.67 MB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
In this dissertation, I will focus on the female imperial cult because it is the Roman
female cult with the largest number of epigraphic records, demonstrating the fundamental
religious role of women in Roman society, in the evolution and subsistence of Roman
urban centers outside the capital. For this reason, it was one of the only contexts in which
Roman women could stand out socially. Furthermore, due to the vastness of the Roman
Empire, I will focus on the region of Hispania due to the geographical connection of my
research with the Iberian Peninsula.
When we think of women in the Roman Empire, we have the stereotypical view
that women had little to no participation in Roman society, and that their contribution was
restricted to the domestic context as wives, housewives and mothers. However, this view
is reductive because there were exceptions to the norm, namely the imperial flaminicae
or sacerdotes. These were priestesses appointed or elected individually by a province,
conventus or city within the Roman Empire, with the exception of the capital, to worship
certain deities or deified imperial figures.
Thus, I will contextualize the origins of the priestesses of the imperial cult,
comment some parallels that are still established between the imperial flaminicae and the
flaminica Dialis. I will also define this priesthood by explaining the various
administrative and honorary titles, the requirements to join, as well as the dress, the duties,
the benefits and the importance of these priestesses at a socioeconomic, personal and
family level in local, “conventual” and provincial communities. All of this will be
accomplished through a prosopographic study, which attempts to reconstruct the lives of
the priestesses of the imperial cult.
Nesta dissertação, irei focar-me no culto imperial feminino por ser o culto romano feminino com o maior número de registos epigráficos, demonstrando o papel religioso fundamental das mulheres na sociedade romana, na evolução e na subsistência dos centros urbanos, fora da capital. Por esse motivo, era um dos únicos contextos em que as mulheres romanas poderiam destacar-se socialmente. Para além disso, devido à vastidão do Império Romano, irei dedicar-me à Hispânia pela ligação geográfica da minha investigação com a Península Ibérica. Quando pensamos nas mulheres no Império Romano, possuímos uma visão estereotipada de que as mulheres tinham pouca ou nenhuma participação na sociedade romana, e que o seu contributo para a sociedade estava restringido ao contexto doméstico enquanto esposas, donas de casa e mães. No entanto, esta visão é demasiado redutora porque existiram exceções à norma, nomeadamente as flaminicae ou sacerdotes imperiais. Elas eram sacerdotisas nomeadas ou eleitas a título individual, por uma província, conventus ou cidade, dentro do Império Romano, com exceção da capital, para prestar culto a determinadas divindades ou figuras imperiais deificadas. Deste modo, irei contextualizar as origens destas sacerdotisas, comentar alguns paralelismos que ainda são estabelecidos entre as flaminicae imperiais e a flaminica Dialis. Irei igualmente definir o sacerdócio imperial ao explicitar os vários títulos administrativos e honoríficos, os requisitos para ingressar, assim como o vestuário, os deveres, os benefícios e a importância destas sacerdotisas a nível socioeconómico, pessoal e familiar nas comunidades locais, “conventuais” e provinciais.
Nesta dissertação, irei focar-me no culto imperial feminino por ser o culto romano feminino com o maior número de registos epigráficos, demonstrando o papel religioso fundamental das mulheres na sociedade romana, na evolução e na subsistência dos centros urbanos, fora da capital. Por esse motivo, era um dos únicos contextos em que as mulheres romanas poderiam destacar-se socialmente. Para além disso, devido à vastidão do Império Romano, irei dedicar-me à Hispânia pela ligação geográfica da minha investigação com a Península Ibérica. Quando pensamos nas mulheres no Império Romano, possuímos uma visão estereotipada de que as mulheres tinham pouca ou nenhuma participação na sociedade romana, e que o seu contributo para a sociedade estava restringido ao contexto doméstico enquanto esposas, donas de casa e mães. No entanto, esta visão é demasiado redutora porque existiram exceções à norma, nomeadamente as flaminicae ou sacerdotes imperiais. Elas eram sacerdotisas nomeadas ou eleitas a título individual, por uma província, conventus ou cidade, dentro do Império Romano, com exceção da capital, para prestar culto a determinadas divindades ou figuras imperiais deificadas. Deste modo, irei contextualizar as origens destas sacerdotisas, comentar alguns paralelismos que ainda são estabelecidos entre as flaminicae imperiais e a flaminica Dialis. Irei igualmente definir o sacerdócio imperial ao explicitar os vários títulos administrativos e honoríficos, os requisitos para ingressar, assim como o vestuário, os deveres, os benefícios e a importância destas sacerdotisas a nível socioeconómico, pessoal e familiar nas comunidades locais, “conventuais” e provinciais.
