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Erotismo e metáfora no discurso místico : autores portugueses do renascimento e do barroco
Publication . Magalhães, Eugénia Maria da Silva Abrantes; Ramos, José Augusto Martins; Franco, José Eduardo
O presente trabalho de investigação procede a uma hermenêutica de textos de autores místicos portugueses do Renascimento e Barroco, relidos à luz do erotismo e da metáfora que perpassa o relato das suas experiências místicas: o discurso, as suas categorias e a sua semântica. Erotismo e metáfora, realidades inerentes a qualquer forma de arte, impõem-se particularmente no discurso místico, nestes períodos históricos, valorizando intensamente emoções de corporalidade, a exprimir desejo de intensa relação presencial e unitiva com o divino. O estudo recai sobre nove místicos portugueses: Leão Hebreu, D. Manoel de Portugal, D. Gaspar de Leão, Frei Heitor Pinto, Frei Tomé de Jesus, Frei Amador Arrais, Frei Agostinho da Cruz, Frei António das Chagas e Padre Manuel Bernardes. Começa-se por analisar as linguagens do erótico e do metafórico do discurso místico em apreço, explorando as naturezas amatórias – o amante, o amado e o amor – e a sua inter-relação, o discurso desnudado da mística dos sentidos que resulta desta experiência em erologia discursiva, as metáforas erotizadas na dinâmica do erotismo e das naturezas amatórias. Procede-se, de seguida, a uma abordagem da sintaxe de polaridade amorosa na experiência mística portuguesa, perscrutando as agitações amorosas nas naturezas amatórias e a praxeologia das experiências erotizadas da cópula divino-humano. Apresentam-se, neste alinhamento ainda, os fundamentos e enquadramento da experiência dos místicos em estudo, a nível bíblico, teológico, antropológico e psicológico. Neste curso investigativo, apresenta-se a linguagem como logos e topos da mística, ela não é só o dizer de algo ocorrido; ela é, também, o lugar onde a experiência relacional divino-humano acontece. O vivido e o relatado do vivido pelos místicos portugueses, como desejo de uma completude absoluta, oferecem-nos uma diferenciada releitura discursiva do erótico e da metáfora. A mística surge, na sua essência e nesta releitura, como afirmação das questões atuais do humano, ao nível antropológico, político, religioso, científico, ético e quotidiano: um elenco de termos, uma estruturação discursiva, uma busca de sentido, em ordem a um neo-paradigma de léxico, de gramática e de sentido para o mundo.

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Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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Funding Award Number

SFRH/BD/77164/2011

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