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Nunes Nunes, Naidea

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  • A linguística histórica e o léxico diferencial: variação dialetal e sociolinguística de alguns regionalismos do Português falado na ilha da Madeira
    Publication . Nunes, Naidea
    Apresentamos os resultados qualitativos e quantitativos de um inquérito semântico-lexical sobre regionalismos madeirenses, aplicado junto de estudantes naturais da ilha da Madeira que frequentaram o primeiro ano do ensino superior na Universidade da Madeira, no ano letivo de 2016/2017, para aferir o (re)conhecimento e uso de alguns regionalismos característicos do Português falado na Madeira. Para observarmos a vitalidade dos regionalismos enquanto património linguístico e cultural com valor identitário da sociedade madeirense, comparamos os dados recolhidos junto dos estudantes oriundos de diferentes localidades e respetivos concelhos, tendo em conta o fator geográfico (rural vs. urbano), mas também os resultados obtidos do ponto de vista do fator de variação sociocultural sexo ou género. O fator dialetal ou variável geográfica pode ser bastante relevante, no caso das palavras mais antigas, conservadas nas áreas mais isoladas, por oposição às mais comuns ou correntes, usadas também na cidade do Funchal, capital do Arquipélago da Madeira, presentando, por isso, maior prestígio social. Assim, podemos aferir até que ponto as novas gerações tenderão a deixar de (re)conhecer e usar os vocábulos marcados como regionais e sentidos como ruralismos.
  • Variação Sociocultural de Alguns Regionalismos Madeirenses na Comunidade de Fala do Bairro da Nazaré (São Martinho, Funchal)
    Publication . Nunes, Naidea
    Depois da realização de alguns inquéritos léxico-semânticossobre alguns regionalismos madeirenses, no centro do Funchal e noutros concelhos rurais da Madeira, surgiu o interesse em fazer um trabalho semelhante num contexto considerado de periferia social, neste caso no Bairro da Nazaré (BN), freguesia de S. Martinho, no Funchal. Trata-se de um estudo dialetal com contributos da sociolinguística, numa perspetiva sociocultural desta comunidade periférica pouco afastada do centro do Funchal, no âmbito do Português falado no Arquipélago da Madeira. Este artigo tem um carácter exploratório, possibilitando fornecer informações parciais e colocar hipóteses, a partir dos dados apresentados. Os informantes da nossa amostra nasceram no Funchal, em diferentes freguesias deste concelho, mas os seus pais e/ou avós, na sua maioria, são provenientes de localidades rurais da ilha da Madeira, o que poderá explicar o facto de alguns falantes conservarem regionalismos madeirenses como parte da sua identidade local e regional. As mulheres das três faixas etárias consideradas conhecem mais regionalismos do que os homens, tendo um comportamento linguístico mais conservador, provavelmente devido ao seu papel tradicional na comunidade e ao facto de não estarem inseridas na vida ativa. Os homens fornecem mais significados não documentados, ou seja, diferentes aceções não-padrão dos regionalismos e um deles, que trabalha fora do BN, no Funchal, é o que indica mais significados da norma padrão, no caso dos regionalismos semânticos. No que se refere à idade, como era de esperar, os falantes mais jovens são os que menos regionalismos conhecem. A variável escolaridade mostrou-se pouco relevante, bem como o fator localidade, uma vez que existem diferenças pouco significativas entre os falantes. Assim, através da variação lexical e semântica de alguns regionalismos madeirenses, o BN revela-se um espaço simultaneamente de conservação e de inovação linguística.