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Melo silva da Conceição, Marcella

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  • Aceitação social para reutilização de água residual tratada como estratégia de adaptação climática – o caso do município de Lisboa
    Publication . Conceição, Marcella; Gomes, Carla Maria; Schmidt, Maria Luísa de Carvalho de Albuquerque
    Em um cenário de crescente escassez hídrica no sul da Europa, esta tese investiga como a aceitação social da reutilização de água residual tratada contribui para fortalecer a capacidade adaptativa e responder aos impactos das alterações climáticas sobre os recursos hídricos. A pesquisa assume a reutilização de água como uma ferramenta estratégica de adaptação ao se posicionar como fonte alternativa capaz de ampliar a disponibilidade hídrica. A aceitação social foi utilizada como base teórica para compreender as interações entre os atores sociais na construção de soluções de adaptação, assim como os fatores que influenciam o processo. A partir desta abordagem, desenvolveu-se um quadro analítico composto por categorias para avaliar os elementos que promovem ou dificultam a adoção da reutilização. O estudo adota Lisboa como caso de análise devido à implementação recente de projetos de reutilização para rega de espaços verdes e à ambição de expansão. Para a análise, foram utilizadas três fontes de dados: políticas públicas de adaptação e reutilização ao nível europeu, nacional e local; discussões das Comunidades de Prática para a água (projeto B-WaterSmart); e entrevistas com atores-chave do setor. Os resultados revelam que, embora haja ainda resistência à reutilização, particularmente em usos mais sensíveis, o uso não potável tem amplo apoio entre os atores do setor. Fatores como a percepção de escassez hídrica, confiança na qualidade da água reutilizada, custos de implementação, articulação interinstitucional e participação pública emergiram como influências centrais. Em resposta ao diagnóstico, a pesquisa aponta para a necessidade de amadurecimento do modelo de negócio em construção no município e para maior envolvimento do público alargado, com vista a expansão da reutilização, especificamente na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Esta abordagem integrada é apresentada como uma oportunidade para fortalecer a resiliência hídrica e avançar na resposta à crise climática em Portugal.