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- Definições sexuais de estudantes universitáriosPublication . Alvarez, Maria-João; Nogueira, JoãoO objectivo deste estudo foi o de clarificar, através de questionários, que comportamentos se associam a ter sexo, a parceiro sexual e a infidelidade e explorar factores preditores das definições encontradas,comparando os resultados de uma amostra de 152 estudantes universitários portugueses com os estudantes de amostras de outros países. Ter relações sexuais revelou-se sinónimo de relações pénis-vagina (>95%) e de sexo anal (91-92%). Ao contrário de resultados encontrados noutras amostras, os contactos orogenitais foram considerados como uma forma de ter sexo (78-84%). A amplitude das definições mostrou-se diferente, sendo possível ter um comportamento de infidelidade sem ser um parceiro sexual e ser considerado um parceiro sexual sem que exista sexo entre duas pessoas. Encontraram-se poucas diferenças de acordo com o género e a existência de orgasmo afectou as definições de ter sexo e de parceiro sexual. Conclui-se ser essencial explicitar o que se entende pelos termos sexuais utilizados na investigação e discutem-se as implicações para a prevenção de comportamentos sexuais de risco.
- Representações cognitivas e comportamentos sexuais de risco : o guião e as teorias implícitas da personalidade nos comportamentos de protecção sexualPublication . Alvarez, Maria-João; Lopes, Adelina Lopes da, 1945-; Marques, Leonel Garcia, 1958-A presente dissertação pretende explorar variáveis habitualmente menos estudadas no contexto do comportamento preventivo face à infecção pelo HIV/SIDA. Estas afastam-se das perspectivas que enfatizam os processos racionais na tomada de decisão e permitem tomar em consideração processos menos deliberados e mais automáticos na compreensão do comportamento preventivo. As variáveis em destaque prendem-se com a contribuição das estruturas de conhecimentos, em particular dos guiões (Schank e Abelson, 1977) e das teorias implícitas da personalidade (Bruner e Tagiuri, 1954; Schneider, 1973) para os comportamentos de protecção sexual do indivíduo, mais precisamente, para uso do preservativo nas interacções sexuais. Trata-se de um exemplo de aplicação da psicologia social em que a operacionalização destas variáveis, a construção dos instrumentos para a sua avaliação e a elaboração das hipóteses orientadoras da pesquisa foram teoricamente guiadas por conceitos da psicologia social e cognitiva aplicados à infecção pelo HIV/SIDA. A perspectiva do guião salienta o papel da representação do encontro sexual para a protecção sexual. A investigação sobre as teorias implícitas da personalidade realça a influência das crenças e cognições sobre um parceiro saudável na avaliação da necessidade de protecção sexual. O estudo destas variáveis toma em consideração variáveis contextuais e cognitivas relativas ao estatuto da relação, à natureza e forma das estratégias utilizadas nos comportamentos de protecção sexual e ao agente do comportamento protector. Numa primeira fase realizou-se o pré-estudo, junto de 168 estudantes universitários, com vista à selecção dos encontros sexuais mais claros a serem usados para a identificação dos guiões sexuais (Rosch, 1978). Numa segunda fase realizaram-se os estudos, junto de 576 estudantes universitários, e a análise teve por objectivos: (a) identificar os guiões existentes para os encontros sexuais; (b) avaliar o estatuto do comportamento protector nos guiões; (c) compreender o padrão de inter relação entre as representações cognitivas e os comportamentos sexuais de risco e, (d) conhecer o impacte de variáveis contextuais e cognitivas na percepção interpessoal e nas expectativas sobre as características e futuro da relação entre os parceiros. Após a discussão dos resultados, segundo as asserções teóricas apresentadas, sintetizam-se os resultados mais relevantes. A dissertação termina salientando as principais implicações e discutindo limitações aos estudos realizados. Delineiam-se, por fim, futuras investigações estimuladas pelos resultados encontrados, com vista ao planeamento de intervenções sociais e educacionais no domínio da prevenção da infecção pelo HIV/SIDA.
- Crenças sobre a escrita : mudanças e desenvolvimentoPublication . Alvarez, Maria-João; Silva, Adelina Lopes da, 1945-O interesse pela compreensão e descrição do processo de escrita aumentou dramaticamente na década de 70 (Humes, 1983; Lynch & Jones, 1989; Pintrich, Cross, Kozma & McKeachie, 1986; Scardamalia & Bereiter, 1986) tendo uma parte integrante do estudo deste processo explorado, não só a forma como os estudantes se envolvem nas actividades de escrita, mas também o que sabem e pensam acerca desta actividade (Raphael, Englert & Kirschner, 1989) . O pensamento e a aprendizagem podem ser situados num contexto de crenças e compreensão acerca da cognição e algumas propriedades fundamentais desse mesmo pensamento e aprendizagem podem ser determinados por estes contextos (Greeno, 1989), cuja compreensão contribui para uma maior preparação de professores e psicólogos no sentido de motivar os estudantes e encorajar o seu desenvolvimento em direcções apropriadas (Paris & Winograd, 1990). Os indivíduos desenvolvem crenças acerca da escrita, tal como o fazem relativamente a muitas outras actividades cognitivas e sociais, construindo teorias a partir das suas experiências culturais e educacionais que por sua vez vão influenciar a forma como abordam, aprendem e desenvolvem esta actividade. Os dados oriundos desta forma de explorar e contribuir para o entendimento da escrita, pretendem complementar informação às predições baseadas no desempenho. Não são apenas os comportamentos desenvolvidos na situação, mas também o que os sujeitos dizem saber e pensar acerca dela, que nos fornecem uma base útil para a compreensão e predição do comportamento, na medida em que as crenças podem agir como profecias auto-realizáveis (Meichenbaum, Burland, Gruson & Cameron, 1985), contribuindo para a forma como se aborda e entende o processo de resolução dessa tarefa. Da mesma forma que para muitas outras actividades cognitivas, a escrita é passível de instrução. Qualquer intervenção de natureza educacional deverá tomar em consideração a compreensão e convicções pessoais do sujeito acerca da actividade, de forma a promover uma utilização e manutenção auto-controlada dos conhecimentos e das estratégias a veicular. Neste sentido, o desenvolvimento do conhecimento do aprendiz, considerado necessário para a utilização deliberada e subsequentemente automática das suas competências, tem vindo a ganhar expressão junto de todos os que se interessam pela promoção de uma maior eficácia e gratificação no envolvimento das actividades académicas, de que a escrita é parte integrante. (...)
- Programa de prevenção do HIV/SIDA para estudantes universitários: Um estudo pilotoPublication . Alvarez, Maria-João; Oliveira, MichaelPretendeu-se aumentar as competências comportamentais e a adopção de comportamentos preventivos face ao HIV/SIDA que não apenas o uso consistente do preservativo, nomeadamente a realização de um teste de despistagem do HIV/SIDA por ambos os parceiros. Tratou-se de um estudo quasi-experimental (N = 7, estudantes universitárias)com 6 sessões semanais de 3 horas cada, envolvendo um grupo controlo sujeito a outras intervenções e uma avaliação pré e pós-teste, com um follow-up a 6 meses. A intervenção baseou-se no modelo IMB e usou como medida o Questionário sobre Relacionamentos e Saúde. Não se encontraram diferenças entre os grupos (excepto para a informação)e no follow-up do grupo experimental ocorreram mudanças nas competências comportamentais, informação e comportamentos preventivos. Apesar do uso do preservativo ser elevado, todas as participantes realizaram um teste de despistagem do HIV. As conclusões reflectem sobre a rápida adesão a outros comportamentos preventivos para além do preservativo e salientam a importância de se explorarem comportamentos preventivos alternativos devido ao abandono habitual desta protecção, nas relações mais longas, sem a realização de um teste de despistagem do HIV/SIDA.