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- Crenças sobre a escrita : mudanças e desenvolvimentoPublication . Alvarez, Maria-João; Silva, Adelina Lopes da, 1945-O interesse pela compreensão e descrição do processo de escrita aumentou dramaticamente na década de 70 (Humes, 1983; Lynch & Jones, 1989; Pintrich, Cross, Kozma & McKeachie, 1986; Scardamalia & Bereiter, 1986) tendo uma parte integrante do estudo deste processo explorado, não só a forma como os estudantes se envolvem nas actividades de escrita, mas também o que sabem e pensam acerca desta actividade (Raphael, Englert & Kirschner, 1989) . O pensamento e a aprendizagem podem ser situados num contexto de crenças e compreensão acerca da cognição e algumas propriedades fundamentais desse mesmo pensamento e aprendizagem podem ser determinados por estes contextos (Greeno, 1989), cuja compreensão contribui para uma maior preparação de professores e psicólogos no sentido de motivar os estudantes e encorajar o seu desenvolvimento em direcções apropriadas (Paris & Winograd, 1990). Os indivíduos desenvolvem crenças acerca da escrita, tal como o fazem relativamente a muitas outras actividades cognitivas e sociais, construindo teorias a partir das suas experiências culturais e educacionais que por sua vez vão influenciar a forma como abordam, aprendem e desenvolvem esta actividade. Os dados oriundos desta forma de explorar e contribuir para o entendimento da escrita, pretendem complementar informação às predições baseadas no desempenho. Não são apenas os comportamentos desenvolvidos na situação, mas também o que os sujeitos dizem saber e pensar acerca dela, que nos fornecem uma base útil para a compreensão e predição do comportamento, na medida em que as crenças podem agir como profecias auto-realizáveis (Meichenbaum, Burland, Gruson & Cameron, 1985), contribuindo para a forma como se aborda e entende o processo de resolução dessa tarefa. Da mesma forma que para muitas outras actividades cognitivas, a escrita é passível de instrução. Qualquer intervenção de natureza educacional deverá tomar em consideração a compreensão e convicções pessoais do sujeito acerca da actividade, de forma a promover uma utilização e manutenção auto-controlada dos conhecimentos e das estratégias a veicular. Neste sentido, o desenvolvimento do conhecimento do aprendiz, considerado necessário para a utilização deliberada e subsequentemente automática das suas competências, tem vindo a ganhar expressão junto de todos os que se interessam pela promoção de uma maior eficácia e gratificação no envolvimento das actividades académicas, de que a escrita é parte integrante. (...)