Browsing by Issue Date, starting with "2015-02-27"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- A Leitão & Irmão (1877-1897) e as joias da família Real PortuguesaPublication . Pinto, Lurdes Maria Neves Marques; Braga, Isabel M. R. Mendes DrumondA Leitão & Irmão joalheiros inaugurou, em 1877, uma loja no elegante Chiado, em Lisboa. A empresa, fundada no Porto em 1822, deslocou-se para a capital de modo a mais facilmente divulgar a sua arte e captar novos clientes. A proximidade da corte e o reconhecimento concedido pelo rei D. Luís de Joalheiros da Coroa originou a designação de fornecedores da Casa Real. E esta proximidade entre a joalharia e a família real contribuiu para que se tornasse um estabelecimento da moda e que os mais abastados da sociedade portuguesa da época se tornassem seus clientes. A Leitão & Irmão veio trazer uma nova dinâmica ao sector da ourivesaria, pois gozava de reconhecimento internacional e apresentava o que de melhor se efetuava em Portugal e no estrangeiro. A investigação levou-nos ao espólio da Leitão & Irmão, que se encontra na Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, podendo verificar-se nos seus registos, as relações desta empresa com os reais clientes. Através dos poucos livros de contas correntes, que ainda existem, e de outros livros em que se encontram registadas algumas aquisições de membros da família real, chegámos aos resultados que se apresentam neste estudo. Assim, procurámos saber qual o número de peças e as mais solicitadas por cada um dos membros da família real aqui retratados, os montantes despendidos nas aquisições das mesmas e a correspondência existente entre a joalharia e os soberanos, para satisfação das suas solicitações, além das peças mais emblemáticas solicitadas à prestigiosa joalharia pelos monarcas e que ficaram para a História.
- Avaliação Doppler da hemodinâmica na veia porta e veia cava caudal em Mustela putorius furo : estudo preliminar para definição de valores de referênciaPublication . Cunha, Marilisa de Sousa; Barceló, Andrés Montesinos; Jesus, Sandra de Oliveira Tavares de SousaA ultrassonografia duplex é actualmente o exame diagnóstico de eleição na avaliação da anatomia vascular e dinâmica de perfusão sanguínea. Em medicina veterinária a sua aplicação assume cada vez maior expressão, sobretudo nas espécies canina e felina. A progressiva popularidade do furão (Mustela putorius furo) como animal de companhia e a procura de cuidados médicos especializados potenciou a evolução da medicina. Até à data não existem registos da aplicação desta técnica no estudo de vasos sanguíneos nesta espécie. A inexistência de valores de referência limita o potencial diagnóstico. O principal objectivo deste estudo foi definir valores de referência para parâmetros hemodinâmicos na veia porta e cava caudal do furão, através do exame Doppler espectral sob anestesia com isoflurano. Pretendeu-se também avaliar qualitativamente o fluxo sanguíneo nestes vasos. O exame foi realizado na porta hepatis e a análise quantitativa envolveu o diâmetro (D), velocidade média (VF), fluxo sanguíneo médio (FS), índice de pulsatilidade (IP) e índice de congestão (IC). No total observaram-se 32 animais (16 fêmeas e 16 machos); um furão foi excluído devido a marcada replecção gástrica. O grupo A (n=17) incluiu animais clinicamente saudáveis e constituiu o grupo controlo. O grupo B (n=14) reuniu animais com patologia clinicamente comprovada. Devido a critérios de inclusão, a avaliação portal baseou-se apenas em 15 animais no grupo A e 13 no grupo B. No grupo controlo, observou-se fluxo uniformemente anterógrado na veia porta. O traçado espectral foi contínuo (padrão monofásico) com ligeiras oscilações respiratórias. Na veia cava caudal observou-se fluxo uniformemente anterógrado ligeira a marcadamente pulsátil e com pequenas oscilações associadas ao ciclo respiratório. Apenas um animal apresentou fluxo retrógrado no centro do vaso. Com base nos valores obtidos no grupo controlo calcularam-se os valores de referência (IC 95%). Na veia porta: D – 0.31-0.51 cm; VF – 14.30-24.97 cm/seg; FS – 1.50-5.92 ml/min/kg; IP – 0.12-0.28 cm/s; IC – 0-0.01 cm×s. Na veia cava caudal: D – 0.16 – 0.34 cm; VF – 13.42-30.42 cm/s; FS – 0.43-1.38 ml/min/kg; IP – 0.11-0.46 cm/s; IC – 0-0.01 cm×s. A comparação entre grupo A e B revelou diferença estatisticamente significativa do IP para ambas as veias (P=0,029 e P=0,032, respectivamente). Este projecto pioneiro disponibiliza novas informações sobre a biologia do furão e estabelece o ponto de partida para futuras investigações.
- A vivência teatral entre 1771 e 1860 o que nos dizem as leisPublication . Costa, Maria Emília dos Ramos; Serôdio, Maria HelenaA actividade teatral enquanto manifestação social necessita de ser regulada, sendo as principais leis nacionais que, entre 1771 e 1860, se destinaram a prover tal desiderato, o objecto de estudo deste trabalho, que procura, paulatinamente, na aparente secura da linguagem legislativa, apreender os comportamentos, as interacções, a dinâmica e os anseios dos intervenientes desse microcosmo teatral. As leis revelam ao mesmo tempo que disciplinam, pois só se preceitua sobre a realidade, pelo que, através delas, procurámos apurar como eram os autores dramáticos, os actores e os ensaiadores, bem como as relações de força se estabeleciam entre eles. Reflectimos também sobre qual o papel das actrizes no tecido social da época, como reagia o público a esta actividade cultural e qual a relação da censura com o espaço artístico. As leis são um manancial inesgotável de informação.
