Browsing by Issue Date, starting with "2009-07-21"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Relatório de Estágio: sistemas partilhados do grupo EFACECPublication . Semedo, Maria João da Silva Almeida; Henriques, Paulo Lopes
- Contribuição para o estudo do deslocamento do abomaso numa exploração leiteira da região de Montemor-o-VelhoPublication . Gordo, Rita Isabel Nunes; Neves, José António Ferreira; Serrão, Armando Agostinho Panhanha SequeiraO deslocamento do abomaso é a patologia que mais frequentemente requer cirurgia abdominal em vacas leiteiras podendo, no entanto, afectar bovinos de qualquer idade e sexo. O deslocamento pode dar-se à esquerda (DAE) ou à direita (DAD), sendo este último por vezes complicado por torção ou vólvulo abomasal (VA). Entre estes, o mais frequente é o deslocamento à esquerda. Apesar de se tratar de uma doença descoberta no século XX, o facto de ter uma etiologia multifactorial faz com que seja uma afecção difícil de controlar. É uma patologia do periparto e, por isso, surge directamente associada ao maneio nutricional, principalmente àquele praticado no período de transição. Os contributos considerados essenciais para o DA são a atonia e a acumulação de gás abomasal, que consequentemente levam à distensão do órgão. São vários os factores de risco que favorecem a ocorrência do DA, entre eles destacam-se: o maneio alimentar, com especial atenção para a relação concentrado/forragem, níveis de NDF, fibra bruta e tamanho das partículas; idade, sexo, genética (raça, profundidade corporal), condições climatéricas, doenças concomitantes (cetose, hipocalcémia, retenção placentária, metrite, fígado gordo, mastite, patologia podal). Os sinais clínicos são comuns a diversas afecções, sendo importante a acentuada diminuição na produção de leite. O diagnóstico é baseado na auscultação associada a percussão, sendo audível uma ressonância metálica, e ainda na auscultação associada à sucussão, o que permite ouvir fluidos e sons de “chapinhar”. A correcção do deslocamento mais segura e que mais recidivas evita é a cirúrgica, para a qual estão descritas diversas técnicas. As perdas produtivas enunciadas e os encargos associados ao acompanhamento médico-veterinário fazem com que esta patologia tenha elevada importância económica. A prevenção desta doença está dependente do controlo dos vários factores de risco enunciados, procurando proporcionar uma boa adaptação do sistema digestivo, e evitar o desequilíbrio de nutrientes (principalmente energético, proteico e de cálcio), a imunossupressão durante o periparto e a diminuição da ingestão de matéria seca.
