ICS - Teses de Doutoramento
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- A musealização da ciência em PortugalPublication . Delicado, Ana Isabel Oliveira; Bastos, Cristiana Lage DavidEsta dissertação centra-se no processo de constituição da ciência como tema e objecto de museu. Partindo de uma concepção alargada de museu científico, que procura abranger todas as disciplinas científicas, a musealização da ciência é analisada em três dimensões: como um processo de criação de museus científicos, em que intervêm diferentes agentes e instituições, com variados objectivos e intenções, cuja acção é condicionada pelo contexto científico, político, económico, social e cultural em que se situam; como uma acção, que se concretiza no funcionamento efectivo dos museus, nas actividades que desenvolvem, nos recursos que mobilizam e nas dificuldades que enfrentam; como um processo de representação, através do qual é construída uma imagem de ciência nos discursos expositivos dos museus. Este trabalho integra-se no sub-campo disciplinar dos estudos sociais da ciência, procurando compreender a ciência e os museus como construções sociais. A análise é circunscrita aos museus portugueses, apesar de tomar em consideração as influências internacionais. Abarca essencialmente as instituições existentes na actualidade, ainda que se procure traçar a sua génese histórica. Sustenta-se em diversos procedimentos de recolha de dados, entre os quais a pesquisa documental, entrevistas a directores de museus e análise de conteúdo das exposições.
- Presidenciais 2006: os media e a construção das candidaturasPublication . Salgado, Susana; Cabral, Manuel VillaverdeComo é que um candidato se torna presidente? Que tipos de elegibilidade estão presentes numa eleição presidencial em Portugal? Como podem os candidatos influenciar a forma como os eleitores os vêem? Essas percepções podem influenciar os resultados eleitorais? As imagens dos candidatos podem mudar durante a campanha eleitoral? Estas questões são o ponto de partida para este estudo sobre as eleições presidenciais de 2006. Avaliando o peso que os órgãos de informação podem ter no processo de formação da imagem dos candidatos, o nosso objectivo é compreender a construção política e mediática dos candidatos, especialmente do vencedor. Neste contexto, acreditamos que as imagens dos candidatos podem ser um importante factor de influência no comportamento eleitoral e propomos um conceito de imagem do candidato' com diferentes dimensões: as características pessoais do candidato, a pertença partidária e as questões às quais ele é associado, bem como a forma como ele se apresenta aos eleitores através dos media. Para além disso, os media são, actualmente, uma importante esfera de representação política, por onde passa quase toda a informação política a que o eleitor tem acesso.Integramos a nossa investigação nas pesquisas sobre Media e Política, propondo uma abordagem baseada na análise de conteúdo dos media e em entrevistas aos candidatos presidenciais, aos seus responsáveis de Comunicação, a comentadores políticos e a jornalistas.Os resultados confirmam que os media são mais do que meros intermediários, ajudando a construir as mensagens e imagens políticas. Através da identificação de um grau crescente de interpretação jornalística e da tendência para o mimetismo mediático, os políticos usam os media como um laboratório onde testam decisões antes de as tomar e anunciar. A análise aponta, pois, para a existência de efeitos indirectos dos media sobre a política e sobre os cidadãos-eleitores.
- O hibridismo nas artes performativas em PortugalPublication . Madeira, Cláudia Maria Guerra, 1972-; Monteiro, Paulo FilipeEsta dissertação versa o processo de hibridização das artes performativas em Portugal, e mais especificamente nas últimas duas décadas do século XX e na primeira década do século XXI. A análise tem como eixo mediador a influência da ciência nos processos de criação artística e afirma que o híbrido se constitui hoje como um paradigma invasor, às vezes visível, outras vezes menos visível, que contamina tudo.Para compreender este processo, tal como ele ocorre hoje, foi necessário analisá-lo a partir de diversas dimensões: de uma conceptualização teórica, das suas formas mais canónicas; dos seus antecedentes históricos, das suas metamorfoses; da sua centralidade actual, das suas plataformas; dos seus processos constitutivos, dos seus agentes; e das suas propostas multireferenciadas, das suas programações.Este trabalho permite aceder a uma leitura englobante do Teatro do Híbrido , sendo subsidiário de uma Sociologia que afirma a importância da metáfora como motor do conhecimento científico e artístico. E procura compreender, nesta configuração, as relações que se estabelecem entre arte, ciência e vida, e também como se movem aí os seus agentes, como se constituem os seus mundos poéticos e o seu campo específico de trabalho.Assim, esta análise sustenta-se em diversos procedimentos de recolha de dados entre os quais a pesquisa documental, entrevistas a criadores, a programadores e a críticos, o acompanhamento quer de espectáculos, quer do trabalho em laboratórios e residências artísticas, mas também uma leitura e interpretação das linhas gerais inerentes às políticas culturais que incidem mais directamente neste território.
- O valor da água como bem públicoPublication . Pato, João Howell; Schmidt, LuísaA tese O valor da água como bem público procura delimitar, analisar e problematizar a relação entre a enunciação do valor público da água e as linhas de actuação desenhadas e instituídas, por parte do Estado português, com vista à sua materialização. Entendendo-se que esta relação define os contornos essenciais das políticas públicas da água em Portugal, desenvolve-se ao longo de quatro etapas centrais. Numa primeira, relativa à enunciação e revisão crítica do conceito de bem público nas duas disciplinas que o definem de forma explícita (Direito e Economia), procura-se não só o enquadramento teórico da questão, mas também identificar as linhas de investigação que a partir daí se desenvolvem, tomando determinados bens por objecto de análise (capítulo I).Numa segunda, propõe-se um modelo de análise para as políticas públicas da água que se constitui como orientação metodológica do trabalho realizado, procurando ao mesmo tempo evidenciar a importância de mecanismos de avaliação de políticas (capítulo II). A terceira diz respeito à reconstituição histórica das políticas públicas da água em Portugal, desde a sua institucionalização em 1884 até hoje (capítulo III). Por fim, apresenta-se a revisão crítica e problematização dessa reconstituição histórica em função do modelo de análise proposto, procurando evidenciar-se algumas das causas explicativas do que se considera ser um défice significativo da materialização do valor público da água em Portugal (capítulo IV).
- A "Modernidade" do sacrifício Qurban, lugares e circuitos transnacionais entre bangladeshis em LisboaPublication . Mapril, José; Bastos, Cristiana; Sarró, RamonEsta tese é o culminar de uma pesquisa sobre os migrantes bangladeshis em Lisboa, levada a cabo entre 2002 e 2005. O seu objectivo central é analisar este fluxo migratório que, num contexto marcado por uma imigração maioritariamente dominada por cidadãos oriundos de vários países de influência colonial portuguesa, se constitui como uma novidade que importa conhecer e analisar. Quem são estes bangladeshis? Como chegaram a Portugal? Como participam na economia portuguesa? Qual a sua relação com o Estado português? Quais as relações que continuam a manter com o Bangladesh? E como são estas relações mantidas através da religião, da política, e da economia? Como é vivida a religiosidade neste contexto migratório recente? O argumento central é que o sacrifício, aqui entendido como a morte ritual (qurban) realizada durante o qurban Id, uma das duas mais importantes festas do calendário islâmico, é uma forma de domesticar a modernidade. Dito de outra forma, os sujeitos emigram para aceder aos consumos - associados a uma ideia de classe, modernidade e sucesso (pessoal, género e familiar) - que permitem participar do capitalismo global. No entanto, a sua inserção nos mercados de trabalho globais faz-se em posições, sociais e espaciais, associadas a uma grande marginalidade estrutural. Tal tensão vai sendo domesticada através da religião, nomeadamente, por via da islamização de vários espaços no país de acolhimento, convertendo-os em lugares de pertença. Todo este processo é visível na própria ritualização do espaço transnacional. Fazer ou patrocinar o sacrifício, o qurban, depende em larga medida da posição dos sujeitos no processo migratório (legal/ilegal, patrão/empregado, pioneiro/freshie, etc). Um projecto migratório bem sucedido (tanto ao nível económico como ao nível do estatuto de cidadania) implica a realização do sacrifício, no Bangladesh e em Portugal. Ao fazer esta cerimónia no Bangladesh recriam-se e actualizam-se os vários laços da unidade doméstica de onde se saiu e com a qual se mantêm relações próximas, enquanto que a sua realização em Portugal é a afirmação da construção de uma casa própria e constituição de uma família. Assim se (re)produzem dois territórios de pertença e sociabilidades que se articulam num espaço social transnacional que é antes de mais vivido como um contínuo da acção social.
- A cultura burocrática ministerial : repartições, empregados e quotidiano das secretarias de Estado na primeira metade do século XIXPublication . Almeida, Joana Estorninho de, 1974-; Hespanha, António Manuel, 1945-O Vintismo determinou, mesmo antes da Constituição de 1822, que o governo devia ser exercido através de seis secretarias de Estado: Reino; Justiça e Negócios Eclesiásticos; Fazenda; Marinha e Ultramar; Negócios Estrangeiros; e Guerra. Estes ministérios não foram uma invenção dos constitucionalistas. Antes da Revolução de 1820, existiam já secretarias de Estado especializadas, criadas com D. João V. Depois, mesmo com as guerras civis e nos períodos contra-revolucionários, foram estas seis secretarias de Estado que administraram os negócios do governo até à Regeneração. São elas as personagens principais desta dissertação. Nela, irá analisar-se o modelo ministerial de administração e a relação dos ministérios com a restante configuração do Estado, serão reconstituídas a estrutura organizativa das suas repartições, a composição do pessoal que nelas trabalhava e o processamento do expediente, ao mesmo tempo que se tentará descrever e interpretar o dia-a-dia do trabalho administrativo e as imagens a ele associadas. Através de um alargamento interdisciplinar de fontes e de bibliografia, procurou-se superar o antagonismo entre uma análise exclusivamente externa da administração, recorrendo aos grandes modelos explicativos, e uma leitura interna, cingida aos documentos administrativos ou às lógicas próprias de cada ministério, e, assim, caracterizar a cultura burocrática ministerial da primeira metade do século XIX. Esta cultura burocrática, fundada na tradição administrativa de finais do Antigo Regime, adaptada a novos modelos institucionais e a novas necessidades de funcionamento, sobrevivente a diversas fases de instabilidade política e servidora de uma sociedade em mutação, vai enformar a administração pública das épocas seguintes, nomeadamente configurando o funcionário público contemporâneo.
- Da violência conjugal às violências na conjugalidade : representações e práticas masculinas e femininasPublication . Casimiro, Cláudia; Almeida, Ana Nunes deDisponível no documento
- A “Modernidade” do Sacrifício Qurban, lugares e circuitos transnacionais entre bangladeshis em LisboaPublication . Gonçalves, José Manuel Fraga Mapril; Bastos, Cristiana; Sarró, RamonEsta tese é o culminar de uma pesquisa sobre os migrantes bangladeshis em Lisboa, levada a cabo entre 2002 e 2005. O seu objectivo central é analisar este fluxo migratório que, num contexto marcado por uma imigração maioritariamente dominada por cidadãos oriundos de vários países de influência colonial portuguesa, se constitui como uma novidade que importa conhecer e analisar. Quem são estes bangladeshis? Como chegaram a Portugal? Como participam na economia portuguesa? Qual a sua relação com o Estado português? Quais as relações que continuam a manter com o Bangladesh? E como são estas relações mantidas através da religião, da política, e da economia? Como é vivida a religiosidade neste contexto migratório recente? O argumento central é que o sacrifício, aqui entendido como a morte ritual (qurban) realizada durante o qurban Id, uma das duas mais importantes festas do calendário islâmico, é uma forma de “domesticar” a modernidade. Dito de outra forma, os sujeitos emigram para aceder aos consumos - associados a uma ideia de classe, “modernidade” e sucesso (pessoal, género e familiar) - que permitem participar do capitalismo global. No entanto, a sua inserção nos mercados de trabalho globais faz-se em posições, sociais e espaciais, associadas a uma grande marginalidade estrutural. Tal tensão vai sendo “domesticada” através da religião, nomeadamente, por via da islamização de vários espaços no país de acolhimento, convertendo-os em lugares de pertença. Todo este processo é visível na própria ritualização do espaço transnacional. Fazer ou patrocinar o sacrifício, o qurban, depende em larga medida da posição dos sujeitos no processo migratório (legal/ilegal, patrão/empregado, pioneiro/freshie, etc). Um projecto migratório bem sucedido (tanto ao nível económico como ao nível do estatuto de cidadania) implica a realização do sacrifício, no Bangladesh e em Portugal. Ao fazer esta cerimónia no Bangladesh recriam-se e actualizam-se os vários laços da unidade doméstica de onde se saiu e com a qual se mantêm relações próximas, enquanto que a sua realização em Portugal é a afirmação da construção de uma casa própria e constituição de uma família. Assim se (re)produzem dois territórios de pertença e sociabilidades que se articulam num espaço social transnacional que é antes de mais vivido como um contínuo da acção social.
- A sociedade anónima: identidade, transformação e anonimato nas associações de 12 passosPublication . Frois, Catarina; Cabral, João de Pina
- Águas que curam, águas que «energizam»: etnografia da prática terapêutica termal na Sulfúrea (Portugal) e nas Caldas da Imperatriz (Brasil)Publication . Quintela, Maria Manuel; Bastos, CristianaEsta tese consiste num estudo etnográfico comparado sobre as práticas terapêuticas termais de duas estâncias, Cabeço de Vide (Portugal) e Caldas da Imperatriz (Santa Catarina, Brasil). A partir dos dois estudos de caso realizados, pretende-se mostrar como é que as formas de conceber as «águas» como um agente terapêutico conduzem a diferentes usos e saberes. Procura-se ainda perceber qual a sua relação com o processo de formação socio-histórico dos lugares específicos que são as estâncias termais (termas) e das disciplinas que sustentam os saberes «científicos» relativos ao uso da água termal como «medicamento» durante os séculos XIX e XX, destacando-se a hidrologia médica. Neste sentido são analisadas as actividades e a regulamentação relativas a espaços, usos da água, saberes e representações do objecto de estudo – a prática terapêutica termal. A partir da discussão do conceito de termalismo analisa-se as suas práticas como actividade que se estruturou entre a medicina e o turismo e cujo desenvolvimento depende da relação estabelecida entre estes domínios. A análise das implicações da inserção ou exclusão do termalismo do sistema biomédico, que os dois contextos nacionais em estudo pretendem ilustrar, adquire aqui relevância. Através desta etnografia da prática terapêutica termal pretende-se, por um lado, identificar conceitos locais como os de saúde, doença, dor, sofrimento, remédio e «cura», partindo da ideia da água enquanto agente terapêutico, e, por outro lado, analisar e discutir o sentido atribuído à experiência da estadia termal pelos aquistas/hóspedes, que evidenciam diferentes «modelos explicativos» do tratamento termal. Enquanto que no contexto português este se encontra relacionado com os modelos médicos, no contexto brasileiro insere-se também em filosofias religiosas. Aos diferentes modelos correspondem diferentes idiomas que expressam experiências e visões do mundo, centrados ora nas «dores, ora na «energia», e que traduzem formas idiossincráticas e sincréticas de conceber esta prática, compreendendo-se que as «águas» sejam procuradas para «curar» ou «energizar».