Browsing by Author "Gomes, Daniela Filipa Amorim"
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- Avaliação do grau de incapacidade em doentes pós-AVC : correlação entre o Exame geronto psicomotor e outras escalas de avaliação de incapacidade funcionalPublication . Gomes, Daniela Filipa Amorim; Fonseca, Ana Catarina; Bodas, Ana Rita SilvestreINTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui uma das principais causas de incapacidade em Portugal, sendo de extrema importância aplicar instrumentos de avaliação válidos para medir a gravidade dessas incapacidades. Os psicomotricistas são confrontados com uma escassez de instrumentos de avaliação psicomotora para a população pós-AVC. Este estudo teve como objetivo avaliar se o Exame Geronto Psicomotor (EGP), aplicado na fase aguda do AVC, é um melhor preditor de independência funcional e qualidade de vida aos 3 meses, quando comparado com outras escalas atualmente utilizadas, como a National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS), o Índice de Barthel (IB) e a Medida de Independência Funcional (MIF). METODOLOGIA: Este é um estudo de caráter observacional, prospetivo e exploratório, com uma amostra de doentes com diagnóstico clínico de AVC de tipo isquémico ou hemorrágico admitidos na Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais do Serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria. Na alta hospitalar os doentes foram avaliados com a Escala de Rankin modificada (mRS), a NIHSS, o IB, a MIF e o EGP. Nas consultas de seguimento foram reavaliados com a mRS e avaliados com a Escala de Qualidade de Vida Específica para utentes que sofreram um AVC (EQVE-AVC). Através do coeficiente de Spearman analisou-se o nível de correlação entre o EGP, a NIHSS, o IB e a MIF. Determinaram-se curvas “receiver operating characteristic” (ROC) para definir o melhor preditor de independência funcional e qualidade de vida aos 3 meses e para determinar o ponto de corte do EGP com maior acuidade para predição de independência funcional aos 3 meses. RESULTADOS: Foram incluídos 29 doentes com uma média de idades de 75,28±8,70 anos. A grande maioria sofreu um AVC isquémico no território da artéria cerebral média direita de etiologia indeterminada. Dos 29 doentes, apenas 21 concluíram o estudo com as avaliações das consultas de seguimento. Verificaram-se correlações fortes e significativas entre os resultados do EGP e os resultados da NIHSS, do IB e da MIF. Na determinação do melhor preditor de independência funcional e qualidade de vida aos 3 meses, obtiveram-se valores de área abaixo da curva mais elevados com o EGP, 0,91±0,08 e 0,97±0,04, respetivamente. O ponto de corte com a maior especificidade (87,5%) e sensibilidade (92,9%) foi estabelecido em 57. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo sugerem que um melhor desempenho psicomotor na alta hospitalar está relacionado com um melhor nível de funcionalidade dos doentes pós-AVC aos 3 meses, isto porque, quando aplicados na fase aguda do AVC, o EGP é melhor preditor de incapacidade funcional e qualidade de vida aos 3 meses comparativamente com a NIHSS, o IB e a MIF.
