Browsing by Author "Chambel, M.R."
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- Ensaios de proveniência de sobreiro (Quercus suber) - resultados aos cinco anosPublication . Almeida, Maria Helena; Lourenço, Maria João; Nunes, A.M.; Sampaio, Teresa; Varela, M.C.; Chambel, M.R.; Faria, C.; Pereira, João SantosA adaptabilidade do sobreiro às condições ambientais está pouco estudada e o uso de recursos genéticos inapropriados é uma das causas do insucesso de reflorestação tanto no curto como no longo prazo. Os resultados do esforço de florestação com sobreiro têm sido muito díspares, com valores médios de sobrevivência de 50% que oscilam entre o insucesso total e uma sobrevivência que, em alguns casos, atinge os 100%. A eventual alteração climática acentua a necessidade da utilização de material de reprodução adaptado, como meio de promover a sustentabilidade do montado e das florestas de sobreiro. A caracterização dos recursos genéticos desta espécie poderá contribuir também para a viabilidade económica e ambiental deste sistema ao identificar as populações mais adaptadas e os indivíduos produtores de melhor cortiça. A rede de ensaios de proveniência de sobreiro instalados em 1998, no âmbito da acção concertada “FAIR 1CT 95 0202”, onde estão representadas 35 populações cobrindo toda a sua área de distribuição natural são um excelente instrumento para a avaliação da adaptabilidade. Ainda que as respostas ao nível da qualidade da cortiça só possam ser obtidas tardiamente, o acompanhamento de parâmetros adaptativos ao longo do crescimento das árvores é importante e poderá fornecer informação relevante para a compreensão do funcionamento do sistema. Nesta comunicação apresentam-se os resultados obtidos, 5 anos após a instalação, nos ensaios de proveniência estabelecidos na Mata Nacional das Virtudes e no Monte da Fava relativamente a características adaptativas tais como: a sobrevivência, a eficiência do uso da água, o abrolhamento dos gomos foliares e o crescimento. Ao nível da sobrevivência as populações de origem francesa revelaram-se as menos adaptadas em ambos os locais. Quanto à altura, as 35 populações apresentaram crescimentos significativamente diferentes entre si nos dois ensaios, tendo as populações marroquinas registado os valores mais elevados. Relativamente ao abrolhamento dos gomos foliares observou-se um comportamento semelhante em termos das populações mais tardias e mais temporãs em ambos os ensaios. Geograficamente as primeiras localizam-se numa área mais ocidental da zona de distribuição natural da espécie enquanto que populações mais temporãs, com comportamento significativamente diferente das anteriores são originárias da região mais oriental.
- Influência da qualidade dos materiais de reprodução na reflorestação com sobreiroPublication . Almeida, M.H.; Sampaio, T.; Merouani, H.; Costa e Silva, F.; Nunes, A.M.; Chambel, M.R.; Branco, M.; Faria, C.; Varela, M.C.; Pereira, J.S.O sobreiro ocupa em Portugal cerca de 721000 ha o que corresponde a 21,5 % da área fl orestal nacional e 33% da área mundial (APCOR, 2005). A sua distribuição no território nacional traduz não só a sua adaptação a determinadas condições edafo-climaticas, mas tem sido condicionada por várias circunstancias, como o arroteamento, o fogo, o abuso do pastoreio, a exploração agrícola intensiva e as plantações fl orestais que contrariaram ou favoreceram a sua existência nesses locais (Natividade, 1950). A distribuição desta espécie é particularmente signifi cativa em zonas onde têm ocorrido acontecimentos climáticos graves e onde os níveis de desertifi cação humana são críticos. A fi leira da cortiça salienta-se por Portugal ocupar o primeiro lugar entre os países produtores, transformadores e exportadores de cortiça, correspondendo-lhe mais de metade da produção mundial desta matéria-prima. O nosso País é a origem de aproximadamente 60% das transacções de cortiça a nível mundial, valor que sobe para 80% quando nos referimos a transacções de produtos transformados. A nível nacional, o valor das exportações de cortiça representam aproximadamente 0,7% do PIB, 2,24% das exportações e correspondem a mais de 33% do conjunto das exportações de produtos fl orestais (APCOR, 2005). Para além da importância económica do sector corticeiro a nível nacional, o aumento da consciência e do interesse da sociedade nas questões ambientais, faz com que o montado de sobro seja reconhecido cada vez mais como um espaço fl orestal, de elevada biodiversidade, paisagísticamente único, que potencia micro-economias locais baseadas numa agricultura e pastorícia extensivas, interessante para outras actividades como o turismo rural e a caça. O sobreiro tem sido a espécie fl orestal que mais tem benefi ciado dos meios fi nanceiros disponibilizados aos proprietários fl orestais para a refl orestação no âmbito da aplicação das medidas de reforma da Política Agrícola Comum da UE, na arborização das terras agrícolas. Contudo, têm-se registado com frequência elevadas taxas de insucesso na arborização sendo a qualidade dos materiais florestais de reprodução (MFR) apontada como uma das causas. Neste trabalho abordaremos a a qualidade dos materiais de reprodução, considerando-a do ponto de vista genético e fisiológico
