DC - Teses de Mestrado
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Browsing DC - Teses de Mestrado by advisor "Amorim, Ana Marta Margalha"
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- Etiologia das uveítes em cães : estudo retrospetivo de 105 casos clínicos na região de LisboaPublication . Gouveia, Ana Cristina Araújo; Delgado, Esmeralda Sofia da Costa; Amorim, Ana Marta MargalhaA uveíte, ou inflamação da úvea, é uma causa frequente de doença ocular no cão, levando muitas vezes à perda de visão. Os sinais clínicos de uveíte incluem hiperémia conjuntival, congestão dos vasos episclerais, edema da córnea, efeito de Tyndall positivo, hipópion, hifema, precipitados queráticos, coriorretinite, descolamento de retina, inflamação vítrea e diminuição da pressão intraocular. A uveíte surge por diversas causas, podendo ser resultado de uma doença ocular primária ou manifestação de uma doença sistémica. O objetivo deste estudo retrospetivo foi identificar as etiologias mais comuns de uveíte em cães da região de Lisboa, contribuindo para um melhor conhecimento da apresentação clínica das doenças, caracterizando a população em estudo e as diferentes etiologias possíveis. Foram incluídos neste estudo 105 canídeos que se apresentaram à consulta de oftalmologia do Hospital Escolar da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa entre dezembro de 2017 e março de 2023. Do total de animais, 55,2% (58/105) eram machos e 44,8% (47/105) fêmeas. Em relação às raças mais afetadas, 27,6% (29/105) animais eram de raça indeterminada, 8,6% (9/105) Labrador Retriever, 6,7% (7/105) Yorkshire Terrier e 36 outras raças surgem representadas com 1 a 4 casos cada. No que se refere à etiologia, 28,6% dos animais apresentaram uveíte induzida pela lente, 22,9% de origem infeciosas, 13,3% traumáticas, 12,4% idiopáticas, 7,6% uveíte reflexa a ulceração corneana, 6,7% por doença metabólica, 2,9% neoplásica, 2,9% imunomediadas e 2,9% por causas inflamatórias. Nos casos em que a etiologia da uveíte era desconhecida realizaram se exames complementares de diagnóstico. A etiologia idiopática foi considerada quando não havia alterações no hemograma nem nos parâmetros bioquímicos gerais assim como serologias negativas para Leishmania infantum, Anaplasma spp, Ehrlichia canis e Ehrlichia ewingii, Dirofilaria immitis, Borrelia burgoferi, Rickettsia spp. e Babesia canis. Casos de olho vermelho são por vezes incorretamente considerados conjuntivites, sendo as uveítes subdiagnosticadas. A realização de exames complementares de diagnóstico e instituição do tratamento etiológico adequado são fundamentais para evitar sequelas irreversíveis ao nível do globo ocular. Em cães da região de Lisboa com uveíte de causa desconhecida recomenda-se, numa primeira abordagem, aliado a uma anamnese extensiva, um exame físico e oftalmológico completos, a realização de um hemograma, bioquímicas gerais e serologias para despiste de leishmaniose e rickettsiose