Queiroz, JoãoOliveira, Ronaldo Alexandre deManeschy, OrlandoBarreto, UmbelinaDias, AndreiaBonilha, Caroline LealFrazão, Carla ReisRahim, Shakil Y.Rodrigues, Ana Leonor MadeiraPaulo, Ana Cristina Lourenço de SousaPessanha, AnaSimões, Anabela Vieira de FreitasGeorge, Inês Almeida Mendes MouraMartins, Maria Filomena BernardoEgas, OlgaMartins, Mirian CelesteMagueta, LúciaRamos, Maria da Conceição FernandesPaulino, Elisa Maria DuarteMoreira, Agostinha da Conceição RibeiroMarques, Elsa Carina GalvãoErtel, TatianeReis, Ana SofiaPorta Rodriguez, PilarPaz García, María BegoñaLopes, Rosangela AlmeidaCasal, Cristina VarelaDemarchi, Rita de CássiaMoreira, Manuel Fernando de SousaPEREIRA, CLAUDIA MATOSAlvarenga, Ana Maria de OliveiraHofstaetter, AndreaSantanna, Míria2022-01-252022-01-2520142182-97562182-9829http://hdl.handle.net/10451/50986A matéria-prima de que trata esta revista é base de trabalho para um ensino artístico alargado, estendendo-se fora dos limites da aula, transgredindo os limites formais dos curricula, implicando património e riqueza cultural, sensibilizando para o imaterial, criando públicos apreciadores e também agentes criadores. É toda uma comunidade que se interliga através dos valores imateriais que sempre foram os da arte. A tarefa do educador é muito alargada: exige-se que esteja à altura deste desígnio humanista, que é também um desafio ao destino da humanidade: pela educação artística constroem-se futuros, e sem arte há intolerância, materialismo, indiferença, alienação, morte. Os tempos que se vivem são exigentes. As questões da pós modernidade estão muito acesas, desde as que nos obrigam ao desassossego, como a sustentabilidade e a poluição, como as que nos implicam politicamente, como a justiça, os direitos civis, a desigualdade. Tudo isto é matéria com a qual se amassa um barro que pode ser mais ou menos criativo: trata-se de extrair a matéria-prima com que se pode fazer os blocos que constroem o futuro. Aos profissionais da educação e do ensino, esta consciência, ao mesmo tempo desamparada – os cortes da economia neoliberal transformaram a arte em indústria, e a sua educação em criação de consumidores – e ao mesmo tempo vigilante e interventiva. Os artigos que responderam a esta chamada, respondem, cada um a seu modo, a este desassossego, a este desconforto, a este mal-estar contemporâneo. Dispuseram-se segundo uma sequência que se articula com base em temas afins que se podem descrever sucintamente: Todos os que participaram neste número mostraram a sua matéria-prima, a sua reação à falta que a arte nos faz. A chamada soa, e ressoa, e é necessário que seja por todos ouvida, em todos os países. É simples: as artes estão em perigo. Perigo porque há menos horas, menos professores, menos opções, menos conhecimento. As reduções no horário, a eliminação de disciplinas tão importantes como a história da arte, fazem de cada professor um agente da resistência, um ser mais implicado na sobrevivência da chama da criação. Matéria-prima: matéria para resgatar a verdade humana, a arte, a expressão mais valiosa da sua vaidade. Resgatar o homem que Michel Foucault (1988: 412) vê ameaçado, como um rosto na areia, desenhado à beira-mar.porArteEstudo e EnsinoPeriódicosMatéria-Prima, vol.2, nº4 (Jul./Dez. 2014)Práticas artísticas no ensino básico e secundárioother