Oliveira, Francisco Roque deDomingues, Sandra2025-02-262025-02-262024O fundo fotográfico Francisco Tenreiro do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa: recuperação, incorporações e possibilidades de reutilização. Finisterra, 59(127), e39084. https://doi.org/10.18055/Finis390840430-5027http://hdl.handle.net/10400.5/98796Respondendo ao repto da Biblioteca Nacional Francisco José Tenreiro de São Tomé e Príncipe (BNSTP), a Fototeca do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG-IGOT-ULisboa) concebeu uma exposição evocativa do trabalho de campo realizado por Francisco Tenreiro (1921- 1963) em São Tomé entre 1956 e 1958, no contexto da preparação da tese de doutoramento em Geografia que defendeu na Universidade de Lisboa em 1961 – A Ilha de São Tomé: estudo geográfico. Esta tese representou o corolário da breve carreira científica desta figura destacada da «Escola de Lisboa» de Geografia e dos primórdios do CEG, mas cujo nome é sobretudo reconhecido pelo contributo que deu à afirmação da «negritude» na literatura de expressão portuguesa (Sanches, 2013; Margarido, 2023). Intitulada Francisco Tenreiro, geógrafo, a exposição em causa foi inaugurada na BNSTP a 20 de janeiro de 2024, assinalando o 103.° aniversário do nascimento de Francisco Tenreiro, e integrou cerca de 80 fotografias representativas do seu legado científico, a maioria das quais tinham sido incluídas na edição original da monografia geográfica da ilha de São Tomé (Oliveira, 2024a; Rádio e Televisão Portuguesa [RTP], 2024). A oportunidade da realização desta exposição implicou que a Fototeca do CEG-IGOT-ULisboa se tivesse empenhado em resgatar do seu espólio o conjunto integral das séries fotográficas da autoria de Francisco Tenreiro e executasse, paralelamente, a correspondente análise documental, tanto quantitativa como qualitativa (Le Mée & Mondenard, 2016; Castro, 2022; Sánchez-Vigil et al., 2022). Nesse sentido, começou por se cruzar o conjunto de fotografias referenciadas no catálogo interno da Fototeca com as séries de fotografias reveladas e instaladas em cartões legendados pelo próprio Francisco Tenreiro. Esta acção permitiu confirmar a existência de 255 fotografias a preto e branco, correspondentes aos anos de 1956 e 1957, às quais se associam cerca de 50 fotografias do mesmo tipo feitas em Angola por Francisco Tenreiro no itinerário de ida ou de volta dessas duas primeiras viagens a São Tomé, bem assim como dois diapositivos coloridos não datados, correspondentes a dois dos quatro únicos diapositivos de São Tomé que o mesmo catálogo atribui a Tenreiro.porFundo fotográficoFrancisco TenreiroCentro de Estudos GeográficosUniversidade de LisboaO fundo fotográfico Francisco Tenreiro do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa: recuperação, incorporações e possibilidades de reutilizaçãojournal article10.18055/Finis39804