Mendes, Maria EduardaCalçada, Guilherme Santos Freire Almeida2025-06-232025-06-232024-09-202024-09-06http://hdl.handle.net/10400.5/101673Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, 2024, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia.Este estudo investiga os agentes potencialmente inibidores da enzima tirosinase, concentrando-se principalmente nos mecanismos de ação, eficácia e aplicações clínicas na área da cosmética. A tirosinase é uma enzima envolvida na biossíntese da melanina, que é o pigmento que dá a cor à pele, cabelo e olhos. O aumento da atividade da tirosinase pode causar distúrbios de hiperpigmentação como melasma e manchas senis, assim como o aparecimento do melanoma, um tipo de cancro de pele muito agressivo. Por estes motivos, a inibição dessa enzima é um assunto de grande interesse quer no campo da dermatologia e cosmética quer no campo da medicina. Ao longo dos últimos anos diversas substâncias têm sido estudadas e testadas para inibir a tirosinase. Por exemplo, a hidroquinona que é muito usada para tratar a hiperpigmentação, mas o seu uso está associado a possíveis efeitos colaterais graves. O ácido kójico, um produto proveniente de fungos, é outro inibidor eficaz que funciona ao quelar iões de cobre no local ativo da tirosinase. O ácido ascórbico para além das suas propriedades antioxidantes, também tem ação sobre a tirosinase, protegendo os melanócitos do “stress” oxidativo, diminuindo a produção de melanina. Outro exemplo, o ácido azelaico, é usado para tratar acne, rosácea e hiperpigmentação porque combina a inibição da tirosinase com efeitos anti-inflamatórios. Devido à sua capacidade de controlar a produção de melanina e proteger as células contra danos celulares, estes inibidores têm um elevado potencial terapêutico no tratamento do melanoma e também de doenças neurodegenerativas. O seu potencial terapêutico na doença de Parkinson está a ser investigado, uma vez que a inibição da tirosinase pode reduzir a produção de neuromelanina diminuindo o stress oxidativo nos neurónios dopaminérgicos. No entanto, a segurança e a estabilidade a longo prazo destes inibidores ainda são um objeto de pesquisa contínua. Ao longo desta monografia vão ser abordados vários riscos e tópicos como benefícios, efeitos secundários e possíveis inovações no tratamento de distúrbios de pigmentação e além disso é feita uma referência breve ao seu uso nas terapias anticancerígenas.This study investigates agents that potentially inhibit the enzyme tyrosinase, focusing mainly on the mechanisms of action, efficacy and clinical applications in the cosmetics field. Tyrosinase is an enzyme involved in the biosynthesis of melanin, which is the pigment that gives skin, hair and eyes their color. Increased tyrosinase activity can cause hyperpigmentation disorders such as melasma and age spots, as well as the appearance of melanoma, a very aggressive type of skin cancer. For these reasons, the inhibition of this enzyme is a subject of great interest both in the field of dermatology and cosmetics and in the field of medicine. Over the last few years, various substances have been studied and tested to inhibit tyrosinase. For example, hydroquinone, which is widely used to treat hyperpigmentation, but its use is associated with possible serious side effects. Kojic acid, a fungal product, is another effective inhibitor that works by chelating copper ions at the active site of tyrosinase. In addition to its antioxidant properties, ascorbic acid also acts on tyrosinase, protecting melanocytes from oxidative stress and reducing melanin production. Another example, azelaic acid, is used to treat acne, rosacea and hyperpigmentation because it combines tyrosinase inhibition with anti-inflammatory effects. Due to their ability to control melanin production and protect cells from cell damage, these inhibitors have a high therapeutic potential in the treatment of melanoma and also neurodegenerative diseases. Their therapeutic potential in Parkinson's disease is being investigated, since tyrosinase inhibition can reduce neuromelanin production by decreasing oxidative stress in dopaminergic neurons. However, the safety and longterm stability of these inhibitors is still the subject of ongoing research. Throughout this monograph, various risks and topics such as benefits, side effects and possible innovations in the treatment of pigmentation disorders will be addressed, and there will also be a brief reference to their use in anti-cancer therapies.porHiperpigmentaçãoInibidorMelaninaMelanomaTirosinaseMestrado integrado - 2024Potenciais agentes inibidores da enzima tirosinase: exemplos e aplicaçõesmaster thesis203912322