Mendonça, AntónioTuckwell, Carolina Daniela Faria da Cruz2015-03-022015-03-022014Tuckwell, Carolina Daniela Faria da Cruz (2014). "A política não convencional do Banco Central Europeu e da Reserva Federal dos Estados Unidos : uma comparação". Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa. Instituto Superior de Economia e Gestão.http://hdl.handle.net/10400.5/8054Mestrado em Economia Internacional e Estudos EuropeusNo dealbar da crise económica e financeira global, que surgiu em 2007, os grandes bancos centrais encetaram a implementação das chamadas medidas não convencionais de política monetária. Adoptando uma metodologia fundamentalmente qualitativa, esta dissertação pretende comparar as medidas não convencionais adoptadas pelo BCE e pelo Fed, analisando as suas características e o seu impacto na economia. As medidas não convencionais de ambos os bancos têm objectivos semelhantes e ambas intervêm em mercados cruciais e em instituições financeiras. Porém, o BCE usou estas medidas como um complemento à taxa de juro e o Fed aplicou-as como forma de estimular a economia. Além disso, existem algumas diferenças que reflectem a estrutura financeira das economias, diferentes enquadramentos da política monetária convencional e constrangimentos legais. O Fed introduziu um maior número de programas novos, sugerindo que o enquadramento da política monetária convencional do BCE é mais flexível, em termos de instrumentos. Porém, em contrapartida, a política monetária não convencional do BCE foi significativamente limitada pelo seu enquadramento legal. Estudos empíricos concluem que as medidas não convencionais contribuíram para atenuar os impactos da crise sobre alguns indicadores macroeconómicos. Porém, a recuperação dos EUA foi melhor do que a da Zona Euro, apesar de ambas as economias sofrerem desemprego e deflação. Esta divergência deve-se a factores cíclicos, mas também à falta de coesão política, e a factores estruturais, que ultrapassam o âmbito da política monetária.In the aftermath of the global economic and financial crisis, which broke-out in 2007, the major central banks started implementing so-called unconventional monetary policy measures. Following a fundamentally qualitative methodology, the aim of this dissertation is to compare the unconventional measures adopted by the ECB and the Fed, assessing their characteristics and also their impacts on the economy. The unconventional measures adopted by both banks have similar aims and they both address certain crucial markets and financial institutions. However, whereas the ECB used these measures as a complement to the interest rate, the Fed has used them to further stimulate the economy. Additionally, there are some differences between both sets of measures which mainly reflect the financial structure of their economies, different conventional operational frameworks and legal constraints. The Fed introduced a greater number of new programs in comparison to the ECB, suggesting that the conventional monetary policy framework of the ECB is more flexible, concerning monetary policy tools. Despite this, the ECB?s unconventional monetary policy interventions were significantly constrained by its legal framework. Empirical studies find that the unconventional monetary policy contributed to attenuate the negative impact of the crisis on macroeconomic indicators. However, the recovery in the US seems stronger than in the EU, even though both face unemployment and deflation. However, this divergence is down to not only cyclical factors, but also to the lack of cohesion in policy implementing in the EU and to structural factors, out of the scope of monetary policy.porpolítica monetáriapolítica monetária não convencionalBCEFedmonetary policyunconventional monetary policyECBA política não convencional do Banco Central Europeu e da Reserva Federal dos Estados Unidos : uma comparaçãomaster thesis