Borges, Paulo2016-03-092016-03-092008-04Borges, Paulo, "'Deus existe, com efeito, para si próprio; mas Deus está enganado.' A Ilusão de Deus em Fernando Pessoa", Philosophica 31 (Abril 2008): 19-49.0872-4784http://hdl.handle.net/10451/22922Pretende-se surpreender algumas das linhas principais do pensamento de Fernando Pessoa a partir do comentário de três textos curtos mas fundamentais e da afirmação: “Deus existe, com efeito, para si próprio; mas Deus está enganado”. Partindo da visão de uma indeterminação ou fundo sem fundo primordial, que só negando-se ou sendo negado se manifesta na multiplicidade de níveis e formas do universo das determinações ontognosiológicas, numa “ilusão” / “criação” geradora de todos os modos de ser e consciência, incluindo os da consciência de si humana e divina, Pessoa pensa e propõe a libertação disso numa des-ilusão iniciática que consiste no desvelamento da “Vida”-“consciência” incriada e encoberta na sua própria manifestação. Tal iniciação é o “caminho da Serpente”, entendido como o processo do espírito que assume, experimenta e compreende todas as possibilidades de entificação – eu, mundo e Deus – ao mesmo tempo que as nega e se nega, devolvendo-se à indeterminação primordial e inalterável.porFilosofiaPessoa, Fernando, 1888-1935 - Crítica e interpretaçãoDeus“Deus existe, com efeito, para si próprio; mas Deus está enganado.” A Ilusão de Deus em Fernando Pessoajournal article