Costa, J. MiguelEgipto, R.Garcia-Tejero, I.Vaz, M.Lopes, Carlos2017-02-072017-02-072016-05Costa JM, Egipto R, Garcia-Tejero I, Vaz M, Lopes CM, Chaves MM (2016). Monitorização da temperatura do coberto em duas castas de videira: uma ferramenta para comparar genótipos e optimizar a rega deficitária? Livro de Actas 10º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo 4-6 Maio, Évora, Portugal, Vol. II, pp. 57–61http://hdl.handle.net/10400.5/13123A viticultura mediterrânica enfrenta desafios crescentes relacionados com as alterações climáticas, com recursos hídricos escassos ou de menor qualidade e com maiores exigências de sustentabilidade por parte dos “stakeholders”. Neste domínio, o uso sustentável da água deverá ser uma prioridade nas regiões semi-áridas. Para tal é necessário compreender melhor a fisiologia da videira e a sua resposta ao stress hídrico e térmico, e assegurar a monitorização rápida e eficiente da condição das culturas. A temperatura do coberto (Tc) é um indicador do estado hídrico e do comportamento estomático das plantas. A termografia permite a determinação remota de Tc no campo e visualizar a distribuição das temperaturas em diferentes zonas do coberto (e do solo). A nossa hipótese é a de que padrões diurnos de Tc podem revelar diferenças entre castas em termos das estratégias de controlo estomático/regulação da perda de água e calor. Desta forma monitorizámos o curso diário e sazonal da Tc em duas castas de V. vinifera Aragonez (syn. Tempranillo) (ARA) e Touriga Nacional (TOU) sujeitas a rega deficitária em condições Mediterrânicas (Reguengos de Monsaraz, Alentejo). As medições de Tc foram complementadas pela medição do potencial hídrico, fotossíntese e transpiração, clorofila e parâmetros agronómicos. As medições decorreram ao longo de diferentes estados fenológicos: i) Maio/meados de Junho (vingamento-bago ervilha), ii) meados de Julho (pintor), iii) início de Agosto (meia maturação) e iv) meados e fim de Agosto (antes da colheita). As correlações da Tc (14-17h) com a conductância estomática (gs) e o potencial hídrico (ψ) foram mais robustas em condições/anos de maior stress. A ARA revelou a tendência para potenciais mais negativos, que pode estar relacionado com uma maior área foliar comparativamente à TOU. Todavia as correlações entre parâmetros ecofisiológicos (ψ, gs) e a Tc mantiveram-se idênticas nas duas castas sugerindo que, para os níveis de stress hídrico imposto não se observaram diferenças entre castas na Tc e nas trocas gasosas. Estratégias de optimização do uso da termografia para monitorizar plantas e solo em condições de campo são discutidas numa perspectiva de optimização do uso sustentável da águaportermografiaarrefecimento evaporativostresse hídricofenotipagemuso sustentável da águaMonitorização da temperatura do coberto em duas castas de videira: uma ferramenta para comparar genótipos e optimizar a rega deficitária ?conference object