Santos, Pedro PintoReis, Eusébio2020-01-152020-01-152017-10-04Santos, Pedro P.; Reis, Eusébio, 2017. Suscetibilidade das linhas de água à ocorrência de cheias: calibração de um modelo de avaliação com recurso ao registo histórico de perdas. António Alberto Gomes, José Teixeira, Laura Soares (Org.), 8.º Congresso Nacional de Geomorfologia – 2017 – Proceedings. 4-7 October, Porto, pp 129-131, ISBN: 978-989-96462-7-8.978-989-96462-7-8http://hdl.handle.net/10451/40851As cheias são processos inevitáveis que representam, à escala mundial, uma proporção muito elevada de todas as perdas associadas à ocorrência de desastres de origem natural – segundo o Global Assessment Report de 2015 (UNISDR, 2015), cerca de 33% do total de perdas anuais médias ocorridas no período 1990-2013 (cerca de 104 mil milhões de dólares) se deveram a processos de cheia e inundação. Segundo o mesmo relatório, este é igualmente o processo de perigo natural que maior número de pessoas afeta em todo o mundo. O trabalho que se apresenta descreve um modelo de avaliação de suscetibilidade a cheias, calibrado com recurso a uma base de dados de perdas. O modelo de avaliação considera três fatores condicionantes da suscetibilidade ao processo de cheia: declive médio, escoamento acumulado e permeabilidade relativa média (Reis, 2011). Como área geográfica de aplicação da metodologia selecionou-se a bacia hidrográfica do rio Águeda, localizada na Região Centro de Portugal, com uma área de 979,3 km2, constituindo um dos principais afluentes do rio Vouga. A ponderação a atribuir a cada um dos fatores foi definida e calibrada com o apoio de uma base de dados de perdas devidas a cheias. As ocorrências registradas naquela base de dados foram classificadas de acordo com o tipo de consequência: ocorrências com consequências humanas e ocorrências com consequências materiais. O primeiro tipo corresponde às perdas em que se verificaram uma ou mais vítimas mortais, pessoas feridas, desaparecidas, evacuadas ou desalojadas, tal como reportado pelos jornais. O segundo tipo refere-se unicamente a perdas materiais sobre os edifícios, infraestruturas, campos agrícolas ou equipamentos. A base de dados foi construída no âmbito do projeto DISASTER (Zêzere et al., 2014) e abrange o período temporal entre 1930 e 2010. As ocorrências com consequências humanas correspondem àquelas que cumprem os critérios de inclusão na base de dados DISASTER. As restantes, com consequências apenas materiais foram recolhidas recorrendo às mesmas fontes hemerográficas, traduzindo as ocorrências com menor gravidade. (...)porCheiasSuscetibilidadeAvaliaçãoPerdasRegisto históricoconference object