Mendes Lopes, Vasco2025-06-302025-06-302020-09In: Convocarte, nº11 (set. 2020): Arte e loucura, p. 177-2002183–6973http://hdl.handle.net/10400.5/101877Observando algumas obras de William Blake como experiência da imaginação “interior” e visionária, e Goya através da experiência de uma imaginação “exterior”, resultante do encontro com o horror do real, questiona-se a construção plástica segundo os modos de discurso que derivam de uma visualidade e de um olhar que se estabelece a partir do confronto entre imagem e imaginação, entre o discurso plástico e a sua materialidade, onde esse discurso plástico se materializa como expressão semântica da mania. Neste contexto ocorre a ambi- valência entre o ver e o olhar, que incide tanto sobre a imagem plástica como sobre a imagem mental. Blake configura o espaço da representação como expressão de uma imaterialidade não gravítica que transcende a sua presença, e Goya, a presença de uma materialidade gravítica, de uma queda transcendental em relação à sua condição humana. Em ambos, a configuração dos ex- tremos, entre equilíbrio e absurdo, entre razão e loucura perfaz-se numa linha muito ténue. A loucura “aceite” em Blake como modo descontrolado da imaginação em que o discurso plástico evoca um discurso para o seu interior. A loucura “rejeitada” controlada de Goya que vincula a imaginação a ser expressa plasticamente nas suas formalizações num discurso para o seu exterior.porLoucuraMaterialidadeImaterialidadeDiscurso PlásticoNarratividadeO ver e o olhar da loucura, materialidade e a imaterialidade no discurso plástico em William Blake e Goyajournal articlehttps://doi.org/10.57843/ulisboa.fba.cieba.00137.20252183–6981