Ferreira, Maria IsabelPaço, Teresa Afonso doSilvestre, JoséSilva, RodolfoConceição, Nuno2024-11-272024-11-272024Ferreira, M.I. et. al., (2024) Medições de fluxo de seiva pela equipa de Engª Rural do ISA - balanço de 30 anos de experiências e aspectos metodológicos. Anais do Instituto Superior de Agronomia, Vol. 50, p. 70-102http://hdl.handle.net/10400.5/95721As técnicas de medição do fluxo de seiva (FS) são apresentadas como a alternativa viável para obter longas séries contínuas do uso da água pelas plantas lenhosas, embora não apresentem a fiabilidade das técnicas micrometeorológicas, designadamente a mais apropriada para cobertos altos, a das flutuações instantâneas (conhecida como de eddy covariance) que exige grandes extensões uniformes e em que as medições nem sempre são contínuas devido a condições meteorológicas adversas, mas que serve de referência em articulação com medições de evaporação do solo. Com estas técnicas de FS obtêm-se valores que, à escala diária, aproximadamente correspondem à transpiração, a principal componente da evapotranspiração. Existem muitas abordagens diferentes, sendo que a técnica de dissipação de calor designada por de Granier se tornou popular pela sua aparente simplicidade e baixo custo, embora a sua aplicação em comparação com técnicas de referência tenha evidenciado a necessidade de resolver vários problemas. Esta contribuição apresenta uma visão geral da aplicação desta técnica, seu desenvolvimento e resultados desde 1992, pela equipa de Engenharia Rural (ER) do ISA. Inclui-se a breve descrição do princípio, sensores, instalação, tratamento de dados, identificação das principais dificuldades e algumas soluções encontradas para minimizar erros, bem como a comparação com as técnicas de referência mencionadas, permitindo uma calibração caso-a-caso, de forma a obter longas séries fiáveis. Usou-se ainda uma simulação do campo das temperaturas pelo método das diferenças finitas e simulações em laboratório, para lidar com questões como a que foi designada por gradiente natural, a heterogeneidade azimutal e radial, a mudança de escala espacial, as equações de calibração. Este intenso trabalho pioneiro permitiu quantificar o uso da água por longos períodos em muitos e representativos cobertos florestais e agrícolas, em regadio ou em sequeiro, obtendo-se ainda a informação complementar para diagnosticar o estado hídrico, para interpretar os resultados e assim contribuir para afinar modelos de uso da água para a respectiva gestão, designadamente os coeficientes culturais e de stress para uso na rega.porgestão da águaregaevapotranspiraçãoGranierclima mediterrânicoMedições de fluxo de seiva pela equipa de Engª Rural do ISA - balanço de 30 anos de experiências e aspectos metodológicosjournal article