Mendes, Maria Eduarda Romãosinho de Almeida EstevesBarradas, Andreia Carina Pires2024-03-212024-03-212023-07-202023-06-29http://hdl.handle.net/10451/63642Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, 2023, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia.A esquizofrenia é uma doença complexa e heterogénea, sendo uma das perturbações mentais graves mais comum, e é caracterizada por uma sintomatologia variada que engloba sintomas positivos, como alucinações e delírios, sintomas negativos, dos quais se destacam avolição e expressão emocional diminuída, e alterações cognitivas, como problemas de memória e de atenção. O seu prognóstico é variável, dependendo de vários fatores, como a idade do início dos sintomas e o género do doente. Esta doença pode ser classificada em subtipos, de acordo com a sintomatologia predominante e a sua evolução clínica pode ser dividida nas fases prodrómica, primeiro episódio psicótico e fase crónica, de um modo geral. A esquizofrenia pode ser considerada como uma disfunção do sistema dopaminérgico, sendo que esta última parece ser secundária a uma disfunção de outros sistemas, como o glutamatérgico e o serotoninérgico. Embora não esteja totalmente esclarecido qual é a etiologia da doença, pensa-se que possa estar relacionada com vários fatores que se interrelacionam entre si, levando a um risco aumentado do desenvolvimento da doença, principalmente em doentes predispostos. Dentro destes fatores destacam-se fatores neurológicos, genéticos e ambientais. O tratamento da patologia baseia-se numa abordagem multidisciplinar e pode necessitar de alterações consoante a fase em que o doente se encontra. Deve ser feito em várias vertentes para englobar os diversos aspetos da esquizofrenia e tem como objetivo principal melhorar o funcionamento do indivíduo. A componente não farmacológica do tratamento assenta num programa coordenado de cuidados especiais, no qual se integra terapia cognitivo-comportamental e psicoeducação, por exemplo. A componente farmacológica assenta principalmente no uso de fármacos antipsicóticos. Estes podem ser divididos em antipsicóticos de 1.ª geração, mais direcionados para o tratamento de sintomas positivos e muito associados a efeitos adversos extrapiramidais, e em antipsicóticos de 2.ª geração, sendo que alguns são eficazes no tratamento de sintomas positivos e negativos e os efeitos metabólicos são seus os principais efeitos adversos. Devido às lacunas no tratamento dos sintomas negativos e cognitivos, estão a ser estudados potenciais novos fármacos, cujos mecanismos de ação diferem dos antipsicóticos.Schizophrenia is a complex and heterogeneous disease, being one of the most common severe mental disorders, and is characterized by a varied symptomatology that encompasses positive symptoms, such as hallucinations and delusions, negative symptoms, of which decreased avolition and emotional expression are highlighted, and cognitive changes such as problems with memory and attention. Its prognosis is variable, depending on several factors, such as age at onset of symptoms and gender of the patient. This disease can be classified into subtypes, according to the predominant symptomatology and its clinical evolution can be divided into prodromal phase, first psychotic episode and chronic phase, in general. Schizophrenia can be considered as a dysfunction of the dopaminergic system, being that the latter seems to be secondary to a dysfunction of other systems, such as the glutamatergic and serotonergic. Although the etiology of the disease is not fully understood, it is thought that it may be related to several factors that interrelate with each other, leading to an increased risk of the disease's development, especially in predisposed patients. Among these factors, infectious, genetic and environmental factors stand out. The treatment of the pathology is based on a multidisciplinary approach and may require changes depending on the stage the patient is in. It must be done in several strands to encompass the various aspects of schizophrenia and its main objective is to improve the individual's functioning. The non-pharmacological component of the treatment is based on a coordinated program of special care, which integrates cognitive-behavioral therapy and psychoeducation, for example. The pharmacological component is based mainly on the use of antipsychotic drugs. These can be divided into 1st generation antipsychotics, more directed towards the treatment of positive symptoms and very associated with extrapyramidal adverse effects, and in 2nd generation antipsychotics, some of which are effective in treating both positive and negative symptoms and metabolic effects are its main adverse effects. Due to gaps in the treatment of negative and cognitive symptoms, potential new drugs are being studied whose mechanisms of action differ from those of antipsychotics.porEsquizofreniaSistema dopaminérgicoFatores genéticosFatores ambientaisAntipsicóticosMestrado Integrado - 2023As causas da esquizofrenia e opções terapêuticasmaster thesis203513398