Alves, Francisco Jose Bessone FerreiraRama, Luís Manuel Pinto LopesCarrión Balbuena, Maria Helena2022-10-172022-10-172020-11-16http://hdl.handle.net/10400.5/25720Foi objetivo deste estudo verificar quais os indicadores fisiológicos que influenciam o desempenho em canoístas bem treinados do sexo masculino e analisar a variação da aptidão aeróbia e da aptidão anaeróbia em associação com o desempenho durante uma época desportiva. Os atletas avaliados neste estudo realizaram, num ergómetro de canoagem, uma prova progressiva máxima para determinação do V̇O2max, dos limiares ventilatórios e da velocidade aeróbia máxima (VAM) e potência aeróbia máxima (PAM); uma prova de intensidade constante à VAM e uma prova supramáxima a 110 % da VAM, para determinação do défice de oxigénio acumulado máximo (DOAM) e estudo da cinética do V̇O2 ( V̇O2k). Num primeiro estudo ( n = 17), foi validado um método alternativo de estimação do DOAM (DOAMalt) que, a partir da prova supramáxima a 110% da PAM, adiciona ao cálculo dos equivalentes energéticos de O2 da fase rápida da curva de recuperação do V̇O2, o valor dos equivalentes energéticos de O2 da cinética da lactatemia. Num segundo estudo (n = 13), verificámos que o desempenho num controlo na água de 1000m estava associado, quer a diferentes indicadores aeróbios máximos e submáximos, quer ao DOAM. Num terceiro estudo (n = 14), o desempenho num contrarrelógio de 1000m em ergómetro confirmou a dependência de indicadores aeróbios e anaeróbios, mas não se encontrou associação com os parâmetros da V̇O2k, quer na prova máxima, quer na supramáxima. Num quarto estudo (n = 9) verificou-se que, durante o macrociclo, os atletas ganharam aptidão aeróbia e anaeróbia após a fase de treino específico, tendo igualmente mostrado ganhos importantes na capacidade de desempenho avaliada pelo contrarrelógio de 1000m. Os parâmetros da V̇O2k mantiveram-se estáveis nos dois momentos de avaliação, não apresentando associação com o desempenho ou com outros indicadores aeróbios ou anaeróbios em ambos os momentos de avaliação. Este estudo comprovou a existência de um perfil marcadamente aeróbio em canoístas bem treinados, embora realce, igualmente, a existência de uma forte preparação conducente a adaptações musculares de carácter anaeróbio. Não se confirmou a existência de uma relação entre a V̇O2k e o desempenho, a aptidão aeróbia ou a anaeróbia, não mostrando este parâmetro variação ao longo do período de treino avaliado. No entanto, em 6 dos 9 canoístas avaliados encontrámos uma redução da componente lenta (variação média destes 6 casos de 38%), o que sugere alterações na dinâmica de recrutamento das unidades motoras, com aumento da capacidade oxidativa das fibras I solicitadas no exercício avaliado.The purposes of this study were to verify which physiological determinants of the performance in well-trained male kayakers and to analyze the variation of these parameters in association with performance during a competitive season. Every athlete performed, in a kayak-ergometer, a maximal incremental test to determine the V̇O2max, the ventilatory thresholds and maximal aerobic velocity (VAM) and maximal aerobic power (PAM), a constant-velocity test at VAM and a supramaximal constant velocity at 110% VAM, both to exhaustion, to study V̇O2 kinetics and estimate the maximal O2 accumulated deficit (MAOD). In study 1 (n = 17), it was validated an alternative method to estimate the MAOD, using only the supramaximal test at 110% VAM, and calculating the oxygen equivalents of the primary phase of the off-kinetics V̇O2 recovery curve added to the oxygen equivalents of the lactate kinetics. In study 2 ( n = 13), we verified that aerobic markers, as well as the MAOD, were well correlated to performance in an in-water time control of 1000m. In study 3 (n = 14), performance in a kayak-ergometer time control of 1000m was dependent on the same aerobic and anaerobic markers. Furthermore, we analyzed V̇O2 on-kinetics, both in the maximal and in the supramaximal constant velocity testes and none of the parameters showed any relation to performance or other physiological measurements. In the final study (n = 9), we verified that, during the season, performance in a kayak-ergometer time control of 1000 m was significantly enhanced, concomitantly to gains in most of the aerobic markers, except for the V̇O2 on-kinetics parameters which were not sensible to training and showed no relationships to performance in any of the two moments of evaluation. Only 6 out of 9 kayakers analyzed showed a decrease in the slow component area of 38%. From this fact arises the hypothesis: training changes the V̇O2k but so far we can not still prove it.porCanoagemCapacidade anaeróbiaCinética do consumo de oxigénioDOAMPotência aeróbia máximaAnaerobic capacityDOAMKayaking kineticsMaximal aerobic powerV̇O₂Avaliação fisiológica e efeito do treino em canoístasdoctoral thesis101377584