Gouveia, Carlos Alberto MarquesSilva, Rita2025-01-222025-01-222024-11-112024-09-15http://hdl.handle.net/10400.5/97551O debate sobre o binarismo de género caraterístico de certas línguas não é recente, mas só nos últimos anos se tem testemunhado um maior empenho na criação de uma linguagem neutra em género. Esta neolinguagem ou linguagem não-binária, cujo usou se popularizou sobretudo na internet, surge como uma alternativa às formas existentes, procurando incluir as várias identidades de género mediante a utilização de um discurso não marcado pelo género. Vinculada às lutas identitárias da comunidade LGBTQI+, verifica-se em mais do que um país tentativas de adotar uma linguagem nãodiscriminatória e a adoção de pronomes e formas neutras. Países, como a França e o Brasil, destacam-se por promoverem a discussão desta linguagem mais inclusiva. No que se refere ao âmbito educacional, há pesquisas que destacam a importância da educação neste processo, defendendo que se deve formar falantes responsáveis através da discussão e reflexão destas questões em sala de aula. Através deste trabalho de investigação, procura-se refletir sobre a importância de criar nos estudantes de PLE/PL2 uma consciência linguística dando visibilidade a estes temas. Em função deste objetivo, propõe-se contextualizar e demonstrar como está a ser utilizada esta linguagem em português europeu. Além disto, ilustrar concretamente, através de artigos e manuais, como esta funciona, quais foram as estratégias utilizadas até ao dia de hoje e, finalmente, refletir sobre a importância de discutir estas temáticas em sala de aula com base em estudos críticos da linguagem no texto. Neste sentido, procura-se dar respostas a perguntas concretas, tais como: a linguagem neutra está a ser utilizada de que maneira? Como funciona a não marcação de género? Porque devem os profissionais responsáveis pelo ensino abordar estas questões?The debate concerning the gender binary in languages with grammatical gender systems is not a recent one. However, only in recent years, it has been witnessed a greater commitment in creating a gender-neutral language. Its use has been popularized, for the most part, on the internet, emerging as a genderless alternative to existing forms. Associated to the identity struggles of the LGBTQI+ community, there are attempts in more than one country to adopt a non-discriminatory language and neutral pronouns and words. Countries, such as France or Brazil, stand out for promoting the discussion of this language. Regarding the educational scope, there is research that highlights the importance of education in this process, stating that learners can build a responsibility towards language by means of discussing these issues in the classroom. Thus, this research aims to reflect upon the importance of raising consciousness on PLE/PL2 students by making these themes more visible. In accordance with this objective, it is proposed to contextualize and demonstrate how gender-neutral language is being used in European Portuguese. Furthermore, to illustrate concretely, through articles and manuals, how it works, which strategies were used up until today and, finally, to think about the significance of exploring these issues in the classroom. In this regard, the present investigation attempts to provide answers to defined questions, including: how is gender neutral language being used? How do the genderunmarked forms operate? Why should educators address these topics in class discussions?porPode o português ser para todes? reflexões sobre o uso de linguagem neutramaster thesis203738543