Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/63639
Título: Abordagens farmacológicas emergentes para o tratamento da infeção por Ébola
Autor: Pinto, Francisca de Fátima Almeida
Orientador: Rocha, João Pedro Fidalgo
Palavras-chave: EBOV
EVD
Emerging therapeutics
Repurposing
Ezetimibe
Mestrado Integrado - 2023
Data de Defesa: 17-Jul-2023
Resumo: Em 1976 o vírus Ébola (EBOV) revelou-se ao mundo, e deu início a uma série de surtos localizados. No entanto, foi um surto com início em 2013 que preocupou e causou pânico na comunidade internacional. Desde então, o nosso conhecimento do vírus tem vindo a aumentar. O vírus infiltra-se na população humana através de um evento spillover, e posteriormente propaga-se através de contacto direto com sangue ou outros fluidos corporais de pessoas infetadas. O vírus Ébola pertence ao género Orthoebolavirus, da família Filoviridae. O seu genoma é não-segmentado, de cadeia simples de RNA e polaridade negativa. Tem sete genes que codificam para várias proteínas. Estas proteínas orquestram coletivamente o processo de infeção das células do hospedeiro. Não é possível considerar as proteínas como sendo mono funcionais, já que contribuem sinergeticamente para a patogenicidade do vírus. Presentemente existem duas terapêuticas à base de anticorpos monoclonais aprovadas para o tratamento da doença provocada pelo vírus Ébola (EVD). Em 2022, foi publicada a primeira orientação baseada na evidência da prática clínica dedicada às terapêuticas específicas para a doença. Não obstante o progresso notável que tem sido feito nesta área nos últimos anos, a doença continua a provocar mortes. Consequentemente, existe uma necessidade urgente de melhorar o arsenal terapêutico disponível para melhorar o desfecho da doença. Terapêuticas farmacológicas emergentes podem ter como alvo proteínas virais, sendo antivirais de ação direta, ou fatores do próprio hospedeiro, sendo antivirais de ação no hospedeiro. Ambas as abordagens apresentam vantagens e desvantagens. Um dos possíveis métodos para ultrapassar algumas das desvantagens é a reutilização de medicamentos já aprovados para outras indicações para o tratamento da infeção por Ébola. Esta revisão oferece uma perspetiva sobre as múltiplas funções das proteínas do vírus Ébola no seu ciclo replicativo. Entender como é que o vírus interage com as células do hospedeiro é um conceito chave para perceber como é que as abordagens farmacológicas emergentes exercem a sua atividade. Por último, aplicando este conhecimento, é feita uma proposta de potencial abordagem farmacológica emergente para tratar a infeção utilizando o fármaco Ezetimiba.
In 1976 Ebola revealed itself to the world, marking the beginning of a series of localized outbreaks. However, it was the Ebola outbreak that began in 2013 that incited fear and anxiety around the globe. Since then, our comprehension of the virus has been steadily expanding. Ebola infiltrates the human population through a spillover event, from which it propagates through direct contact with the blood or body fluids of infected individuals. Ebola virus (EBOV), belonging to the Orthoebolavirus genus of the Filoviridae family, possesses a non-segmented, negative single-stranded RNA genome comprising seven genes that encode multiple proteins. These proteins collectively orchestrate the intricate process of infecting host cells. It is not possible to view each protein as monofunctional. Instead, they synergistically contribute to the pathogenicity of the virus. Understanding this multifaceted replication cycle is crucial for the development of effective antiviral strategies. Currently, two antibody-based therapeutics have received approval for treating Ebola virus disease (EVD). In 2022, the first evidence-based clinical practice guideline dedicated to specific therapies for EVD was published. Although notable progress has been made in recent years, deaths are still accounted for. Consequently, there is an urgent need to enhance the therapeutic options available to improve the outcomes of the disease. Emerging therapeutics can target viral proteins as direct-acting antivirals or host factors as host-directed antivirals. They both have advantages and disadvantages. One way to bypass some disadvantages is to repurpose already approved drugs for non-EVD indications to treat EVD. This review offers insight into the role of each protein in the replication cycle of the virus. Understanding how the virus interacts with host cells is critical to understanding how emerging therapeutics exert their activity. Lastly, applying this knowledge, ezetimibe is proposed as a potential emerging therapeutic for EVD.
Descrição: Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, 2023, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia
URI: http://hdl.handle.net/10451/63639
Designação: Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
Aparece nas colecções:FF - Trabalhos Finais de Mestrado Integrado

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