Compassion fatigue in palliative care physicians : a scoping review

Abstract

Introdução: A fadiga de compaixão (FCOM), síndrome que engloba múltiplos sintomas de exaustão emocional e física, resulta da exposição repetida ao sofrimento e trauma de outrem. Este estudo teve como objetivo fazer uma revisão sistemática da literatura sobe FCOM em médicos prestadores de cuidados paliativos ou fim-de-vida. Métodos: Fez-se uma pesquisa nas bases de dados PubMed, Science Direct, APA PsyNet/PsyArticles, Scielo, LILACS e Google Scholar de artigos cuja amostra consistia exclusivamente em médicos prestadores de cuidados paliativos ou fim-de-vida a doentes adultos, que abordassem FCOM, de qualquer desenho de investigação, sem limite temporal de publicação, e escritos em inglês, português ou espanhol. O Mixed Methods Appraisal Tool foi aplicado às fontes de evidência. Utilizou-se uma abordagem narrativa para a síntese da literatura. Resultados: Foram incluídos oito estudos, provenientes da Austrália (n=3), Israel (n=3), Irlanda (n=1), e Estados Unidos da América (n=1), publicados entre 2012 e 2021. Os estudos eram qualitativos (n=4), quantitativos (n=3) e de métodos mistos (n=1). A maioria dos médicos era oncologistas(n=5), a trabalhar em serviços de cuidados paliativos (n=4). Foram identificados seis temas: definição de FCOM; avaliação de FCOM; efeito mediador, preditores e fatores associados a FCOM; frequência de contacto com morte, sofrimento e cuidados de fim-de-vida; impacto dos cuidados de fim-de-vida e FCOM; medidas preventivas de FCOM e estratégias de coping. Conclusão: Os médicos apresentam níveis mais elevados de FCOM do que os profissionais prestadores de cuidados paliativos, em geral; contudo, é necessário chegar a um consenso acerca da definição e avaliação de FCOM. É imperativa mais investigação relativamente aos fatores associados a FCOM, ao impacto que tem, e à eficácia das medidas de coping utilizadas pelos médicos prestadores de cuidados de fim-de-vida.

Background Compassion fatigue (COFA), a syndrome that encompasses multiple symptoms of physical and emotional exhaustion, stems from repeated exposure to the suffering and trauma of others. This study aimed to systematically review the literature on COFA among physicians providing palliative/end-of-life care. Methods PubMed, Science Direct, APA PsyNet/PsyArticles, Scielo, LILACS and Google Scholar databases were searched for articles whose population consisted of physicians who provided palliative or end-of-life care to adult patients; addressing any topics on COFA; any study design; no time limit for publication; and written in English, Portuguese or Spanish. The Mixed Methods Appraisal Tool was applied to the sources of evidence. A narrative approach was used to synthesize the results. Results Eight studies were included, from Australia (n=3), Israel (n=3), Ireland (n=1) and the USA (n=1), published between 2012 and 2021. Studies were qualitative (n=4), quantitative (n=3), and mixed-methods (n=1); high-quality (n=4) and moderate-quality (n=4). Most doctors were oncologists (n=5), working in palliative care services (n=4). Six themes were identified: definition of COFA; assessment of COFA; mediation effect, predictors, and associated factors of COFA; contact with death, suffering and end-of-life care; impact of end-of-life care and COFA; and preventive measures of COFA and coping strategies. Conclusion Doctors have higher levels of COFA than palliative care providers in general, however, a consensus on the conceptualization and measurement of COFA must be reached. More research should be done on the factors associated with COFA, its impact, and the effectiveness of coping strategies used by palliative/end-of-life physicians.