Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/55915
Título: O desenvolvimento ortográfico Infantil dos ditongos orais decrescentes no português europeu
Autor: Silva, Moisés Correia Pampim
Orientador: Rodrigues, Maria Celeste
Freitas, Maria João
Data de Defesa: 24-Nov-2022
Resumo: Extraídos a partir do corpus on-line EFFE-On, este trabalho investiga, nos dados de escrita infantil de uma amostra de 40 crianças dos 2º e 4º anos de escolaridade de uma escola privada de Lisboa, os ditongos orais decrescentes do Português Europeu (PE). Constituindo-se como um trabalho longitudinal de interface fonologia-escrita, os dados da escrita infantil analisados pretendem responder a questões orientadoras como: (i) de que forma é que as crianças representam (orto)graficamente os ditongos orais decrescentes e que dificuldades advêm desse exercício de escrita?; (ii) de que forma é que essas representações escritas evoluem nos dados de ortografia da amostra selecionada do 2º para o 4º ano de escolaridade?; (iii) que impacto as diferenças fonológicas existentes entre os ditongos monoposicionais e biposicionais orais têm nos dados de ortografia infantil da amostra selecionada? Os resultados gerais desta investigação, cuja análise esteve somente direcionada para as formas ou grafias não-convencionais (FN-C’s) encontradas, conduzem-nos às seguintes conclusões: (a) as FN-C’s *ai e *o que se registam para os ditongos ortográficos <ei> e <ou>, respetivamente, são aquelas que qualitativamente têm uma relação mais direta com o observado na oralidade/pronúncia do PE padrão; (b) as FN-C’s *ao, *eo, *io e *ui que se registam para os ditongos ortográficos <au>, <eu>/<éu>, <iu> e <oi>, respetivamente, são aquelas que qualitativamente revelam a equivalência que ambos os grafemas <o> e <u> possuem, na escrita do português, de representarem os fones [w] (< /u/) e [u]; (c) os ditongos ortográficos estruturalmente monoposicionais <ou> e <iu> são aqueles que, em ambos os anos de escolaridade em estudo, mantêm um maior número de FN-C’s, especialmente no paradigma verbal; (d) quantitativamente, as FN-C’s analisadas no contexto desta investigação para cada ditongo ortográfico são sempre inferiores às formas convencionais (F-C’s) correspondentes desses mesmos ditongos; (e) a complexidade dos processos fonológicos inerentes aos ditongos estruturalmente monoposicionais pode estar a condicionar o aparecimento de um maior número de FN-C’s nas formas verbais, apesar de defendermos que a pronúncia/oralidade da variedade padrão do PE tem um efeito mais evidente na representação (orto)gráfica desses ditongos.
Gathered from the online corpus EFFE-On, this study examines falling oral diphthongs in European Portuguese (EP) using children’s writing data based on a sample taken from 40 children from the 2nd and 4th grades in a private school in Lisbon. Constituting a longitudinal work on the phonology-writing interface, the children’s writing data is intended to answer such guiding questions as: (i) in what way do the children (ortho)graphically represent falling oral diphthongs and what difficulties arise from this writing exercise?; (ii) in what way do these written representations evolve from the 2nd grade to the 4th grade in the orthography data from the selected sample?; (iii) what impact do the existing phonological differences between monopositional and bipositional oral diphthongs have on the children’s orthography data from the chosen sample? The overarching results of this research, whose analysis is primarily directed towards the unconventional spellings (US's) found herein, lead us to the following conclusions: (a) the US’s *ai and *o that are documented for the orthographic diphthongs <ei> an <ou>, respectively, are the US’s that qualitatively have a more direct relation to the observed pronunciation in standard spoken EP; (b) the US’s *ao, *eo, *io and *ui that are documented for the orthographic diphthongs <au>, <eu>/<éu>, <iu> and <oi>, respectively, are the US’s that qualitatively reveal the equivalence between the graphemes <o> and <u> in representing the phones [w] (< /u/) e [u] in Portuguese writing; (c) the structurally monopositional orthographic diphthongs <ou> and <iu> are the diphthongs that, in both of the grades under observation, maintain a greater number of US’s, especially in the verbal paradigm; (d) quantitatively, the US’s analyzed in the context of this study for each orthographic diphthong are always less frequent than the conventional spellings (CS’s) corresponding to the same diphthongs; (e) the complexity of the phonological processes inherent to structurally monopositional diphthongs could be conditioning the appearance of a greater number of US’s in verbal forms, even though we defend that their pronunciation in the standard spoken variety of EP has a more apparent effect on their (ortho)graphic representation.
URI: http://hdl.handle.net/10451/55915
Designação: Mestrado em Linguística
Aparece nas colecções:FL - Dissertações de Mestrado

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