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Título: Relação entre a mobilidade intermunicipal e a disseminação de SARS-CoV-2 nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto
Autor: Oliveira, Sandra
Ribeiro, Ana Isabel
Nogueira, Paulo
Rocha, Jorge
Palavras-chave: SARS-CoV-2
mobilidade
análise espacial
simulação SEIR
áreas metropolitanas.
Data: 19-Nov-2021
Editora: Associação Portuguesa de Geógrafos/ Universidade de Coimbra
Citação: Oliveira, S. Ribeiro, A.I., Nogueira, P. Rocha, J. (2021). Relação entre a mobilidade intermunicipal e a disseminação de SARS-CoV-2 nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, XIII Congresso da Geografia Portuguesa, O compromisso da Geografia para territórios em mudança, Coimbra, Portugal, Novembro 18-20.
Resumo: A disseminação rápida do SARS-CoV-2 levou à implementação de restrições à mobilidade em inúmeros países. Estas medidas incluem a suspensão de atividades não essenciais ou a redução do limite máximo de passageiros nos transportes públicos, entre outras (Linka et al., 2020). Neste estudo, foi analisada a dinâmica de disseminação do vírus SARS-CoV-2 entre março de 2020 e março de 2021, nas áreas metropolitanas de Lisboa (AML) e do Porto (AMP), em relação a diferentes níveis de mobilidade intermunicipal, para estimar a influência dos movimentos pendulares nos padrões de dispersão espacial do vírus. A disseminação do vírus foi simulada com um modelo SEIR (Suscetible-Exposed-Infected-Removed) (He et al., 2020), estimando o número de novas infeções diárias para diferentes cenários de mobilidade: 1) todos os modos de transporte sem restrições; 2) restrito a atividades essenciais; 3) restrito à utilização de transportes públicos. Para cada cenário, foi criada uma matriz origem-destino com os movimentos pendulares entre cada par de municípios dentro de cada área metropolitana. Cada matriz foi integrada separadamente numa rotina automatizada de simulação epidemiológica, utilizando o software R. Os padrões espácio-temporais foram estimados integrando análise de clusters e sincronização temporal dinâmica (Sardá-Espinosa, 2019). Os resultados mostram que os padrões espaciais de mobilidade intermunicipal são distintos nas duas áreas metropolitanas. Na AML, Lisboa é o principal recetor, principalmente de Sintra, Amadora, Odivelas, Loures, Almada e Seixal, recebendo quase metade das pessoas que usam transportes públicos. No cenário restrito a atividades essenciais, os fluxos dispersam-se e incluem Palmela e Setúbal, municípios com representatividade muito baixa (<3%) nos outros cenários. Na AMP, Porto é o principal recetor, em particular de Gondomar, Maia, Matosinhos e Vila Nova de Gaia. Nota-se, no entanto, uma maior proporção de pessoas que circulam entre municípios contíguos, como Maia, Paredes e Valongo. No cenário restrito a atividades essenciais, Santo Tirso e Oliveira de Azeméis têm maior proporção de fluxos. Estes padrões de mobilidade refletem-se na disseminação do vírus ao longo do ano simulado; na AML, Lisboa apresenta o maior número estimado de novas infeções diárias em todos os cenários, seguida de Sintra a grande distância; na AMP o maior número de novas infeções diárias é atingido em Vila Nova de Gaia no cenário sem restrições, e no Porto no cenário restrito a atividades essenciais (em novembro 2020), sendo depois repartido entre ambos em janeiro de 2021. Estas características distintas devem ser integradas em medidas para controlar a disseminação de doenças como o SARS-CoV-2.
Peer review: yes
URI: http://hdl.handle.net/10451/55307
ISBN: 978-972-95222-6-0
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