Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/41433
Título: Adaptação à vida prisional e mecanismo de coping
Autor: Quadros, Maria Paula, 1961-
Orientador: Gonçalves, Bruno, 1950-
Palavras-chave: Teses de mestrado - 1999
Estratégias de coping
Legislação
Psicologia clínica
Tratamento e prevenção
Prisões
Data de Defesa: 1999
Resumo: A escolha do tema do presente estudo, "Adaptação à Vida Prisional e Mecanismos de Coping", surge na sequência da nossa intervenção técnica em meio prisional. Ao longo dos contactos que temos vindo a efectuar junto de inúmeros reclusos com diversas situações jurídico-penais, fomo-nos apercebendo de muitas das suas dificuldades e dramas. Constatámos que estas dificuldades eram sobretudo vivenciadas pelos indivíduos condenados a penas longas de prisão, em particular pelos que se encontravam detidos há mais tempo. O convívio estreito e diário com a angústia e sofrimento destes homens despertou-nos uma intensa necessidade de aprofundar o nosso conhecimento da realidade prisional, de compreender especialmente os processos adaptativos dos seus principais protagonistas - os reclusos. O estudo que nos propomos apresentar compreende duas partes, uma de natureza teórica e outra de cariz empírico: A primeira parte encontra-se subdividida em cinco capítulos: No primeiro capítulo, começamos por apresentar uma breve retrospectiva histórica da evolução da organização/instituição prisional. No segundo capítulo centramo-nos na evolução do conceito de tratamento penitenciário, destacando ainda as principais alterações legislativas concomitantes. No terceiro capitulo, referimo-nos aos factores de stress intrinsecamente associados à condição de reclusão e ao desenvolvimento das designadas patologias de adaptação em meio prisional. No quarto capítulo, centramo-nos sobre os efeitos da reclusão prolongada, mencionando alguns estudos empíricos. No quinto capitulo, debruçamo-nos sobre o objectivo e hipóteses do nosso estudo: pretendemos avaliar a influência que o tempo de reclusão exerce, no funcionamento psicológico dos indivíduos, especificamente no que diz respeito à vida prisional e aos mecanismos de coping. Prevemos que o aumento de tempo de reclusão contribua para uma diminuição do grau de adaptação à vida prisional, um menor recurso a mecanismos de coping e o recurso a mecanismos de coping menos eficazes, e, finalmente para uma maior incidência de patologias de adaptação. Na segunda parte, consideramos mais três capítulos. No sexto capítulo, apresentamos a metodologia empregue no presente estudo, começando por explicar o desenvolvimento dos nossos instrumentos de avaliação. Face à inexistência de instrumentos adequados à realidade prisional portuguesa (cujos os itens ilustrem as dificuldades reais de adaptação vivenciadas pelos reclusos), propômo-nos construir três questionários (questionário de adaptação à vida prisional, questionário de coping em meio prisional e questionário de vivências em meio prisional) que nos permitam, não só detectar a eventual presença de patologias de adaptação, como também avaliar qual o tipo de estratégias de coping mais frequentemente utilizadas e as principais dificuldades e problemas sentidos ao longo do processo de reclusão. O Questionário de Adaptação à Vida prisional (QAVP), pretende avaliar o grau de adaptação à vida prisional e a ocorrência de patologias de adaptação considerando várias dimensões psicológicas: agressividade intra-punitiva, agressividade extra-punitiva, depressão, perturbações psicossomáticas, ideação suicida, mecanismos de coping, perturbações de tonalidade psicótica, hipocondria e distúrbios de ansiedade. O Questionário de Coping em Meio Prisional (QCMP), pretende avaliar as reacções adoptadas face a eventuais situações desencadeadoras de stress. Neste sentido são apresentadas três situações-problema (que são prática frequente em meio prisional), representativas de uma situação de ameaça, de dano e desafio. Face a cada uma delas, os indivíduos são solicitados a imaginar qual seria o seu comportamento, O Questionário de Vivências em Meio Prisional (QVMP), é constituído por uma série de questões abertas, relacionadas com as principais dificuldades sentidas ao longo do processo de reclusão. Para a construção destes instrumentos foi necessário realizar um estudo prévio com uma amostra de trinta indivíduos, em cumprimento de pena no estabelecimento prisional de Vale de Judeus. No estudo sobre os efeitos da reclusão, que constitui o nosso objectivo principal, os instrumentos construídos serão utilizados para avaliar uma segunda amostra de cerca de 80 reclusos, divididos em função do tempo de reclusão. (...)
Descrição: Tese de Mestrado em Psicologia Clínica, apresentada à Universidade de Lisboa através da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 1999
URI: http://hdl.handle.net/10451/41433
Designação: Mestrado em Psicologia
Aparece nas colecções:FPCE - Dissertações de Mestrado

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