Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/33406
Título: Hélio Oiticica e o salto para um novo espaço pictórico
Autor: Vieira, Paulo Valle
Orientador: Lapa, Pedro
Palavras-chave: Oiticica, Hélio, 1937-1980
Arte - Brasil - séc.21
Arte concreta
Suprematismo
Neoplasticismo
De Stijl
Teses de mestrado - 2018
Data de Defesa: 21-Mar-2018
Resumo: Hélio Oiticica pautou seu trabalho em uma constante pesquisa, embasamento teórico e referencial filosófico. Com suas origens no Concretismo brasileiro, pontuado por referências no abstracionismo geométrico, neoplasticismo desembocando em proposições que dão origem ao Neoconcretismo, Oiticica inventou uma arte única e que o diferencia de seus pares. Suas experimentações o colocam no patamar de criadores contemporâneos que romperam com o fazer artístico, inovando e criando novas formas da arte. Esse fazer novo, vanguardista, suscita questionamentos para além de uma estética visual trazendo o espectador para uma função de cocriador. Oiticica rompe com a ilusão da representação da pintura; suas experimentações em experimentar o experimental firmaram conceitos onde a estrutura e cor, que são inseparáveis, espaço e tempo num conceito atemporal, fazem parte de dimensões do mesmo fenômeno: o tempo como fator intrínseco na obra, nem estático nem dinâmico, perfaz uma duração, num cruzamento orgânico de arte-vida. O presente trabalho busca compreender, privilegiando os textos de Oiticica e sua multiplicidade de proposições, a assimilação de linguagens e suas influências, origens e continuações. Entender o rompimento de Oiticica com a abstração concretista, desde os Sem Título, Secos e Metaesquemas, seus estudos iniciais, transitando com a cor para o espaço ambiente pelos Bilaterais, Invenções, Relevos Espaciais e Núcleos. Perceber a entrada do corpo numa relação física e imersiva nos Penetráveis até aos contentores de cor Bólides, acionando a pluralidade sensorial da perceção e culminando nos Parangolés, o corpo na obra numa junção com o participador de arte e vida, entre os anos de 1954 a 1966, período que Oiticica desenvolve seu Programa ambiental. Analogias entre Oiticica e seus contemporâneos, situando-o num contexto mundial para, em um segundo momento, compreender suas experimentações da cor e a transformação do quadro, reduzindo a pintura a planos estruturais de cor para o salto para um novo espaço pictórico e, através da própria cor e de suas invenções, num enquadramento histórico, revisar conceitos da arte contemporânea e seu novo lugar institucional.
Hélio Oiticica guided his work in a constant research, theoretical foundation and philosophical referential. With its origins in Brazilian Concretism, punctuated by references in geometric abstractionism, neoplasticism leading to propositions that give rise to Neoconcretism, Oiticica invented a unique art that differentiates him from its peers. His experiments put him on the threshold of contemporary creators who have broken through artistic making, innovating and creating new forms of the art. This new doing, avant-garde, raises questions beyond a visual aesthetic bringing the viewer into a co-creative role. Oiticica breaks with the illusion of the painting representation; his experiments in experimenting the experimental have established concepts where structure and colour, which are inseparable, and space and time in a timeless concept, are part of dimensions of the same phenomenon: time as an intrinsic factor in the work, neither static nor dynamic, makes a duration, in an organic crossing of art-life. The present work seeks to understand, privileging the texts of Oiticica and its multiplicity of propositions, the assimilation of languages and their influences, origins and continuations. To understand Oiticica's disruption with concrete abstraction, from the Untitled, Sêcos and Metaesquemas, his initial studies, transiting with colour to the environment space by the Bilaterais, Inventions, Space Reliefs and Nuclei. To perceive the entrance of the body in a physical and immersive relation in the Penetrables until the containers of colour Bólides, triggering the sensorial plurality of the perception and finishing in the Parangolés, the body in the work in a junction with the participant of art and life, between the years of 1954 to 1966, period that Oiticica develops his Environmental Program. Analogies between Oiticica and his contemporaries, situating him in a world context, in a second moment, to understand its experimentations of colour and the painting transformation, reducing the painting to structural planes of colour to make the leap to a new pictorial space and, through its own colour and its inventions, in a historical framework, to revise concepts of the contemporary art and its new institutional place.
URI: http://hdl.handle.net/10451/33406
Designação: Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro
Aparece nas colecções:FL - Dissertações de Mestrado

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