O apoio psicossocial pós-emergência no SMPC de Lisboa

Abstract

Este trabalho explora a atuação da Unidade de Apoio Psicossocial à População (UAPP) do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Lisboa no contexto da intervenção psicossocial no pós-emergência. A UAPP desempenha um papel fundamental em todas as fases do ciclo de gestão de crise, com especial foco na fase de recuperação, que visa mitigar os impactos físicos, psicológicos, sociais e económicos nas populações afetadas. Foram identificadas várias limitações no sistema de apoio psicossocial atual, incluindo a escassez de recursos humanos especializados e a falta de coordenação eficaz entre as entidades envolvidas. Para superar estas lacunas, propõe-se a implementação de ferramentas digitais, como um repositório comum de informações, para otimizar a comunicação e garantir um acompanhamento contínuo das vítimas. Além disso, sugere-se a criação de programas estruturados de follow-up para monitorizar o bem-estar emocional das vítimas a longo prazo e prevenir o desenvolvimento de transtornos psicológicos graves. Conclui-se que investimentos adequados em recursos humanos e tecnológicos, juntamente com uma maior coordenação interinstitucional, podem melhorar significativamente a mitigação dos impactos das crises e promover uma recuperação mais sustentável para as populações afetadas em Lisboa.

This paper explores the role of the Unidade de Apoio Psicossocial à População (UAPP (Psychosocial Support Unit for the Population)) of the Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa (SMPC (Lisbon Municipal Civil Protection Service)) in the context of post-emergency psychosocial intervention. The UAPP plays a fundamental role in all phases of the crisis management cycle, with a particular focus on the recovery phase, which aims to mitigate the physical, psychological, social, and economic impacts on affected populations. Several limitations in the current psychosocial support system were identified, including a shortage of specialised human resources and ineffective coordination between the entities involved. To address these gaps, the implementation of digital tools, such as a shared information repository, is proposed to optimise communication and ensure continuous support for victims. Additionally, the creation of structured follow-up programmes is suggested to monitor the emotional well-being of victims in the long term and prevent the development of severe psychological disorders. It is concluded that adequate investment in human and technological resources, along with greater interinstitutional coordination, can significantly improve the mitigation of crisis impacts and promote a more sustainable recovery for affected populations in Lisbon.