Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10400.5/97907
Título: | Polypharmacy and grip strength : a longitudinal study for the survey of health, ageing and retirement in Europe (SHARE) |
Autor: | Teixeira, Isabella Vieira |
Orientador: | Marques, Adilson Passos da Costa Nicolau, Leonor Bacelar Valente da Costa |
Palavras-chave: | Polifarmácia Força muscular Força de preensão palmar Idosos Teses de mestrado - 2024 |
Data de Defesa: | 22-Jul-2024 |
Resumo: | Introdução: A polifarmácia está emergindo como um problema significativo de saúde pública. Está associada a consequências adversas para a saúde, incluindo redução da qualidade de vida, taxas de hospitalização mais elevadas e aumento da mortalidade. Vários estudos investigaram as implicações do uso de vários medicamentos no bem-estar psicológico e físico. Apesar das evidências substanciais que destacam os efeitos adversos da polifarmácia em vários domínios da saúde, a sua relação específica e o impacto na força muscular permanecem pouco claros. Objetivo: Investigar a associação entre a polifarmácia e a força muscular, controlando sexo, idade, escolaridade, índice de massa corporal e país de residência entre adultos de meia-idade e idosos. Métodos: Este foi um estudo longitudinal e transversal com 23.980 indivíduos através do banco de dados SHARE. Os participantes eram de 25 países europeus e de Israel, com idade igual ou superior a 50 anos no início do estudo. A polifarmácia foi categorizada como uso de cinco ou mais medicamentos. A força de preensão manual avaliou a força muscular - um indicador bem estabelecido de força muscular - medida com um dinamômetro. ANCOVA e uma análise de regressão logística foi executada. As análises dos dados foram realizadas entre agosto e setembro de 2023. Resultados e discussão: Cerca de 27,4% dos participantes apresentavam polifarmácia. Esses participantes eram mais idosos, tinham maior IMC e apresentavam mais doenças crônicas. Além disso, demonstravam menor força de preensão manual do que aqueles sem polifarmácia. Análises ajustadas por ANCOVA revelaram que pessoas com polifarmácia exibiram uma força de preensão manual significativamente menor. A diferença na redução da força muscular variou de 1,4 kg a 1,8 kg em mulheres e de 1,4 kg a 1,6 kg em homens, quando comparadas ao grupo sem polifarmácia. Modelos de regressão logística confirmaram que a polifarmácia estava associada a maior razão de chances para baixa força de preensão manual, mesmo após ajuste para covariáveis. Estes resultados enfatizam a associação entre polifarmácia e redução da força de preensão manual, especialmente numa população idosa. Isso destaca a importância de reconhecer e gerir a polifarmácia quando indicada e possível, pois esta pode contribuir para a fragilidade física e diminuição da força muscular, potencialmente impactando o bem-estar geral e as capacidades funcionais do indivíduo mais velho. Conclusão: Este estudo corrobora a afirmação de que a polifarmácia está associada à menor força muscular. Estudos adicionais para explorar ainda mais esse fenômeno poderiam melhorar a compreensão dessa relação. Além disso, é razoável concluir que as intervenções clínicas e de saúde pública para mitigar o uso inadequado de medicamentos podem influenciar positivamente a força muscular, contribuindo para a saúde e o bem-estar geral. Introduction: Polypharmacy is emerging as a significant public health concern associated with adverse health consequences, including reduced quality of life, higher hospitalization rates, and increased mortality. Several studies have explored the implications of multiple medications on psychological and physical well-being. Despite the evidence highlighting polypharmacy’s adverse effects across various health domains, its specific impact on muscle strength remains unclear. Objective: To investigate the associations between polypharmacy and muscle strength, controlling for sex, age, education, body mass index, and country of residence among middle-aged and older adults. Methods: This was a longitudinal and transversal study of 23,980 individuals using data from the SHARE database. Participants were from 25 European Countries and Israel, aged 50 years and older at baseline. Polypharmacy was categorized as the use of five or more drugs. The handgrip strength assessed muscular strength - a well-established indicator of muscular strength measured with a dynamometer. ANCOVA and a logistic regression analysis were performed. Data analyses were conducted between August and September 2023. Results and discussion: Around 27.4% of participants had polypharmacy, and these individuals tended to be older, have higher BMIs, have more chronic diseases, and exhibit lower handgrip strength than those without polypharmacy. ANCOVA-adjusted analyses revealed that people with polypharmacy showed significantly lower handgrip strength. The difference in reduction in muscle strength ranged from 1.4 kg to 1.8 kg in women and from 1.4 kg to 1.6 kg in men compared to the group without polypharmacy. Logistic regression models confirmed that polypharmacy was associated with a higher odds ratio (OR) for low handgrip strength, even after adjusting for covariables. These results emphasize the association between polypharmacy and reduced handgrip strength, especially in an aging population. These findings highlight the importance of recognizing and managing polypharmacy when indicated and possible, as it may contribute to physical frailty and decreased muscle strength, potentially impacting older individual’s overall well-being and functional abilities. Conclusion: This study supports the assertion that polypharmacy is associated with lower muscle strength. Additional studies to explore this phenomenon further could enhance the comprehension of this relationship. Moreover, it is reasonable to conclude that public health and clinical interventions to mitigate inappropriate medication use may positively influence muscle strength, contributing to overall health and well-being. |
Descrição: | Tese de mestrado, Epidemiologia, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2024 |
URI: | http://hdl.handle.net/10400.5/97907 |
Designação: | Mestrado em Epidemiologia |
Aparece nas colecções: | FM - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
13509_Tese.pdf | 775,97 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.