O capital psicológico e o engagement académico de estudantes universitários : o papel moderador do apoio dos colegas

Abstract

O Capital Psicológico é um construto que tem sido consistentemente associado a um maior Engagement dos estudantes no contexto universitário. Contudo, a literatura ainda não investigou a forma como a perceção de Apoio dos Colegas pode impulsionar esta relação. O presente estudo partiu da Teoria de Conservação de Recursos para examinar esta hipótese de moderação, analisando as respostas de 4242 estudantes universitários em Portugal. Os resultados suportam a relação positiva e significativa entre as quatro componentes do Capital Psicológico (Esperança, Auto-eficácia, Resiliência e Otimismo) e o Engagement académico. Por outro lado, é evidenciado um efeito de intensificação significativo do Apoio de Colegas, mas apenas para a dimensão de Auto-eficácia. São discutidas duas possíveis explicações para os resultados, sendo uma baseada na saliência relativa deste recurso psicológico na amostra, e outra numa possível complementaridade entre os recursos de Auto-eficácia e Apoio de Colegas, no contexto específico da promoção de experiências de Engagement. Adicionalmente, são dadas sugestões para o aprofundamento desta linha de investigação, bem como discutidas algumas implicações práticas dos resultados, particularmente numa visão do ensino centrada no aluno.

Psychological Capital (PsyCap) has consistently been associated with higher student Engagement in the academic context. However, the literature has not yet investigated how the perception of support from peers may energize this relationship. The present study drew upon Conservation of Resources Theory to examine this moderation hypothesis, using the responses from 4242 university students in Portugal. The results of the analysis further support the positive and significant relationship between the four dimensions of Psychological Capital (Hope, Self-Efficacy, Resilience and Optimism) and Academic Engagement. Additionally, a significant intensification effect of Peer Support is evident, but only for the Self-Efficacy component of PsyCap. Two possible explanations for the results are discussed, one based on the relative salience of this psychological resource in the sample, and another on the potential complementarity between Self-Efficacy and Peer Support, in the specific context of promoting engagement experiences. Additionally, suggestions for further research in this line of investigation are provided, and practical implications of the results are discussed, particularly in a student-centered learning perspective.