Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10400.5/97178
Título: | Défice na orientação topográfica : relação com o hemisfério cerebral afetado após acidente vascular cerebral |
Autor: | Lemos, Andreia Filipa Duarte |
Orientador: | Alves, Pedro Nascimento Martins, Isabel Pavão |
Palavras-chave: | Orientação topográfica Testes topográficos Acidente vascular cerebral Hemisfério direito Neglect Teses de mestrado - 2024 |
Data de Defesa: | 16-Fev-2024 |
Resumo: | Introdução: Cerca de 90% dos doentes com acidente vascular cerebral (AVC) apresentam sequelas, sendo o comprometimento cognitivo o mais prevalente. Lesões nas estruturas corticais e subcorticais direitas podem prejudicar a orientação topográfica com impacto nas atividades da vida diária. Outras alterações percetivo-cognitivas como por exemplo o neglect podem piorar estes défices. Apesar de existirem muitos estudos relativos a défices cognitivos, ainda são poucos os que procuram explorar os défices na orientação topográfica no AVC bem como o seu impacto na vida dos doentes.
Objectivo: Estimar a frequência e caracterizar as alterações da orientação topográfica em doentes, em fase crónica, após AVC.
Método: Neste estudo observacional transversal caso-controlo, foi aplicado um questionário de avaliação subjetiva, o Questionnaire on Everyday Navigational Ability (QuENA), e uma avaliação objetiva da orientação topográfica, através de testes topográficos – Teste de imagética topográfica (TIT), teste de conhecimento topográfico (TCT) e o teste de localização topográfica (TLT). Foram caracterizados os défices perceptivo-cognitivos e funcionais dos doentes, e feita uma comparação emparelhada com controlos saudáveis.
Resultados: Foram incluídos 44 doentes de AVC (grupo AVC Esquerdo, n=23; grupo AVC Direito, n=21) e 44 controlos emparelhados por género, idade e escolaridade. Houve uma diferença significativa na presença de queixas de orientação topográfica entre o grupo AVC e os controlos. As queixas de desorientação topográfica foram mais frequentes no grupo AVC Direito (10,20%) em comparação ao grupo AVC Esquerdo (2,30%) e aos controlos (1,10%). O desempenho do grupo AVC Direito foi significativamente pior (22,55 pontos) no TLT, um teste de orientação alocêntrica, do que os outros. A pontuação no TIT e no TLT dos doentes com neglect (9,17 pontos e 20 pontos, respectivamente) foi significativamente pior em comparação com os doentes sem neglect (13,94 pontos e 28 pontos). Adicionalmente, os doentes com um defeito cognitivo mais grave apresentam pontuações mais baixas nos três testes topográficos.
Conclusão: O estudo realizado indica uma maior frequência de comprometimento topográfico nas queixas subjetivas e no desempenho objetivo em doentes com lesão do hemisfério cerebral direito. A presença de neglect bem como o estado congitivo global pode mediar parcialmente esses défices. Introduction: About 90% of stroke survivors have sequels and cognitive impairment is the most prevalent one. Injury to cortical and subcortical right structures may impair topographic orientation with impact on daily living activities. Other conditions like neglect make these deficts worse. Despite there are many studies on other cognitive domains, there are few studies on topographic orientation in stroke and its impact in the patients life. Objective: Estimate the frequency and characterize impairments of topographic orientation in the chronic phase of stroke. Methods: In this observational cross-sectional case-control study, we performed a subjective (Questionnaire on Everyday Navigational Ability - QuENA) and an objective assessment of topographic orientation, through topographical tests – topographic imagery test (TIT), topographic knowledge test (TKT) and topographic location test (TLT). The patients’ perceptual-cognitive and functional deficits were charactherized and and matched comparison with healthy controls was performed. Results: 44 stroke patients (left stroke group, n=23; right stroke group, n=21) and 44 control individuals matched for gender, age and schooling were included. There was a significative difference of subjective assessment of topographical orientation between the stroke group and the controls. Complaints were more frequent in the right stroke group (10,20%) compared to the left stroke group (2,30%) and to controls (1,10%). Right stroke group performance was significantly worse (22,55 points) on the TLT, a test of allocentric orientation, than the others. The score on TIT and TLT of patients with neglect (9,17 points and 20 points, respectively) was significantly worse compared to patients without neglect (13,94 points and 28 points). Additionally, patients with a more severe cognitive deficits had lower scores in the three topographic tests. Conclusion: This study indicates a higher frequency of topographic impairment in subjective complaints and objective performance in patients with right hemisphere lesions. Neglect and global cognitive state may partially mediate these impairments. |
Descrição: | Tese de mestrado, Neurociências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2024 |
URI: | http://hdl.handle.net/10400.5/97178 |
Designação: | Mestrado em Neurociências |
Aparece nas colecções: | FM - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
13288_Tese.pdf | 6,35 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.