Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10400.5/97123
Título: | The 6-minute walk test as an alternative to prescribe exercise intensity in coronary artery disease patients starting a phase III cardiac rehabilitation programme |
Autor: | Sevegnani, Camila Natali |
Orientador: | Pinto, Rita Fernandes, Elisabete |
Palavras-chave: | Reabilitação cardiovascular Intensidade do exercício Frequência cardíaca Prova de esforço cardiorrespiratória Teste de caminhada de 6 minutos Teses de mestrado - 2024 |
Data de Defesa: | 2024 |
Resumo: | Um dos principais fatores de risco cardiovascular para eventos de doença arterial coronária (DAC) é a inatividade física, que pode levar a uma baixa aptidão cardiorrespiratória, que é um marcador forte e independente de risco de mortalidade cardiovascular e por todas as causas. Após um evento cardiovascular agudo, deve ser dada prioridade à modificação comportamental do estilo de vida e dos fatores de risco. O treino de exercício físico é fundamental nos programas de reabilitação cardiovascular (RC). A determinação da intensidade do exercício é um componente muito importante da prescrição de exercício físico para obter os benefícios da dose-resposta associada ao exercício, mantendo a segurança das pessoas com DAC num programa de RC. Idealmente, a intensidade do exercício prescrito deve estar dentro do primeiro e segundo limiar ventilatório (LV) avaliado por uma prova de esforço cardiorrespiratória (PECR), mas infelizmente nem sempre está disponível em muitos centros de RC, sendo um teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) significativamente menos dispendioso e mais conveniente. No entanto, os níveis de intensidade alcançados durante um TC6M em comparação com uma PECR em pessoas com DAC que iniciam um programa de RC fase III continuam a ser escassos na literatura. Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar a frequência cardíaca (FC) pico do TC6M como método para prescrever a intensidade do exercício aeróbio em pessoas com DAC que iniciam um programa de RC de fase III e compará-lo com os limiares ventilatórios (LV) atingidos na PECR. Métodos: este estudo transversal incluiu pessoas com DAC a iniciar o programa RC de fase III. Todos os participantes realizaram uma PECR e o TC6M em dias não consecutivos. As principais variáveis analisadas a partir do TC6M foram: a FC pico e a distância total percorrida enquanto na PECR foram analisados a FC máxima, os LV e o pico do VO2. As comparações entre as variáveis da PECR e do TC6M foram realizadas utilizando o teste t de amostra pareada e as relações foram medidas pelo coeficiente de correlação de Pearson. A concordância entre a FC pico do TC6M e os LV foram avaliados pela análise Bland-Altman. Resultados: um total de 105 pessoas com DAC (61 ± 9.8 anos de idade, 88% sexo masculino) que se encontravam a iniciar um programa de RC de fase III foram incluídos e analisados neste estudo. Os doentes eram em média, fisicamente ativos (352 ± 180 minutos/semana de atividade física moderada a vigorosa) e com excesso de peso (índice de massa corporal: 27.7 ± 3.5 kg/m2). Foram encontradas diferenças significativas entre a FC pico no TC6M vs a FC no primeiro LV (média 15 ± 16 bpm, IC 95% [12.62,18.89], p <0.001) e a FC pico no TC6M vs a FC no segundo LV (média -5 ± 17 bpm, IC 95% [-9.23, -2.36], p < 0.001). No teste de correlação do coeficiente de Pearson houve uma correlação positiva moderada com o primeiro VT (r = 0.504, p < 0.001) e positiva fraca com o segundo VT (r = 0.493, p < 0.001) em pessoas com DAC fisicamente ativos iniciando um programa de RC fase III. Conclusão: a prescrição de exercício aeróbio de acordo com FC pico do TC6M para pessoas fisicamente ativas com DAC que iniciam a fase III do programa de RC é segura e corresponde a uma intensidade de exercício moderada. Considerando que o TC6M é de fácil execução e bem tolerado neste tipo de população, poderá vir a ser uma alternativa a utilizar na prática clínica quando não é possível realizar uma prova de esforço. One of the major cardiovascular risk factors for coronary artery disease (CAD) events is physical inactivity which can lead to poor cardiorespiratory fitness, which is a strong and independent marker of risk for cardiovascular and all-cause mortality. After an acute cardiovascular event, lifestyle and risk factor management should be prioritize. Exercise training is a cornerstone in cardiovascular rehabilitation (CR) programmes. Determining the intensity of exercise is a very important component of exercise prescription to obtain the doseresponse benefits associated with exercise while maintaining the safety of the CAD patients in a CR programme. Ideally, prescribe exercise intensity should be within the first and second ventilatory threshold (VT) assessed by a cardiopulmonary exercise test (CPET), but unfortunately is not always available in many CR centres, a 6-minute walk test (6MWT) is significantly less expensive and more convenient. However, the intensity levels achieved during a 6MWT compared to a CPET in CAD patients initiating a CR programme phase III remains scarce in the literature. Objective: The purpose of this study was to measure the heart rate (HR) peak of the 6MWT in CAD patients starting a phase III CR programme and to compare it with the VT outcomes, including the first and second VT, and HR peak of the CPET. Methods: This cross-sectional study enrolled CAD patients starting a phase III CR porgramme. All patients performed at the beginning of the CR phase III a CPET and the 6MWT in non-consecutive days. The main outcomes analysed from the 6MWT were: HRpeak and total distance covered while in the CPET it was analysed HRmax, the VTs and VO2peak. Comparisons between CPET and 6MWT variables were performed using paired sample t-test and relationships were measured by Pearson correlation coefficient. Agreement between HRpeak in the 6MWT and VTs were evaluated by Bland-Altman analysis. Results: A total of 105 CAD patients (61 ± 9.8 years old, 88% male) who were starting a phase III CR programme were included and analyzed in this study. Patients were on average, physically active (352 ± 180 minutes/week of moderate to vigorous physical activity) and overweight (body mass index: 27.7 ± 3.5 kg/m2). It was found asignificant difference between the HRpeak in the 6MWT vs HR at first VT (mean 15 ± 16 bpm, 95% CI [12.62,18.89], p <0.001) and the HRpeak in the 6MWT vs HR at second VT (mean -5 ± 17 bpm, 95% CI [-9,23, -2.36], p = 0.001). Pearson´s correlation coefficient showed a moderate correlation with the first VT (r = 0.504, p < 0.001) and positive weak with the second VT (r = 0.482, p < 0.001) in physically active CAD patients initiating a CR programme phase III. Conclusion: aerobic exercise prescription according to HRpeak at 6MWT, for CAD patients starting phase III of CR programme is safe and correspond to moderate exercise intensity. Considering that the 6MWT is easy to administer and well tolerated in this population, it can be an alternative to be used in clinical practice when it is not possible to perform a stress test.4 |
Descrição: | Tese de mestrado, Reabilitação Cardiovascular, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2024 |
URI: | http://hdl.handle.net/10400.5/97123 |
Designação: | Mestrado em Reabilitação Cardiovascular |
Aparece nas colecções: | FM - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
13185_Tese.pdf | 1,22 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.