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http://hdl.handle.net/10400.5/95893
Título: | A pandemia COVID-19 e a sua influência na anestesia regional |
Autor: | Maçarico, Alline Reimão de Castro |
Orientador: | Nicolau, Leonor Bacelar Valente da Costa |
Palavras-chave: | COVID-19 Pandemia Aerossóis Anestesia regional Normas Teses de mestrado - 2024 |
Data de Defesa: | Jun-2024 |
Resumo: | Enquadramento A infeção por SARS-CoV-2 em humanos foi relatada pela primeira vez em dezembro de 2019, em Wuhan, China, e a 11 de março de 2020 a COVID-19 foi declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Como o principal modo de transmissão era respiratório, pela inalação de gotículas, a anestesia geral, com manipulação da via aérea, constituía um procedimento de alto risco de transmissão da doença. Neste contexto, escolher a anestesia regional sempre que possível, era recomendado.
O objetivo principal foi verificar se a pandemia de COVID-19 conduziu a um aumento da utilização da anestesia regional em relação à anestesia geral ,na Ortopedia, no Hospital de Cascais. Métodos Com base na atividade anestésica ortopédica do Hospital de Cascais, foram comparados dois períodos de 6 meses: o período de maio a outubro de 2020 (período pós-COVID), de retoma da atividade cirúrgica após a primeira vaga pandémica e o período homólogo do ano anterior (período pré-COVID). Compararam-se os períodos relativamente às variáveis: tipo de cirurgia, idade, sexo, classificação ASA, contraindicações para anestesia regional, duração, regime e prioridade das cirurgias. Aplicaram-se testes de hipóteses (qui-quadrado, exatos de Fisher, Mann-Whitney), e regressões logística binária. Resultados
Verificou-se maior número de cirurgias ambulatórias no período pós-COVID (43% versus 37,2%). Na análise bivariada, a anestesia pareceu independente do período. Todavia, a regressão logística indicou maior probabilidade de se ser submetido à anestesia regional no período pós-COVID (p=0,002, OR=1,507, IC95%=[1,156-1,964]). Conclusões Possíveis explicações, para a ausência de associação bivariada entre anestesia e período, foram a testagem dos doentes para COVID-19, e maior número de ambulatórios (nos quais a anestesia geral é preferida) no período pós-COVID. Controlando os outros preditores, na regressão logística binária, as recomendações da anestesia regional parecem ter sido seguidas. No futuro, surgirão novas pandemias, sendo necessários esforços adicionais para implementar normas de anestesia regional. Background The infection of humans with virus SARS-Cov-2 was first reported in December 2019, in Wuhan, China and on 11th March 2020, COVID-19 was declared a pandemic by the World Health Organization. Since transmission was mainly through inhalation of droplets, general anesthesia was considered a high-risk transmission procedure. In this context, to choose regional anesthesia whenever possible, was recommended. The main objective was to verify if the COVID-19 pandemic led to an increase in the use of regional anaesthesia in relation to general anaesthesia, in Orthopaedics, at Cascais Hospital, Methods Based on the orthopedic anesthetic activity of Hospital de Cascais (Portugal), two six months periods were compared: one following the resume of surgical activity after the first pandemic wave (after COVID period) and the homologous period of the previous year (before COVID period). Both periods were assessed for homogeneity for: age, sex, ASA status, contraindications for regional anesthesia, type of surgery, duration, priority and outpatient / inpatient care. Chi-square, Fisher or Mann-Whitney tests were applied, and also binary logistic regression models were estimated. Results Periods were significantly different for care (p=0,0028), with more outpatient surgery in the after COVID period (43% versus 37,2%). No bivariate association was identified between periods and the anesthesia. However, the binary logistic regression showed higher odds of being submitted to regional anesthesia in the after COVID period (p=0,002 OR=1,507 CI95% [1,156-1,964]). Conclusions Possible explanations for absent bivariate association between period and anesthesia, are that all patients were tested for COVID-19, and the higher number of outpatient surgery (for which general anesthesia is preferred) in the after COVID period. When all predictors were controlled with the binary logistic regression, the guidelines seemed to have been followed. With the urge of new pandemics in the future, further efforts to implement regional anesthesia guidelines, may be needed. |
Descrição: | Tese de mestrado, Epidemiologia, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2024 |
URI: | http://hdl.handle.net/10400.5/95893 |
Designação: | Mestrado em Epidemiologia |
Aparece nas colecções: | FM - Dissertações de Mestrado |
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