Coagulase negative staphylococci from companion dogs in Angola : a pilot study

Abstract

Antimicrobial resistance (AMR) represents a global challenge, yet its full extent remains inadequately understood, particularly in low-income countries per capita such as Angola. The absence of adequate monitoring programs in clinical settings in this country, including in veterinary medicine, exacerbates the challenge of AMR management, leaving a critical gap in the knowledge of resistance patterns, including of coagulase-negative staphylococci. Previously considered harmless microbiota residents, bacteria from this group are also associated with nosocomial infections due to their increasing potential for antimicrobial resistance and virulence. This study aims to characterize the resistance and virulence patterns of coagulase negative staphylococci isolated from dogs in Angola, as well as to explore risk factors associated with the presence of resistant and potentially virulent strains. The 55 coagulase-negative staphylococci under study were identified as follows: Staphylococcus sciuri (n= 21; 38%), Staphylococcus xylosus (n=17; 31%), Staphylococcus equorum ( n=7; 13%), Staphylococcus vitulinus (n=4; 7%), Staphylococcus lentus (n=3; 5.5%) and Staphylococcus sp. (n=3; 5.5%). It was possible to classify (n=15; 27%) of the isolates as multidrug resistant, showing frequent resistance to beta-lactam agents, particularly ampicillin (n=42; 76%) and cefoxitin (n=17; 31%). A quarter of the isolates (n=14; 25%) exhibited resistance to meropenem. Moreover, the majority of the isolates (n=51; 93%) were able to produce biofilm, while (n=25; 46%) produced gelatinase and lecithinase. Hemolysin production was less prevalent (n=12; 22%). Furthermore, this study revealed that multidrug-resistant strains were more commonly isolated from samples of female dogs, sick and vaccinated dogs. The coexistence of multidrug resistance and virulence in these bacteria highlights their role as reservoirs of resistance and determinants of virulence, influencing the treatment of infections. These findings underscore the need for further studies on multidrug-resistant bacteria in dogs in Angola, essential to minimize risks to public health due to the proximity between humans and animals

RESUMO – STAPHYLOCOCCI COAGULASE-NEGATIVOS EM CÃES DE COMPANHIA NATURAIS DE ANGOLA: UM ESTUDO PILOTO - A resistência a antimicrobianos (AMR) representa um desafio global, embora a sua extensão real não esteja totalmente compreendida, especialmente em países de baixo rendimento per capita como Angola. A ausência de programas adequados de monitorização nos contextos clínicos deste país, incluindo em medicina veterinária, dificulta a gestão da AMR devido sobretudo a uma grande lacuna no conhecimento dos padrões de resistência, incluindo dos estafilococos coagulase-negativos. Anteriormente consideradas agentes comensais, as bactérias deste grupo também estão associadas a infeções nosocomiais devido ao seu crescente potencial de resistência a antimicrobianos e virulência. Este estudo visa caracterizar os padrões de resistência e virulência de estafilococos coagulase-negativos isolados de cães em Angola, bem como explorar fatores de risco associados à presença de estirpes resistentes e potencialmente virulentas. Os 55 estafilococos coagulase-negativos estudados foram identificados como Staphylococcus sciuri (n= 21; 38%), Staphylococcus xylosus (n=17; 31%), Staphylococcus equorum (n=7; 13%), Staphylococcus vitulinus (n=4; 7%), Staphylococcus lentus (n=3; 5.5%) e Staphylococcus sp. (n=3; 5.5%). Foi possível classificar (n=15; 27%), dos isolados como multirresistentes mostrando resistência frequente a agentes beta-lactâmicos, particularmente à ampicilina (n=42; 76%) e à cefoxitina (n=17; 31%). Um quarto dos isolados (n=14; 25%) exibiu resistência ao meropenem. Além disso, a maioria dos isolados (n=51; 93%) foi capaz de produzir biofilme, enquanto (n=25; 46%) produziram gelatinase e lecitinase. A produção de hemolisina foi menos prevalente (n=12; 22%). Este estudo revelou ainda que estirpes multirresistentes eram isoladas mais comummente a partir de amostras de cadelas, de cães doentes e vacinados. A coexistência de multirresistência e virulência nestas bactérias destaca seu papel como reservatórios de resistência e determinantes de virulência, potencialmente influenciando o tratamento de infeções. Esses resultados ressaltam a necessidade de mais estudos sobre bactérias multirresistentes em cães em Angola, essenciais para minimizar os riscos à saúde pública devido à proximidade entre humanos e animais