Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10400.5/102493
Título: O lado sombrio do trabalho significativo: uma revisão sistemática da literatura
Autor: Louro, Maria Inês Da Graça Carita
Orientador: Soares, Maria Eduarda
Macedo, Dinis
Palavras-chave: Trabalho significativo
Burnout
Revisão
Recursos organizacionais
Exaustão emocional
Lliderança
Equilíbrio trabalho-vida
Meaningful work
Review
Organizational resources
Emotional exhaustion
Leadership
Work-life balance
Data de Defesa: Jun-2025
Editora: Instituto Superior de Economia e Gestão
Citação: Louro, Maria Inês Da Graça Carita (2025). “O lado sombrio do trabalho significativo: uma revisão sistemática da literatura”. Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa. Instituto Superior de Economia e Gestão
Resumo: A perceção de trabalho significativo tem vindo a ser amplamente valorizado como fonte de bem-estar, motivação e desempenho no contexto organizacional. Contudo, evidências recentes sugerem que, em determinadas condições, essa perceção pode também gerar efeitos adversos. A presente dissertação visa investigar, mediante uma revisão sistemática da literatura entre 2000 e 2024, as consequências negativas associadas ao trabalho significativo. O estudo foi inicialmente planeado para abranger um período de 24 anos, com o objetivo de captar a evolução da temática ao longo das últimas duas décadas. No entanto, após a filtragem e a análise da amostra, apenas foram incluídos artigos a partir de 2010. A amostra do estudo foi composta por 72 estudos empíricos e teóricos, obtidos a partir da base de dados Web of Science. Os resultados obtidos permitem concluir que o trabalho percecionado como significativo pode, conduzir a burnout, exaustão emocional, frustração, stress crónico, intenção de saída e o conflito trabalho-família. Estas consequências manifestam-se com maior frequência em contexto de vocação intensa, profissões vocacionais, como as da área da saúde e da educação, lideranças toxicas e atribuição de tarefas ilegítimas, crises organizacionais e subemprego, e ainda no contexto de pandemia e digitalização excessiva. Foram identificadas oito teorias principais que explicam estes efeitos, entre as quais se destacam o Job Demands–Resources Model, a Teoria da Conservação de Recursos, a Calling Theory e a Teoria do Esforço-Recompensa. A dissertação identifica, igualmente, práticas organizacionais que podem mitigar os riscos associados ao trabalho significativo, tais como práticas de recuperação de recursos (descanso, acesso a apoio organizacional), a gestão da carga laboral e respeito pelos limites entre o trabalho e a vida pessoal, a segurança psicológica, e a presença de líderes éticos. Conclui-se que o significado no trabalho não é intrinsecamente benéfico, sendo necessário reconhecer a sua ambivalência e assegurar condições que sustentem a experiência de significado, tanto a nível individual como organizacional.
The perception of meaningful work has been widely valued as a source of wellbeing, motivation and performance in the organizational context. However, recent evidence suggests that, under certain conditions, this perception can also have adverse effects. This dissertation aims to investigate, through a systematic review of the literature between 2000 and 2024, the negative consequences associated with meaningful work. The study was initially planned to cover a period of 24 years, with the aim of capturing the evolution of the subject over the last two decades. However, after filtering and analyzing the sample, only articles from 2010 onwards were included. The study sample consisted of 72 empirical and theoretical studies, obtained from the Web of Science database. The results show that work perceived as meaningful can lead to burnout, emotional exhaustion, frustration, chronic stress, intention to leave and work-family conflict. These consequences manifest themselves more frequently in the context of intense vocation, vocational professions such as health and education, toxic leadership and the assignment of illegitimate tasks, organizational crises and underemployment, as well as in the context of the pandemic and excessive digitalization. Eight main theories explaining these effects have been identified, including the Job Demands-Resources Model, the Conservation of Resources Theory, the Calling Theory and the EffortReward Theory. The dissertation also identifies organizational practices that can mitigate the risks associated with meaningful work, such as resource recovery practices (rest, access to organizational support), workload management and respect for the boundaries between work and personal life, psychological safety, and the presence of ethical leaders. It is concluded that meaning at work is not intrinsically beneficial, and that it is necessary to recognize its ambivalence and ensure conditions that support the experience of meaning, both at an individual and organizational level.
URI: http://hdl.handle.net/10400.5/102493
Aparece nas colecções:BISEG - Dissertações de Mestrado / Master Thesis

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