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Título: Pesquisa e caracterização de Escherichia coli e Salmonella spp. de Bubulcus ibis, Ciconia ciconia e Erinaceus europaeus de um Centro de Recuperação de Animais Selvagens
Autor: Santos, Sofia Simões
Orientador: Mena Casero, María Victoria
Oliveira, Maria Manuela Castilho Monteiro de
Palavras-chave: Resistência a antibióticos
Escherichia coli
Salmonella spp.
Fauna selvagem
Portugal
Antimicrobial resistance
Escherichia coli
Salmonella spp.
Wildlife
Portugal
Data de Defesa: 2-Jun-2025
Editora: Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Veterinária
Citação: Santos SS. 2025. Pesquisa e caracterização de Escherichia coli e Salmonella spp. de Bubulcus ibis, Ciconia ciconia e Erinaceus europaeus de um Centro de Recuperação de Animais Selvagens [dissertação de mestrado]. Lisboa: FMV-Universidade de Lisboa
Resumo: A resistência antimicrobiana (RAM) constitui uma ameaça cada vez maior à saúde pública, sendo que a fauna selvagem é apontada como um possível reservatório e disseminador de bactérias resistentes. No entanto, o impacto das espécies selvagens neste fenómeno ainda não é totalmente compreendido, destacando a necessidade de investigação. Neste contexto, este estudo investigou a presença de Escherichia coli e Salmonella spp. em amostras fecais de cegonha-branca (Ciconia ciconia), garça-boieira (Bubulcus ibis) e ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus), provenientes de um centro de recuperação de animais selvagens em Portugal, caracterizando os perfis de resistência a 12 antibióticos e de capacidade de produção de 6 fatores de virulência dos isolados bacterianos através de metodologias de análise fenotípica convencionais. Foi possível obter 79 isolados de E. coli a partir de 39 das 43 amostras recolhidas, enquanto Salmonella spp. não foi detetada em nenhuma das amostras analisadas. Para o estudo dos perfis de resistência e virulência, foram selecionados até 2 isolados por amostra, num total de 75 isolados. Cerca de 64% (n=48) dos isolados apresentaram resistência a pelo menos um antibiótico e 8% (n=4) dos isolados não suscetíveis foram classificados como multirresistentes (MDR). As resistências mais frequentes foram à ampicilina (36%, n=27), tetraciclina (12%, n=9) e cloranfenicol (8%, n=6), enquanto todos os isolados se mostraram suscetíveis ao meropenem, aztreonam e às cefalosporinas de terceira geração. A maioria dos isolados não expressou fatores de virulência (81%, n=61), sendo que apenas 11% (n=8) produziram proteases, 7% (n=5) formaram biofilme e 4% (n=3) apresentaram atividade beta hemolítica. Assim, o estudo revela bactérias resistentes na fauna selvagem do sul de Portugal, sugerindo que estes animais podem ser reservatórios de estirpes resistentes. Destaca-se a importância da monitorização da RAM e da abordagem “Uma Só Saúde” para mitigar riscos, bem como a necessidade de compreender a resistência na vida selvagem para orientar iniciativas de conservação e promover o uso responsável de antibióticos
ABSTRACT - RESEARCH AND CHARACTERIZATION OF ESCHERICHIA COLI AND SALMONELLA SPP. OF BUBULCUS IBIS, CICONIA CICONIA AND ERINACEUS EUROPAEUS FROM A WILDLIFE RECOVERY CENTER - Antimicrobial resistance (AMR) constitutes an increasingly serious threat to public health, with wildlife being identified as a potential reservoir and disseminator of resistant bacteria. However, the impact of wild species on the ecology of antibiotic resistance remains poorly understood, highlighting the need to investigate the presence of resistant bacteria in these animals. In this context, this study investigated the presence of Escherichia coli and Salmonella spp. in fecal samples from white storks (Ciconia ciconia), cattle egrets (Bubulcus ibis), and European hedgehogs (Erinaceus europaeus) from a wildlife rehabilitation center in Portugal, characterizing the resistance profiles to 12 antibiotics and the ability to produce 6 virulence factors of the bacterial isolates, using conventional methodologies for phenotypic evaluation. It was possible to obtain 79 E. coli isolates from 39 out of the 43 collected samples, while Salmonella spp. was not detected in any of the samples analysed. For the study of resistance and virulence profiles, up to two isolates per sample were selected, in a total of 75 isolates. Approximately 64% (n=48) of the isolates showed resistance to at least one antibiotic, and 8% (n=4) of the non-susceptible isolates were classified as multidrug-resistant (MDR). The most frequent resistances observed were to ampicillin (36%, n=27), tetracycline (12%, n=9), and chloramphenicol (8%, n=6), while all isolates were susceptible to meropenem, aztreonam, and third-generation cephalosporins. Most isolates did not express virulence factors (81%, n=61), with only 11% (n=8) producing proteases, 7% (n=5) forming biofilm, and 4% (n=3) exhibiting beta-hemolytic activity. Thus, the study reveals resistant bacteria in the wildlife of southern Portugal, suggesting that these animals may act as reservoirs of resistant strains. It highlights the importance of AMR monitoring and the 'One Health' approach to mitigate risks, as well as the need to understand resistance patterns in wildlife to guide conservation initiatives and promote the responsible use of antibiotics
Descrição: Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, área científica de Sanidade Animal
URI: http://hdl.handle.net/10400.5/102106
Aparece nas colecções:DSA - Teses de Mestrado
BFMV - Teses de Mestrado 2º. Ciclo



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