Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10400.5/101418
Título: Telessaúde para a literacia e monitorização do estado de saúde do idoso com diabetes tipo 2: desenvolvimento de uma intervenção
Autor: Luz, Sara
Orientador: Henriques, Maria Adriana Pereira
Palavras-chave: e-Saúde
telessaúde
telemonitorização
literacia em saúde
diabetes
idoso
eHealth
telehealth
telemonitoring
health literacy
elderly
nursing intervention
Data de Defesa: Mar-2025
Resumo: O envelhecimento demográfico e a elevada prevalência de doenças crónicas, como a diabetes, geram a necessidade de se encontrar alternativas nos modelos de cuidados que se esperam mais acessíveis, próximos, transparentes e eficientes. A ação concertada entre os avanços na área da e-Saúde e a promoção do autocuidado, da autogestão da doença e da literacia em saúde (LS), segundo uma abordagem de cuidados (integrados) centrados na pessoa, consiste numa estratégia prometedora para mitigar este desafio de saúde pública contemporâneo. Desse modo, o objetivo da presente investigação consiste em desenvolver uma intervenção de telessaúde que permita monitorizar remotamente o estado de saúde da pessoa idosa com diabetes tipo 2 (DT2) e, simultaneamente, contribuir para a melhoria do seu nível de LS. A investigação é suportada pelo enquadramento publicado pelo Medical Research Council para o desenvolvimento e avaliação de intervenções complexas. Para o efeito, realizaram-se diferentes estudos (métodos mistos) para o desenvolvimento da intervenção pretendida. Nos grupos focais, incluiu-se uma amostra não probabilística, constituída por todos os enfermeiros a desempenhar funções numa Unidade de Saúde Familiar – modelo B (USF-B) do Agrupamento de Centros de Saúde Algarve I – Central (ACES Central) (N = 7). Identificaram-se as principais necessidades e preocupações dos enfermeiros no período entre consultas em relação à gestão da diabetes por parte da pessoa idosa com DT2, aspetos relacionados com as características da intervenção, assim como barreiras e facilitadores à sua implementação. Nas entrevistas semiestruturadas (n = 14), a partir da perceção de pessoas idosas com DT2 inscritas numa USF-B do ACES Central identificaram-se questões relacionadas com a gestão da doença no período entre consultas, aspetos relacionados com as características da intervenção, bem como barreiras e facilitadores à sua implementação. No estudo de tradução, adaptação cultural e validação da Escala de Literacia em e-Saúde (eHEALS) para a população portuguesa num grupo de pessoas idosas, o instrumento apresentou fiabilidade e validade (0,81 ≤ r ≤ 0,96; α = 0,98), ajustando-se a uma estrutura unidimensional. No estudo transversal, foram incluídas pessoas com 65 ou mais anos de idade com DT2 pertencentes a uma USF-B do ACES Central (n = 129). A análise univariada demonstrou um controlo glicémico adequado em cerca de 80% dos participantes e níveis elevados de adesão ao regime terapêutico medicamentoso, autoeficácia, capacidade de controlo da diabetes e conhecimento sobre a diabetes. Contrariamente, 58,9% dos participantes apresentaram níveis problemáticos de LS e 50,5% baixos níveis de literacia em e-Saúde (LeS). Na análise bivariada, testaram-se relações e/ou associações entre as variáveis. Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas entre a hemoglobina glicada (Hb1Ac) e outras variáveis em estudo. Identificaram-se associações positivas entre a LS e as seguintes variáveis: autoeficácia (r = 0,32; p < ,001; rs = 0,42; p < ,001) e LeS (r = 0,28; p < ,001; rs = 0,33; p < ,001). Para a LeS, observaram-se, ainda, associações positivas com a autoeficácia (r = 0,28; p < ,001) e com a capacidade de controlo da diabetes (r = 0,21; p = ,015; rs = 0,22; p = ,015). Na análise por subgrupos, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre a Hb1Ac e o sexo (t = 2,16; p = ,03), a medicação oral (H = 565,50; p = ,015), e a insulinoterapia (H = 560; p < ,001); entre a LS e o nível de escolaridade (H = 22,63; p = ,002); e, por último, entre a LeS e a idade (U = 532; p < ,001), o nível de escolaridade (H = 40,94; p < ,001) e a área de residência (U = 10,88; p < ,001). Com base na evidência científica, teoria de suporte e resultados obtidos, desenhou-se uma intervenção com os componentes considerados adequados. Em investigação futura proceder-se-á à aplicação da intervenção para estudo da sua viabilidade.
URI: http://hdl.handle.net/10400.5/101418
Designação: Tese de doutoramento, Enfermagem, Universidade de Lisboa, 2025
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