Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10400.5/100173
Título: A importância dos investidores institucionais na evolução dos modelos de governo nas empresas na Europa
Autor: Matos, Pedro Verga
Orientador: Serra, Ana Paula
Silva, José Amado da
Palavras-chave: Investidores institucionais
Corporate Governance
Convergência
Europa
Investisseurs institutionnels
Gouvernement des entreprises
Convergence
Europe
Data de Defesa: 2006
Editora: Faculdade de Economia da Universidade do Porto
Citação: Matos, Pedro Verga .(2006). “A importância dos investidores institucionais na evolução dos modelos de governo nas empresas na Europa”. Tese de Doutoramento. Faculdade de Economia da Universidade do Porto
Resumo: O debate sobre os modelos de governo das empresas — situação actual e evolução previsível tem vindo a ganhar importância na investigação sobre o governo das sociedades (corporate governance) na Europa. Esta dissertação investiga as tendências perspectivadas para o futuro destes modelos na Europa, dando particular atenção à importância que poderão ter os investidores institucionais e os elementos de carácter nacional nessa evolução. O primeiro capítulo aborda de forma sintética a questão do conteúdo e âmbito do conceito de govemo das sociedades, identificando a sua problemática e descrevendo de forma crítica os principais modelos actualmente existentes nas economias desenvolvidas. É efectuada uma confrontação das diferentes propostas apresentadas para a resolução do problema das assimetrias de interesses que possam existir entre agentes e principais na gestão empresarial. Seguidamente, no capítulo 2, analisa-se a evolução da importância dos investidores institucionais na Europa e questionam-se as causas que poderão justificar um comportamento distinto destes accionistas, assim como as suas consequências. Perante a constatação de que, sob esta denominação genérica, são abrangidos investidores distintos relativamente a objectivos, prazos de investimento e até quadros regulatórios, é feita uma análise comparativa das suas particularidades. O capítulo 3 caracteriza a diversidade europeia relativamente a diversos indicadores que identificam e distinguem os modelos de corporate governance - quadro legal, estrutura de propriedade, importância do mercado de capitais e práticas de gestão. Se a análise de diversos factores económicos, jurídicos e políticos potenciadores de uma aproximação entre os diversos regimes de corporate governance na Europa, aponta para uma aproximação entre os diversos modelos, outros factores, analisados na dissertação e em particular as influências culturais e políticas neste processo, legitimam, pelo contrário, a alternativa de não se verificar uma convergência para um modelo único. Este trade off é tratado no capítulo 4, onde se efectua o estudo empírico da situação dos regimes de corporate governance na Europa, com base nos valores dos ratings do governo das empresas emitidos pela Deminor para uma amostra significativa das empresas constituintes do índice FTSE Eurofirst 300. Tendo como fundamento metodológico o conceito de convergência desenvolvido originalmente pela teoria do crescimento — nomeadamente a convergência beta e a convergência sigma - estimaram-se diversos modelos, que permitem concluir que, no período em estudo (2000-2003), se verificou um processo de convergência entre os principais modelos de governo das empresas na Europa. Finalmente, com base num modelo de dados de painel constata-se que essa convergência parece ser lenta e limitada, uma vez que variáveis não financeiras de carácter nacional, nomeadamente o quadro legal, influenciam o processo, quando este é medido pelas alterações no rating de governance das empresas
The debate over the models of corporate governance — state of the art and predictable evolution — has been gaining importance in the scope of the research in corporate governance. This paper investigates the perspectives of future trends of those models in Europe, focusing mainly on the importance that institutional investors might eventually have, and on the national traits that impact that evolution. The first chapter makes a synthetic approach in terms of content and scope on the concept of corporate governance, by identifying its main issues and by critically describing the main models currently used in developed economies. Follows a comparison of the different proposals presented to solve the conflicts of interest that may exist between agent and principal in corporate management issues. An analysis of the evolution of the importance of institutional investors in Europe is made in the second chapter, followed by the causes that might justify the different behaviour of those shareholders, as well as their consequences. Given that different types of investors — in what concerns their objectives, investment horizons and even legal framing - are grouped together into this general expression, a comparative analysis is made of each others particular characteristics. Chapter three defines the European variety in what is related to some pointers that identify and distinguish the models of corporate governance — legal framework, ownership structure, importance of the stock market and management behaviours. If the analysis of some economical, legal and political elements that enable the approach between the distinct regimes of corporate governance in Europe points to an approach between the different models, other factors that are studied in the dissertation, and in particular the cultural and political influences in this process legitimate, on the contrary, the alternative of the non-convergence to a unique model. This trade off is analysed in chapter four, where an empirical study is made on the current situation of the corporate governance regimes in Europe, based on the ratings of company governance published by Deminor for a significant sample of companies included in the FTSE Eurofirst 300 index. Based on the methodology of the convergence concept originally developed by the growth theory — for instance the beta convergence and the sigma convergence — different models have been estimated, leading to the conclusion that, during the period of the study (2000 — 2003), a process of convergence has been observed in the governance process of companies in Europe. Finally, and based on a model of panel data where several factors that affect the rating are studied, it can be concluded that this convergence seems to be slow and limited, as the nonfinancial variables of national scope, and mainly the legal framework, have an influence in the process.
Le débat sur les modèles de gouvernement des entreprises actuelles et leurs possibles évolutions dans le futur, prend de plus en plus de poids dans la recherche sur la gouvernance des entreprises en Europe. Cette dissertation porte un regard attentif sur ce qu'on peut concevoir des tendances de ces modèles en Europe dans l'avenir, portant une attention particulière sur l'importance des investisseurs institutionnels et des éléments de caractère national. Le premier chapitre aborde brièvement le contenu et l'objectif du gouvemement des entreprises, identifiant leur problématique et décrivant de façon critique les principaux modèles existants, aujourd'hui, dans les économies développées. Une confrontation des différentes propositions est effectuée pour trouver une résolution au problème des divergences d'intérêts qui puissent exister entre les agents et les principales dans la gestion des entreprises. Ensuite, au chapitre 2, on analyse l'évolution du rôle des Investisseurs institutionnels en Europe et on remet en cause ce qui pourrait justifier un comportement caractéristique de ces actionnaires, tout comme ses conséquences. Face au constat que sous cette dénomination générale, on rassemble des investisseurs divergeant quant à leurs objectifs, délais d'investissement et cadres juridiques, une analyse comparative de ses particularités sera réalisée. Le chapitre 3 caractérise la diversité européenne par rapport aux différents indicateurs qui identifient et distinguent les modèles de gouvernement des entreprises — cadre juridique, structure de propriété, importance du marchée de capitaux et pratique de gestion. Si l'analyse des divers facteurs économiques, juridiques et politiques qui mènent à un rapprochement entre les divers régimes de gouvernance en Europe nous guide vers un rapprochement des différents modèles, l'analyse d'autres facteurs étudiés dans cette dissertation, particulièrement les influences culturelles et politiques de ce processus d'approche, admet, au contraire, une non convergence vers un modèle unique. Ce trade mest abordé dans le chapitre 4, où on effectue une analyse empirique de la situation des régimes de gouvernement des entreprises en Europe, basée sur les valeurs des ratings du gouvernement des entreprises émis par Deminor sur un échantillon significatif des entreprises appartenant a l'indice FTSE Eurofirst 300. Ayant comme fondement méthodologique le concept de convergence beta et convergence sigma — différents modèles ont été estimés permettant de conclure que dans la période en étude (2000-2003), un processus de convergence du gouvernement des entreprises en Europe se vérifie. Somme toute, en utilisant le modèle de données de panel où on étudie les déterminants des ratings, on peut conclure que cette convergence paraît être lente et limitée, vu que ses variables non financières, notamment le cadre juridique, ont une influence sur ce mouvement.
URI: http://hdl.handle.net/10400.5/100173
Aparece nas colecções:BISEG - Teses de Doutoramento / Ph.D. Thesis

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